Rossi pede evolução como em 2004 e torce para que seca “seja importante para a Yamaha reagir”

Valentino Rossi torceu para que a maior seca da Yamaha na MotoGP seja importante para iniciar uma reação da fábrica nipônica. Italiano pediu por uma evolução como a conduzida por Masao Furusawa em 2004 que resultou naquilo que ele considera a melhor YZR-M1

Valentino Rossi torceu para que a maior seca da história da Yamaha na MotoGP seja importante para provocar uma reação na fábrica dos três diapasões. Longe do pódio no GP de Aragão, a equipe nipônica completou sua 23ª corrida sem vencer, superando o jejum registrado entre 1997 e 1998.
 
Questionado sobre a importância que este longo jejum de 23 corridas pode ter, Rossi respondeu: “Espero que seja importante para a Yamaha reagir. Então, talvez, alguns caras da cúpula da Yamaha vejam o número e perguntem: ‘Por quê?’”. 
 
Em meio à maior seca da casa de Iwata na classe rainha, Rossi afirmou que espera uma reação como aquela mostrada pela Yamaha sob o comando de Masao Furusawa em 2004, seu ano de estreia no time.
Valentino Rossi cobrou reação como a que resultou na M1 de 2005 (Foto: Yamaha)
“Quando eu cheguei, há muito, muito tempo, em 2004, a Yamaha esta muito pior do que agora. Mas, em um ano, eles reagiram muito fortemente. Eles colocaram uma organização diferente, colocaram mais dinheiro, mais pessoas e, em um ano, conseguimos fazer a M1 de 2005, que, para mim, é a melhor M1. Então temos de tentar a mesma coisa”, defendeu. 
 
Depois de fazer sua pior classificação em pista seca desde 2006, Rossi conseguiu fechar o GP de Aragão no oitavo posto e considera que mudanças no acerto da M1 foram a chave do resultado.
 
“No fim, a corrida não foi tão ruim para mim. Eu consegui manter um ritmo constante e somei alguns pontos. Consegui um top-10, o que ontem eu não estava certo de que poderia fazer. Esse é o nosso potencial agora”, reconheceu.
 
Além de ter terminado a corrida 15s atrás do vencedor Marc Márquez, Rossi fez as 23 voltas no MotorLand apenas 1s mais rápido do que a corrida do ano passado, ao passo que Andrea Iannone e a Suzuki, por exemplo, foram 30s mais velozes do que em 2017. O #93 e Andrea Dovizioso foram 10s e 12s, respectivamente, mais rápidos do que na corrida da temporada anterior.
 
“É uma situação muito difícil, pois já faz um ano que estamos nesta situação técnica”, apontou. “E, além disso, nossos rivais ― especialmente Honda e Ducati, mas hoje também a Suzuki ― deram um grande passo. Fui um pouco mais rápido do que na corrida do ano passado, pois no ano passado eu estava machucado [voltando de uma fratura na perna] e este ano estou em boa forma”, lembrou.
 
“O problema é que no ano passado eu terminei em quinto e, neste ano, em oitavo, mas Márquez e Dovizioso são 10s mais rápidos. Eles deram um grande passo”, comparou. “Então, nesta situação, já que somos uma equipe top, é difícil encontrar a motivação para lutar talvez pelo top-10”, desabafou.
 
Como tem feito nos últimos tempos, Rossi cobrou melhora da M1 e isentou os pneus Michelin de responsabilidade pelos problemas de performance. Ao menos diretamente.
 
“O problema não é o pneu, porque os pneus são os mesmos para todos”, garantiu. “Honda e Ducati são capazes de serem 10s mais rápidas do que no ano passado com os mesmos pneus”, frisou.
 
“Mas o nosso problema é o pneu, porque, por alguma razão, não conseguimos fazer o pneu traseiro funcionar direito. Então a nossa moto não tira a aderência máxima do pneu e nós desgastamos demais o pneu de uma maneira ruim. E, ao mesmo tempo, somos lentos”, detalhou. “Então somos lentos e desgastamos o pneu. Este é o problema, mas é um problema da Yamaha, porque os pneus são os mesmos para todos. Parece que as outras fábricas trabalham melhor neste sentido”, comentou.
 
Ainda, Rossi considerou que melhorar a eletrônica e o motor são vitais para a Yamaha, mas admitiu que ainda não viu progressos nessa área.
 
“Eu testei a primeira edição do motor de 2019, mas acho e espero que não seja o motor final. É só uma pequena modificação, porque é muito similar”, contou. “Espero que eles continuem trabalhando, por, para mim, o motor é um problema para nós, eles têm de melhorá-lo”, cobrou.
 
Questionado sobre a última vez que a Yamaha deu um passo importante na evolução da M1, Rossi respondeu: “Foi no teste que fizemos aqui em Aragão em 2015. Foi a última vez. Ainda foi com os pneus Bridgestone. Nós fizemos o teste em junho e depois eu venci em Assen”.

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