Quase 400 GPs, nove títulos e recordes: os números da carreira de Rossi 23 anos após estreia no Mundial

Neste domingo (31), Valentino Rossi comemora o 23º aniversário de sua estreia no Mundial de Motovelocidade. Mais de duas décadas após aquele sexto lugar em Shah Alam, na Malásia, o #46 tem uma carreira de números importantes e é o ‘Senhor dos Recordes’ da MotoGP

Alguém precisa providenciar um bolo para Valentino Rossi. Neste domingo (31), o #46 celebra os 23 anos de sua estreia no Mundial de Motovelocidade. O hoje titular da Yamaha disputou sua primeira corrida no certame em 31 de março de 1996, em Shah Alam, na Malásia.
 
Naquela primeira corrida, Rossi, que guiava uma Aprilia, recebeu a bandeirada no sexto posto, 7s379 atrás de Stefano Perugini, o vencedor do GP malaio. Haruchika Aoki e Peter Oettl completaram o pódio.
 
O primeiro pódio de Rossi no Mundial de Motovelocidade chegou nove corridas depois, na Áustria, com um terceiro lugar. Na prova seguinte, em Brno, o italiano de Tavullia debutou no topo do pódio.
2009 foi o ano do último título de Valentino Rossi na MotoGP (Foto: Reprodução)
Em 1997, Valentino fez uma temporada próxima de impecável nas 125cc. O #46 venceu 11 das 15 corridas que disputou e foi ao pódio em outras duas oportunidades para faturar o título antes de saltar para as 250cc.
 
Na classe do meio, o italiano alcançou o top-3 pela primeira vez em sua terceira corrida, quando foi segundo colocado no GP da Espanha. O primeiro triunfo veio quatro corridas depois, na Holanda. Rossi, então, fechou 1998 com o vice-campeonato, mas chegou à taça no ano seguinte, acumulando nove vitórias e 12 pódios.
 
2000 marcou o ano da estreia na hoje finada 500cc. Tal qual nas classes menores, Valentino precisou de poucas corridas para entrar no top-3: o primeiro pódio na divisão principal aconteceu no GP da Espanha, quarta parada da temporada. Depois de mais dois terceiros lugares ― na França e na Catalunha ― e outras duas corridas, o #46 estreou no rol dos vencedores das 500cc no GP da Grã-Bretanha, a nona etapa do ano. 
 
Com duas vitórias e um total de dez pódios, Rossi somou 209 pontos em seu ano de estreia na classe rainha e ficou com o vice-campeonato. No ano seguinte, o italiano marcou seu nome na história e foi o último campeão da era das 500cc, num caminho que contou com 11 vitórias em 16 corridas, além de outros dois pódios e quatro poles.
 
Com a equipe de fábrica da Honda, Rossi renovou seus títulos em 2002 e 2003, somando outras nove vitórias e um total de 31 pódios.
 
No ano seguinte, a primeira grande virada da carreira: a mudança da Yamaha. Apesar das dificuldades enfrentadas pela casa de Iwata no ano anterior, a parceria entre Rossi, Masao Furusawa e Davide Brivio se provou um sucesso. O italiano venceu logo a primeira corrida com a nova moto, na África do Sul, e, depois de outros oito triunfos e um total de 11 pódios, alcançou o tetracampeonato da classe rainha.
 
A revolução promovida por Furusawa na YZR-M1 ganhou um novo capítulo em 2005 e, com uma moto bastante otimizada, o #46 deixou a concorrência para trás. Com 367 pontos conquistados com 11 vitórias e um total de 16 pódios, o italiano chegou ao segundo título com a moto dos três diapasões.
 
2006, porém, marcou um ano diferente, de muitos problemas com a M1. Valentino chegou à corrida final ainda na briga pelo título, mas, desta vez, foi ele quem errou: Nicky Hayden conseguiu a virada e acabou campeão.
 
No ano seguinte, foi Casey Stoner quem tomou a MotoGP de assalto, dando à Ducati seu único título até aqui. Rossi, então, tratou de deixar o terceiro lugar na classificação para trás e mostrou grande forma nos dois anos seguintes, conquistando o sexto e o sétimo título na elite do Mundial de Motovelocidade.
 
2010, entretanto, marcou um novo revés, agora físico. Rossi sofreu uma fratura exposta na perna e disputou apenas 14 corridas, fechando o ano com o terceiro posto. Foi, também, a temporada de despedida da Yamaha, já que o #46 tinha optado por um desafio 100% italiano com a Ducati.
 
Os dois anos em Borgo Panigale, no entanto, acabaram sendo uma decepção. Nas 35 corridas que fez com o protótipo vermelho, Rossi conquistou apenas três pódios e teve como melhor resultado o sexto posto no campeonato de 2012.
 
Valentino, então, tratou de voltar para casa. De volta à Yamaha, o italiano fez as pazes com a vitória já em 2013, na Holanda, e conquistou outros cinco pódios para fechar o ano com o quarto lugar no campeonato. 
 
No ano seguinte, Valentino conseguiu o vice e, em 2015, teve aquela que, até aqui, foi sua melhor chance de chegar ao décimo título da carreira. O desfecho de um polêmico campeonato, porém, acabou favorável a Jorge Lorenzo.
 
No ano seguinte, Rossi foi vice mais uma vez, resultado que não conseguiu repetir no ano seguinte, de novo por causa de uma fratura na perna, desta vez sofrida em um treino de enduro.
Passagem pela Ducati não foi nada bem sucedida (Foto: Ducati)
Em 2018, Valentino conseguiu garantir o terceiro posto no Mundial e foi a melhor Yamaha em um ano bastante difícil para o time de Iwata.
 
Ao longo destes 23 anos, Rossi conquistou números impressionantes na carreira: no total, são 384 vitórias ― 324 só na classe rainha ―, 115 vitórias, 232 pódios, 65 poles, 95 voltas mais rápidas e nove títulos mundial.
 
Com um currículo como este, o ‘Doutor’ detém inúmeros recordes na classe rainha: piloto com maior número de vitórias ― 89 ―, com mais voltas rápidas ― 75 ―, que mais vezes esteve no pódio ― 196 ―, que mais vezes largou na primeira fila ― 145 ―, que mais esteve na zona de pontuação ― 294 ―, que mais corridas liderou ― 139 ―, que mais voltas fez na liderança ― 1619 ―, que mais km liderou ― 7504 ― e também que mais pontos somou ― 5142.
 
Valentino, que só perde para Giacomo Agostini no número de títulos na classe rainha, é também o piloto que mais voltas completou na classe rainha ― 7772 ― e o que mais km percorreu ― 35787.
 
O multicampeão tem, também, o recorde de longevidade da categoria, já que 20 anos e 311 dias separam as vitórias no GP tcheco de 125cc de 1996 e o GP da Holanda de MotoGP de 2017.
 
Rossi disputa neste domingo, em Termas de Río Hondo, seu 385 GP no Mundial de Motovelocidade.
 
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