Pilotos alertam para falta de segurança do Red Bull Ring na chuva: “Estamos preocupados”
Com previsão de chuva para classificação e corrida da MotoGP, os pilotos indicaram os pontos mais preocupantes do traçado, ressaltando o acúmulo de água no traçado
A possibilidade de chuva para o fim de semana do GP da Áustria da MotoGP preocupa os pilotos. O motivo apontado é que as características do Red Bull Ring, com ondulações, subidas e descidas, o torna um traçado bastante perigoso em condições molhadas.
As três primeiras etapas do calendário – duas em Jerez de la Frontera e uma na Tchéquia, aconteceram sob forte calor, com o termômetro chegando a marcar 40ºC no GP da Andaluzia. Entretanto, na quarta corrida da temporada, o clima vai ser muito mais fresco. Inclusive, Valentino Rossi crê que isso vai dar tom de imprevisibilidade para a prova.
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Na Estíria, a previsão do tempo aponta média de temperatura de 24ºC de máxima e 15ºC de mínima. Ainda, a classificação acontece com 70% de probabilidade de chuva e a disputa, 50%. Isso ligou um alerta em pilotos como Cal Crutchlow, Jack Miller, Fabio Quartararo e Valentino Rossi, que chegaram a comentar o assunto durante a quinta-feira de entrevistas em Spielberg.
“Não gosto de pilotar aqui com chuva. Nos últimos anos, não tenho gostado de andar na chuva em lugar nenhum, mas aqui fica parecendo gelo. E não é como se houvesse muitas áreas de escape. Estamos bastante preocupados com isso. Especialmente porque na quinta-feira à tarde choveu por algumas horas e a água estava na altura do tornozelo na pista”, apontou Crutchlow.
“Há muitas ondulações aqui, nas curvas 1 e 2, e bem no ponto em que aceleramos muito havia muita água. Vi uma van dirigir pela pista e o spray que saía era impressionante. Então acho que temos de ser sensíveis, olhar para a situação e ver a partir daí. Mas me parece que vai ter muita chuva. Ontem era para ter chovido o dia todo, mas choveu bem pouco. Então vai ser difícil de prever”, completou o inglês.
O australiano da Pramac foi outro que mostrou preocupação com o circuito, aproveitando para deixar clara sua aversão a condições molhadas. “100% [perigosa no molhado]. Se tivesse um guarda-chuva, iria para fora e tiraria uma foto da cachoeira descendo na curva 1. É uma descida, então é fácil para a água correr. Há muita água ali e você precisa pilotar a mais de 300 km/h, sujeito a aquaplanagem e tudo mais”, explicou.
“Com certeza esse não é o circuito mais seguro do calendário. E ter condição molhada não é o ideal. A freada na curva 3 é muito parecida com Suzuka na última curva. O problema que eles têm lá e o motivo de terem parado de ir é porque você freia na direção de uma parede. Se perder a dianteira, acerta o muro. Todos pensam que gosto de pilotar na chuva, mas não gosto. Eu odeio. Espero que esteja seco”, continuou.
Valentino Rossi foi outro que tocou no assunto e concordou com os colegas. “No passado, tivemos problemas na freada das curvas 1 e 3, onde houve muitas quedas, especialmente na Moto2. Talvez o problema é que não havia muita borracha no asfalto e ficou escorregadio com água, mas se recapearam então a situação pode ser melhor. Veremos se vai ser seguro o suficiente, mas espero que seja uma corrida no seco”, disse.
Para terminar, Fabio Quartararo sublinhou que “honestamente, no primeiro ano em que pilotei no molhado aqui, a curva estava na direita e eu caí para a esquerda. Esse tipo de condição não é boa, é verdade que com todas as subidas e descidas na curva 2 muita água pode acumular, ficando muito difícil para nós. Mas precisamos checar as condições da pista – a direção de prova vai conferir se é o melhor para nós, mas vai haver um ponto que a segurança vai ser complicada para nós”.
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