Nem dor no tornozelo impede Quartararo de começar GP da Grã-Bretanha com pé direito

O francês da Yamaha começou o fim de semana em Silverstone embalado e nem mesmo uma forte queda foi capaz de impedi-lo de comandar a sexta-feira (27) da MotoGP. E com folga!

Fabio Quartararo caiu e saiu mancando após acidente no segundo treino livre (Vídeo: Reprodução/Fox Sports)

Fabio Quartararo desembarcou na Grã-Bretanha com o pé direito. Depois de fechar o treino matutino com a terceira colocação, o piloto de Nice sofreu uma forte queda na tarde desta sexta-feira (27), mas nem a dor no tornozelo esquerdo foi capaz de impedir o líder da MotoGP de fechar o primeiro dia em Silverstone no topo da tabela de tempos.

Mesmo mancando, Fabio voltou para a pista nesta tarde para cravar 1min59s317 e assegurar o melhor tempo do dia, com 0s512 de vantagem para Jack Miller, o segundo colocado.

Fabio Quartararo liderou com bastante folga nesta sexta-feira (Foto: Yamaha)

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“Está tudo bem. Meu pé esquerdo está um pouco dolorido, mas não é nada muito sério. Fui ao centro médico, voltei para a moto e correu tudo bem”, relatou Fabio. “Na moto não é um problema, só quando estou caminhando que tenho muita dor. Mas, sinceramente, o mais importante é que não tenho dor quando estou na moto”, celebrou.

“Sabia que seria rápido com o pneu macio. Estava forçando no limite com o médio. Estava fazendo meu ritmo e fiquei bem impressionado com o meu tempo de volta”, declarou. “Naquele momento, sabia que podia ser muito mais rápido com os macios. Sabia que lutaria pelo top-3, mas nunca esperei uma vantagem de 0s5”, confessou.

Quartararo agora vai recorrer aos serviços da Clinica Mobile, a tradicional estrutura médica que acompanha o Mundial, para tentar se recuperar.

“Preciso voltar a Clinica Mobile mais tarde. Meio que torci meu tornozelo, então eles vão colocar um pouco de gelo e enfaixar. Deve estar bom amanhã”, garantiu.

Quartararo, porém, não foi o único a chamar atenção nesta sexta-feira. Nem pelo desempenho e nem pela queda. Marc Márquez mostrou bom ritmo ao longo de toda a manhã e garantiu a liderança, mas sofreu uma queda forte e precisou ir ao hospital por causa de uma ferida no olho, resultado da areia que entrou no capacete durante o acidente.

Marc Márquez sofreu forte queda no fim do TL1 em Silverstone (Vídeo: Reprodução/Fox Sports)

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Fatos e curiosidades do GP da Grã-Bretanha de MotoGP

“Me senti muito bem desde o início. Já disse ontem que me sentia com energia esta semana, sem incômodos no ombro. Consegui sair e pilotar como gosto e como queria”, disse Marc. “Foi uma pena a queda no TL1, já que afetou nossos planos para o TL2, porque entrou areia no meu olho. Isso provocou uma pequena ferida que me atrapalhou no segundo treino, o olho ficava chorando, mas não era nenhum problema”, contou.

“Quando o treino acabou, secou mais e a ferida ficou um pouco pior. Fui até a clínica e fizeram uma limpeza. Em teoria, não é nada grave, me disseram que amanhã estarei bem. Agora preciso descansar e ficar com o olho fechado”, explicou.

Apesar do revés, Marc saiu satisfeito com a forma que demonstrou no primeiro dia de trabalhos em território britânico.

“Estou contente com a forma como esse primeiro dia correu. Me senti bem na moto, que parece funcionar bem aqui. Temos um bom nível, vamos ver se podemos continuar assim até o final do fim de semana”, acrescentou.

Além de Quartararo e Márquez, Yamaha e Honda colocaram mais uma moto cada no top-10 combinado desta sexta, mas quem marcou uma presença maior entre os dez melhores foi a Ducati, com três motos: Miller em segundo, Jorge Martín em terceiro e Francesco Bagnaia na sexta-colocação.

Jack Miller saiu feliz com forma da Ducati (Foto: Ducati)

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O australiano da Ducati celebrou o retorno ao ‘raiz’ circuito de Silverstone após a ausência do ano passado, quando a corrida acabou cancelada por causa da pandemia de Covid-19.

“É, definitivamente, bom estar de volta. Depois de um hiato, é bom estar de volta a Silverstone, uma pista verdadeiramente ‘old school’”, disse Jack ao site da MotoGP. “A pista está em boas condições, o clima estava frio, mas pelo menos não choveu. Foi bom ter duas sessões sólidas, sem ter de se preocupar com isso. Foquei mais no ritmo de corrida”, seguiu.

“A moto está funcionando muito bem, as sensações que tenho são muito legais, especialmente quando você vem para uma pista como esta, onde não esteve no ano passado, então viemos para cá comparando a GP19 com a GP21 e dá para ver a diferença da moto, o quanto ela melhorou. Isso é muito, muito legal”, comentou. “Consegui fazer um tempo de volta decente com o macio nesta tarde e me sinto muito bem. Eu sempre espero pelo GP da Grã-Bretanha, então será super especial se conseguir me sair bem aqui”, completou.

Estreando no traçado inglês com a MotoGP, Martín foi 0s622 mais lento que Quartararo e saiu bastante animado com a sexta-feira.

“Me sinto ótimo na moto”, resumiu Martín. “Desde esta manhã, demos um grande passo à frente. Perco tempo nas curvas 9 e 10, mas amanhã vamos trabalhar duro para melhora neste setor”, avisou.

Do outro lado da Honda, Pol Espargaró também teve uma boa sexta-feira e fechou o primeiro dia de treinos com a quarta melhor marca, 0s7 atrás do líder. O catalão, porém, fincou os pés no chão.

“Foi um bom dia, mas não o nosso melhor até aqui. Tudo correu muito bem hoje, isso é verdade. Com os pneus médios, não podíamos forçar muito, pois ainda estava muito frio, mas encontramos uma boa direção com os macios”, explicou. “Não tenho queixas de hoje e, no momento, estou me sentindo bem com a moto, com a pista, com a temperatura e tudo está correndo suave para nós”, avaliou.

Pol Espargaró não quis tirar os pés no chão (Foto: Repsol)

“Está tudo funcionando bem, mas hoje não importa e o TL3 não importa para o domingo, então precisamos seguir trabalhando para melhorar. Não é hora de empolgar, é hora de trabalhar”, defendeu.

Aleix Espargaró mostrou bom ritmo com a RS-GP da Aprilia, mas sofreu com o pneu macio e também com o tráfego e acabou apenas com o sétimo tempo no combinado dos dois treinos. O catalão, aliás, teve um desentendimento com o irmão Pol no fim do TL2, já que o caçula vinha lento e atrapalhou a volta do pai dos gêmeos Max e Mia.

“Estou satisfeito”, sintetizou Aleix. “A RS-GP está funcionando bem no geral. Consegui ser rápido e consistente, especialmente na configuração de corrida, mas com os pneus macios, parte por causa de problemas de tráfego, não consegui melhorar tanto quanto gostaria”, continuou.

“Sei que é só sexta-feira, mas aqui é Silverstone o clima é imprevisível, então é importante ser rápido em todas as sessões”, ponderou. “Vamos ter de trabalhar nisso para tentar encontrar algo mais com o pneu macio para não sermos tão penalizados na nossa posição de largada”, concluiu.

A largada do GP da Grã-Bretanha de MotoGP, em Silverstone, está marcada para as 9h (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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