"Temporada não começa em setembro", diz Lorenzo sobre momento da Honda e luta pelo título

Jorge Lorenzo se mostrou bastante consciente de seu papel na luta pelo título da MotoGP neste ano e, embora veja tudo com bastante frieza, negou que encare a briga com Dani Pedrosa com olho na calculadora e garantiu que, se tiver chance, vai brigar por vitórias até o fim da temporada

Mesmo com uma vantagem de 28 pontos para o único rival pelo título da MotoGP, Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo se mantém focado e certo de suas limitações na disputa do campeonato. Depois da vitória em Misano, o espanhol viu o compatriota vencer em Aragón e no Japão, na semana passada, e admitiu que tem sido difícil brigar de igual para igual com a Honda, moto que, segundo ele, melhorou absurdamente após a etapa de Laguna Seca, disputada no fim de julho. Ainda assim, o piloto da Yamaha procura minimizar as perdas e se disse confiante em poder lutar por vitórias nas três corridas que restam na temporada, mas reconheceu que também vai calcular bem os riscos a cada prova, priorizando, acima de tudo, a consistência.

Jorge parece controlar como ninguém o campeonato. Tirando a etapa da Holanda, onde foi derrubado por Álvaro Bautista e não completou a corrida, o pior resultado do piloto é o segundo lugar. “Nosso objetivo é o título. Evidente que se Dani abandonar a prova no domingo, eu posso ser campeão, mas não estou pensando nisso, porque é algo pouco provável que aconteça neste momento. Por isso, vou continuar me concentrando em fazer bons treinos, além de trabalhar duro para conseguir o melhor resultado possível aqui, sem pensar em mais nada”, explicou o espanhol em entrevista ao site ‘Motocuatro’.
 

Lorenzo enfrenta neste ano a dura luta pelo título contra a Honda de Dani Pedrosa (Foto: Yamaha)

Ainda que admita que deseja fechar o Mundial o quanto antes, Lorenzo afirmou também que não corre com a calculadora nas mãos. “Não perdi a esperança de vencer uma corrida antes que a temporada acabe. E se perceber que tenho a chance de levar a vitória, então vou lutar por isso com todas as minhas forças. Senão, vou tentar o melhor resultado possível: um segundo, um terceiro, o que for, se isso me ajudar a conquistar o título. As pessoas podem até pensar que eu não estou arriscando muito agora, que não estou pilotando tudo que posso, mas estou, sim. Cheguei ao limite em muitas corridas. Mas agora a Honda é muito superior, é uma moto quase perfeita e é difícil lutar contra isso”, declarou.

Aí o campeão de 2010 explicou sua estratégia atual durante os GPs. Sem conseguir imprimir o mesmo ritmo de Pedrosa, Lorenzo tira o máximo de desempenho da Yamaha na primeira parte das provas, como forma de afastar os demais rivais. “É uma forma de garantir, ao menos, o segundo lugar. A tática é andar o mais forte possível no início e vencer, mas até agora o Dani tem sido capaz de me acompanhar e ganhar. Se eu tiver a chance de vencer, é como já falei, vou tentar, vou arriscar, mas sei muito bem dos meus limites e sei do potencial da minha moto. E não vou colocar o campeonato em risco por causa de uma vitória. A temporada começa em abril e não em setembro”, disse.

Por fim, questionando se uma eventual ordem de equipe da Honda o preocupa, Lorenzo descartou. “Ninguém me ajudou em 2010, quando ganhei o primeiro título. Pelo contrário, eu ainda quase caí brigando com o meu companheiro de equipe uma corrida antes. E não acho que Dani esteja esperando a ajuda de ninguém agora também”, encerrou.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.