Rossi diz que Yamaha “não é reativa o bastante” com problemas da M1: “Temos de ser rápidos ou outro ano vai passar”

Valentino Rossi não ficou nada satisfeito com a performance da Yamaha em Jerez de la Frontera. Ao longo de todo o fim de semana no circuito andaluz, o time oficial de Iwata sofreu com falta de aderência, mesmo problema que afetou a atuação da equipe no GP da Espanha do ano passado.

 

Falando à imprensa italiana, Rossi subiu o tom das críticas e pressionou a Yamaha por uma maior velocidade na evolução da moto. O italiano ressaltou que teria terminado a corrida em oitavo não fosse o acidente entre Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo e Andrea Dovizioso.

“No fim, um quinto lugar não é um resultado tão ruim depois de um fim de semana como este. Posso me considerar sortudo”, disse Rossi. “O problema é ficar feliz com um quinto lugar que seria oitavo se Dovizioso, Lorenzo e Pedrosa não tivessem caído, Isso diz muito sobre nossa situação técnica no momento”, seguiu.

 

“Nós estamos sofrendo. Eu sempre tento conversar com a Yamaha e dizer a eles que precisamos melhorar, mas, infelizmente, o tempo está passando e nós ainda não resolvemos nada. Espero que tenha um esforço maior nos próximos meses para que possamos avançar em um futuro breve”, declarou.

 

Mesmo frustrado com a performance, Rossi reconheceu que a Yamaha evoluiu em relação ao ano passado, mas avaliou que é preciso trabalhar mais, especialmente nos problemas chave da YZR-M1.

 

“Ano passado, nós terminamos a 38s do vencedor, hoje foram 8s. Por um lado, 30s é uma enormidade, mas eu teria sido oitavo de qualquer jeito. Nós precisamos de uma mão para sermos competitivos”, frisou. “Ao invés de bravo, estou frustrado. Acho que está claro o que precisamos fazer para melhorar. A pior coisa é que não somos reativos o bastante no que diz respeito a resolver os nossos problemas”, considerou. 

 

“Corridas, semanas e meses passam. Não estou dizendo que temos os mesmos problemas depois de um ano, a moto melhorou, mas os outros deram um passo maior do que nós. Tenho certeza de que temos potencial para fazer isso, mas precisamos ser rápidos ou outro ano vai passar”, alertou. “Não acho que a gente precise de uma mudança radical. Nós só precisamos resolver duas ou três coisas. Nós vamos testar hoje e teremos algum material novo, mas isso não vai resolver as coisas. Se a Yamaha se comprometer 100%, então podemos fazer isso na metade do tempo. Vou falar com eles de novo. Está claro o que precisamos”, insistiu.

 

Assim como em 2017, Johann Zarco foi a melhor Yamaha em Jerez e agora ocupa a segunda posição na classificação do Mundial.

 

“Johann é um dos pilotos top, como eu disse ao longo do fim de semana, o estilo de pilotagem e a complexão dele significa que ele pode fazer a diferença em certas pistas, como aqui ou Valência. Mas isso também significa que o desenvolvimento dos últimos anos não deu resultados e, assim, nós precisamos melhorar alguma coisa”, concluiu.

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