A partir deste ano, os dois britânicos vão guiar a RC213V — Redding de volta à estrutura da Marc VDS, que estreia na classe principal, e Crutchlow correndo pela LCR.
“Minha primeira meta é bater Crutchlow, porque ele está em uma Honda como eu”, disse Scott. “Ele está em uma moto satélite de fábrica como eu, mas tem um pouco mais de experiência com os pneus e motos maiores, então será um desafio para mim”, continuou o piloto de 22 anos.
Scott Redding afirmou que ainda fica surpreso com as reações da RC213V (Foto: Marc VDS)
“Aí, depois disso, continuar com a meta de alcançar os pilotos de fábrica da Honda, Marc Márquez e Dani Pedrosa”, explicou. “É difícil competir diretamente com Valentino [Rossi] ou Jorge [Lorenzo], porque as Yamaha têm uma performance melhor em outras pistas, mas a minha primeira meta é Crutchlow”, frisou.
Em seu segundo ano na classe rainha do Mundial de Motovelocidade — o primeiro com um protótipo de fábrica —, Redding vê Cal em vantagem, especialmente levando em conta que o britânico já teve nas mãos a YZR-M1 da Tech3 e a Desmosedici GP14 da Ducati.
Ainda nos contatos iniciais com a RC213V, Scott explica que está voltando ao básico, tentando aprender a nova moto passo a passo. Na primeira bateria de testes da pré-temporada, Crutchlow ficou com o 11º tempo, 1s669 atrás de Márquez, o líder. O piloto da Marc VDS, por sua vez, anotou a 17ª marca, 2s396 atrás do campeão vigente.
“A moto é muito forte e bem mais potente”, explicou Redding, que guiou a RCV1000R em 2014. “Com esta moto, depois de seis, sete voltas, você pode realmente sentir. Ainda estou achando a moto um pouco imprevisível, saindo das curvas e pensando: ‘O que foi isso? O que está acontecendo?’”, relatou.
“Com a Honda, você tem que acertar e permanecer rápido. Tive de mudar muito e o limite é muito mais alto, enquanto antes eu já sentia que estava no limite. Estou tentando aprender para chegar a esse limite e estar na minha zona de conforto”, comentou. “Márquez já está lá, porque ele teve tempo, mas no início ele estava caindo bastante. Agora ele pode achar o limite e sacar uma volta rápida na classificação sempre que precisa, porque forçar ao limite agora é confortável para ele”, concluiu.
A ODISSEIA DE
ANDRÉ SUGUITA
Trader do mercado financeiro, André Suguita, paulista de 34 anos, aproveitou uma pausa em suas atividades em bancos de investimento para montar em um quadriciclo Can-AM Renegade e encarar os 9.295 km do Dakar — 4.752 deles de trecho cronometrado. Recém-chegado da aventura por Argentina, Bolívia e Chile, Suguita conversou com o GRANDE PRÊMIO e deu um relato entusiasmado de sua aventura. Décimo colocado na edição 2015 e primeiro brasileiro a completar o Dakar a bordo de um quadriciclo, André sentiu na pele as dores, os medos e as alegrias da maior prova off-road do mundo. Em ‘A Odisseia de André Suguita’, o GP traz um impressionante relato em três capítulos do brasileiro que realizou um sonho de infância e, de quebra, trouxe na bagagem lições que levará para toda a vida.
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