Rossi defende decisões e se diz sem arrependimentos na carreira: “Não reclamo”
Valentino Rossi se encaminha para as últimas corridas no Mundial de Motovelocidade. Mesmo com a saída após décadas no esporte, o italiano se diz sem arrependimentos e bancou todas as atitudes que tomou na carreira, inclusive a fraca passagem pela Ducati
A quinta-feira (5) começou com uma notícia bombástica no paddock da MotoGP. Às vésperas do GP da Estíria, Valentino Rossi convocou uma coletiva de imprensa especial e anunciou a aposentadoria no fim da temporada 2021. Com isso, restam poucas corridas para o multicampeão no Mundial de Motovelocidade.
Durante a coletiva, o italiano comentou sobre a tomada de decisão, obviamente difícil para um piloto tão vitorioso no Mundial de Motovelocidade. Mesmo sem grandes resultados nos últimos anos e sem títulos desde 2009, Rossi manteve-se positivo sobre o que fez ao longo da carreira.
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“Arrependimentos sobre escolhas, sinceramente eu não tenho. Correr com a Ducati [entre 2011 e 2012] foi bem difícil para mim, pois não tive vitórias, mas foi um grande desafio. Um piloto italiano em uma moto italiana. Se eu conseguisse vencer, seria histórico”, disse Valentino.
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“Estou um pouco triste por não vencer o décimo campeonato, principalmente por acreditar que merecia, pelo meu nível e minha velocidade. Perdi duas vezes na corrida final, por isso acho que merecia, mas não reclamo dos resultados da minha carreira”, completou.
O italiano, porém, não sai de cena por falta de alternativas. A satélite SRT nunca o descartou de forma categórica, mas, ainda que o fizesse, a VR46 vai debutar na classe rainha em 2022. Como dono da equipe, o sete vezes campeão da divisão principal do Mundial obviamente poderia assumir uma das motos. E é bom ressaltar que o patrocinador o pressionou para que assim fosse. A Ducati, que vai fornecer as motos, também deixou a porta aberta para que fosse o veterano a montar em uma das Desmosedici. Para a casa de Bolonha, seria até uma chance de corrigir a imagem deixada pela parceria frustrada das temporadas 2011 e 2012.
Rossi, porém, já vinha dando indícios de que a aposentadoria se aproximava. Antes da pausa para as férias, Valentino já tinha classificado como improvável uma mudança para a VR46, frisado que sempre se viu como um piloto Yamaha “de coração” e reconhecido que os resultados estavam bastante aquém daquilo que ele esperava.
A MotoGP volta à ativa neste fim de semana após cinco semanas de férias. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP da Estíria, décima etapa do Mundial de Motovelocidade 2021.
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