Rossi pede mais velocidade final à Yamaha e afirma que pneus Michelin vão exigir nova forma de pilotar

Vice-campeão na temporada 2015, Valentino Rossi afirmou que o foco da Yamaha para este ano é melhorar a velocidade final da YZR-M1. Italiano destacou que a forma de pilotar vai mudar bastante com a chegada dos pneus Michelin

A Yamaha deu o pontapé inicial da temporada 2016 nesta segunda-feira (18) com a apresentação da YZR-M1. Às vésperas do início da pré-temporada, Valentino Rossi avaliou que o protótipo nipônico tem pouco a melhorar em relação ao projeto do ano passado, mas é possível evoluir em termos de velocidade final, a única fraqueza da versão 2015 da moto.
 
Neste ano, a MotoGP vai passar por duas grandes mudanças. A Michelin assume o posto da Bridgestone como fornecedora única dos pneus da classe rainha e a Magneti Marelli passa a distribuir um software padrão para todos os times do grid.
Valentino Rossi manifestou preferência pelas rodas de 16,5 polegadas (Foto: Xavi Bonilla)
Nesse cenário, Rossi acredita que a nova borracha vai exigir uma mudança no estilo de pilotagem, já que os pneus Michelin, especialmente os dianteiros, têm um comportamento diferente dos Bridgestone.
 
“Eu acho que a forma de pilotar com os Michelin é bem diferente em comparação com os Bridgestone”, disse Rossi durante uma coletiva de imprensa em Barcelona. “Tem muitas pequenas diferenças na freada, na entrada, mas também um tipo diferente de linhas e uma maneira diferente de abrir o acelerador”, explicou. 
 
 “No fim, a moto permanece a mesma, mas os pneus mudaram bastante, então todo piloto precisa ser rápido ao se adaptar a esta nova situação”, sublinhou.
 
A característica da borracha, aliás, não é a única diferença nos pneus. A partir deste ano, as rodas de 16,5 polegadas saem de cena para dar lugar as de 17, o mesmo tamanho utilizado nas motos de rua e, assim, uma das razões para atrair a Michelin de volta ao Mundial.
 
Na visão de Valentino, o tamanho anterior era mais vantajoso, mas, com mais testes, ainda será possível atingir um nível bastante próximo àquele do ano passado.
 
“Acho que, no fim da volta, 16,5 é melhor, nós vimos isso no ano passado em comparação com 17, mas a Michelin decidiu usar esse tamanho”, comentou. “Também tem alguns pontos positivos, mas, no geral, a moto é um pouco diferente na entrada da curva”, continuou. 
 
“Falando de forma bem simplificada, a moto ganhou um pouco de agilidade, mas perdeu um pouco de estabilidade, então ela tem mais reação, mas se você comete um erro, é menos segura em comparação com o ano passado”, detalhou. “Mas nós só fizemos um teste. Acho que o caminho é longo e nós podemos chegar a um nível muito similar ao do ano passado no final”, ponderou.

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Questionado sobre o que havia pedido aos engenheiros da Yamaha para a moto de 2016, Rossi considerou que a única coisa que precisa ser melhorada na M1 é sua velocidade final.
 
“Vamos tentar ter um pouco mais de velocidade máxima na reta, porque no ano passado este era o único lugar onde nós sofríamos”, indicou. “E a eletrônica também é importante, já que mudou bastante, e nós descobrimos nos últimos dez anos que se o sistema eletrônico é um pouco melhor, a diferença é muito grande. O resto é acerto e distribuição de peso, já que temos de entender a maneira de usar os Michelin no máximo”, finalizou.
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