Retrospectiva 2019: Márquez encontra consistência e fatura título da Moto2

Na quinta tentativa, Álex Márquez encontrou a consistência necessária e alcançou o título da Moto2. Agora dono de dois títulos, já que também foi campeão da Moto3, o #73 sobe para a MotoGP para formar par com o irmão Marc na Honda

2019 certamente vai ficar marcado na memória de Álex Márquez. Na quinta tentativa, o #73 alcançou o título da Moto2 e, ‘já nos acréscimos do segundo tempo, conquistou uma inesperada vaga na MotoGP, justamente para dividir os boxes da Honda com o irmão.
 
A chave da conquista veio justamente naquilo que faltou nos quatro anos anteriores: a consistência. No total, foram cinco vitórias, outros cinco pódios ― duas vezes segundo e três vezes terceiro ― e seis poles. Assim, Álex fechou o ano com 262 pontos, só três a mais do que Brad Binder, o segundo na tabela.
 
Até então, a melhor campanha do caçula dos Márquez tinha sido em 2017, quando somou três vitórias, três poles e seis pódios para terminar na quarta colocação do Mundial. 
Álex Márquez (Foto: Divulgação/MotoGP)
Álex, que subiu para a Moto2 logo após conquistar o Mundial de Moto3, em 2014, sempre defendeu a Marc VDS na classe do meio, mas, apesar de o time de Marc van der Straten estar acostumado a brigar por vitórias e títulos, o #73 foi derrotado pela maioria dos companheiros de equipe que enfrentou. No total, foram três derrotas.
 
Em 2015, Tito Rabat fechou o ano com o terceiro posto no Mundial, com o piloto de Cervera aparecendo apenas em 14º na classificação. Nos dois anos seguintes, Franco Morbidelli também deixou Álex para trás, primeiro conquistando um quarto posto no campeonato ― contra a 13ª posição do #73 ― e, depois, o título de 2017, enquanto o espanhol ficou com o quinto posto.
 
Em 2018, o confronto foi com o então novato Joan Mir, que tinha seguido um roteiro parecido, saltando para a Moto2 após a conquista da Moto3. Álex levou a melhor, mas com uma ligeira diferença. Enquanto o #36 subiu ao top-3 em quatro oportunidades ― com dois segundos lugares e dois terceiros ―, Álex fez seis pódios ― dois segundos e quatro terceiros.
 
Ainda assim, Mir foi quem saltou para a MotoGP, contratado pela Suzuki para fazer par com Álex Rins, enquanto Márquez ganhou Xavi Vierge de companheiro. Em seu quarto ano de Moto2, o #97 fez um ano bem abaixo e somou apenas uma pole.
 
Para virar o jogo, Álex mostrou bastante evolução em 2019. Apesar de ter iniciado o campeonato com uma forma mais discreta nas quatro primeiras corridas ― com um terceiro lugar na Argentina ―, o miolo foi bastante bom, com as cinco vitórias entre os GPs da França e da República Tcheca. 
 
Na segunda metade do ano, as vitórias minguaram, mas quatro pódios em nove corridas ― dois segundos e dois terceiros ― foram suficientes para manter o espanhol na liderança, muito embora Brad Binder tenha seguido o histórico da KTM nos últimos anos para ameaçar a conquista espanhola. 
 
Mesmo com o crescimento do sul-africano na fase final da disputa, Álex fechou a conta na Malásia, com uma rodada de antecedência, e assegurou o segundo título no Mundial cinco anos após a conquista do primeiro.
 
Inicialmente, Álex ficaria na Moto2, com a Marc VDS, para defender o título ― até por que, não tinham boas vagas disponíveis na MotoGP. No entanto, o universo conspirou em favor do espanhol: Lorenzo decidiu pela aposentadoria após um ano muito difícil com a RC213V e abriu uma vaga na Honda. Mesmo dizendo que não pressionaria a marca da asa dourada, Marc nunca escondeu a preferência por ter o irmão como companheiro. E acabou tendo seu desejo atendido.
 
Agora na classe rainha, Álex terá de resistir à pressão e, mais que isso, aturar as comparações com o irmão hexacampeão. Não será uma missão fácil. 
 
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