Regularidade que beira perfeição: o caminho de Márquez ao hexacampeonato
Marc Márquez alcançou mais uma vez a receita do sucesso para ser o grande campeão de 2019. Com regularidade impecável, apareceu nas duas primeiras posições em quase todas as corridas - Austin foi a exceção de sua campanha. Agarrado na regularidade quase perfeita, o espanhol conseguiu colocar as mãos no título do campeonato
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Marc Márquez é o mais novo hexacampeão da MotoGP. Neste domingo (6), após terminar o GP da Tailândia na primeira colocação, o espanhol conseguiu os pontos necessários para encerrar a temporada e colocar as mãos no título e, mais uma vez, se destacar entre os grandes.
O titular da Honda fez história neste campeonato. Com um desempenho quase a prova de erros, a campanha de grande sucesso do competidor de Cervera já começou a se desenhar desde a primeira etapa.
Mostrando uma de suas melhores versões já vistas no Mundial de Motovelocidade, o #93 teve um domínio daqueles que ficam na memória e dificilmente vai ser esquecido – não apenas no mundo das duas rodas, mas no esporte a motor no geral.
Das 15 etapas disputadas até o título, Márquez subiu no pódio em 14 oportunidades. A única exceção foi o GP das Américas que, quando estava na liderança, teve uma surpreendente queda e abandono.
Marc Márquez (Foto: Red Bull Content Pool)
Mas o incidente em solo norte-americano foi apenas um pequeno detalhe quando se observada a imagem inteira. Foram 14 top-2, sendo nove vitórias – portanto, só perdeu o degrau mais alto do pódio cinco vezes.
Em uma temporada tão regular, é possível lembrar todas as vezes em que o triunfo escapou por um triz das mãos de Marc. O primeiro episódio foi no Catar, quando Andrea Dovizioso reeditou o embate de 2018 para, mais uma vez, garantir a vitória nos últimos metros. A Áustria foi outro episódio que a dupla se enfrentou, com o italiano levando a melhor.
Quem também superou o #93 duas vezes no ano foi Álex Rins. Além de ter aproveitado o tombo do conterrâneo em Austin, ainda teve o prazer de superá-lo no final da prova em Silverstone para garantir o degrau mais alto do pódio.
Marc Márquez (Foto: Repsol)
Os outros dois nomes que brilharam contra o agora hexacampeão foram Danilo Petrucci, que assegurou seu primeiro triunfo em casa, na Itália, e Maverick Viñales, que teve a Holanda como palco de seu sucesso.
Mas mesmo com quatro pilotos que conseguiram, de alguma maneira, parar Márquez, a competição de 2019 não foi tão acirrada para o espanhol. Seja por falta de equipamento, seja por falta de resultados, o competidor de Cervera nadou de braçada entre os adversários.
O #4 da Ducati era quem vinha como seu principal rival, e a grande vitória na abertura do campeonato indicavam isso. Mas a oscilação nos resultados seguintes e a demora para voltar a ganhar mostraram que o italiano ainda não era adversário a altura.
E de forma surpreendente, Fabio Quartararo foi quem surgiu como um possível desafio ao jovem piloto. Estreante na MotoGP, conseguiu pódios e poles com uma moto defasada da Yamaha. Mas, mesmo impressionando, é visto apenas como o futuro do Mundial.
Nenhum rival foi capaz de parar Márquez (Foto: Repsol)
Márquez é daqueles pilotos que nasceram com o talento, que fazem parecer que pilotar é algo simples e que os demais competidores são amadores e iniciantes. Com tamanho brilhantismo, tudo vem de forma bastante natural ao hexa.
É uma honra poder assistir a história do Mundial de Motovelocidade ser feita ao ver Marc correr. Quebrando recordes e colhendo cada vez melhores números, é inegável dizer que o espanhol ainda tem muito a conquistar nos próximos anos.