Retrospectiva 2019: Quartararo vai de 8 a 80 e toma MotoGP de assalto

Fabio Quartararo foi de promessa que não vingou nas classes menores a astro da MotoGP em 2019. Correndo com a SIC, o #20 foi o melhor estreante do ano e a segunda melhor Yamaha na classificação

Fabio Quartararo foi um dos grandes nomes da temporada 2019 da MotoGP. Estreante, o #20 tomou a classe rainha de assalto, fez poles, pódios e peitou Marc Márquez pela vitória. O já experiente hexacampeão impediu a festa francesa, mas nem por isso ofuscou o brilho do piloto de Nice.
 
Fabio, porém, chegou à MotoGP questionado. Conhecido como ‘o novo Marc Márquez’ em sua passagem pelas categorias de base do motociclismo, o #20 foi uma promessa que não vingou nas classes menores. Em quatro anos de estadia ― dois na Moto3 e dois na Moto2 ―, Quartararo conquistou apenas quatro pódios, sendo uma única vitória ― na divisão intermediária em 2018 com a Speed Up.
Fabio Quartararo (Foto: SIC)
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RETROSPECTIVA 2019: MUITO QUE BEM, MUITO QUE MAL

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Ainda assim, Quartararo atraiu o interesse da novata SIC, que, sem Dani Pedrosa, que optou pela aposentadoria/posto de piloto de testes da KTM, optou por um jovem talento para compor a equipe com Franco Morbidelli, pupilo de Valentino Rossi e com um ano de experiência na MotoGP.
 
 
‘El Diablo’, então, enfim mostrou o talento que lhe valeu o rótulo de ‘novo Márquez’. Ainda na pré-temporada, o #20 mostrou sinais de uma boa adaptação, mas o desempenho na MotoGP veio mesmo em uma crescente.
 
Na primeira corrida, no Catar, Quartararo ficou só em 16º, mas melhorou para oitavo na corrida seguinte, na Argentina. Depois, veio um sétimo lugar em Austin, um abandono na Espanha, um oitavo na França e um décimo na Itália. Na Catalunha, porém, o primeiro pódio: um segundo lugar, 2s660 atrás de Márquez.
 
Na corrida seguinte, na Holanda, Fabio voltou ao top-3, desta vez em terceiro. Depois de mais um abandono e um sétimo lugar em Brno, o #20 foi terceiro na Áustria, mas voltou a abandonar, agora na Grã-Bretanha.
 
 
A dupla repetiu o duelo na Tailândia, mas, no grande dia de Márquez na temporada ― afinal, era a primeira chance de garantir o hexa ―, o #93 bateu o novato também na última curva e garantiu a vitória e a taça da MotoGP.
 
Quartararo voltou ao pódio no Japão, mas abandonou a corrida de Phillip Island. Na Malásia, a SIC apareceu dominante em todo o fim de semana, o sonho da primeira vitória caiu por terra, já que o bom ritmo da M1 sumiu no apagar das luzes na reta de Sepang.
 
No encerramento do campeonato, em Valência, Quartararo somou mais um segundo lugar, encerrando o campeonato com o quinto posto, com 192 pontos, só 19 a mais que Viñales.
 
A performance já fez Fabio um alvo da concorrência e, mais do que isso, colocou pressão na Yamaha para 2021, já que, continuando como está, o #20 é um forte candidato a um time de fábrica, mas o time de Iwata ainda vai depender da opção de Rossi pela aposentadoria e também do futuro de Viñales, que, segundo algumas especulações, poderia mudar para Ducati ou voltar à Suzuki. 
 
O futuro, no entanto, ainda não chegou. Até aqui, Quartararo mostrou que reencontrou o talento que lhe rendeu fama na base. A primeira vitória parece ser só questão de tempo. Ano que vem, ele terá uma moto no mesmo nível do time oficial. 
 
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