Maverick Viñales foi fiel ao plano traçado no sábado. Segundo no grid, o #12 tomou a ponta ainda nos primeiros metros do GP da Malásia deste domingo (3) e conseguiu abrir uma vantagem confortável o suficiente para controlar a corrida e encerrar um jejum de vitórias da Yamaha que vinha desde o GP da Holanda.
Diante de um público de 103.850 pessoas, Franco Morbidelli saiu bem, mas viu Jack Miller mergulhar primeiro na curva 1. Ainda na primeira volta, Viñales passou Miller e assumiu a ponta, enquanto Marc Márquez se colocou em segundo depois de sair apenas em 11º.
Enquanto os dois ponteiros foram definidos ainda cedo, a briga pelo último lugar do pódio foi bastante mais alongada. Com um bom ritmo, Valentino Rossi pressionou Dovizioso volta atrás de volta, mas a força do motor Ducati prevalecia ante ao déficit de velocidade máxima do propulsor da YZR-M1.
Nas voltas finais, Álex Rins conseguiu encostar nos italianos, mas sem lançar ataques mais efusivos. Perto de abrir a volta final, Rossi errou na 15 e se afastou mais de Dovi, mas Álex tampouco chegou no italiano.
Em mais um dia de muitas nuvens no céu, a prometida e tradicional chuva de Sepang deu trégua para a MotoGP. O calor, por outro lado, se manteve presente, com os termômetros marcando 31°C pouco antes da largada, com o asfalto chegando a 46°C. A velocidade do vento era de 10 km/h.
Pela quinta vez na temporada, Fabio Quartararo tinha a pole-position, já superando Johann Zarco como o francês com mais poles na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, atrás apenas de Christian Sarron, que tem uma a mais.
Na primeira fila do grid pela nona vez no ano, Maverick Viñales tinha o segundo posto, à frente de Franco Morbidelli. É a primeira vez que a Yamaha domina a primeira fila do grid desde a etapa de Le Mans em 2017.
Jack Miller abria a segunda fila, escoltado por Cal Crutchlow e Valentino Rossi. Álex Rins tinha o sétimo posto, com Danilo Petrucci em oitavo e Johann Zarco em nono. Andrea Dovizioso fechava o top-10 do grid.
Vencedor do GP da Malásia do ano passado, Marc Márquez vinha só em 11º depois de uma queda na classificação. Foi apenas a segunda vez desde que subiu para a MotoGP, em 2013, que #93 ficou de fora das três primeiras filas do grid.
Na escolha de pneus, os pilotos da primeira fila escolheram todos o dianteiro médio. Já no traseiro, Quartararo foi o único que optou por macio, enquanto os outros dois foram também de médio.
Luzes se apagaram em Sepang e a largada foi autorizada. Morbidelli conseguiu largar bem, mas quem conseguiu se colocar em primeiro foi Miller. Mais atrás, Márquez tetnou escalar o pelotão, mas se manteve em quinto.
Miller, Viñales, Dovizioso, Morbidelli e Márquez compunham o top-5 logo após a saída. Enquanto isso, Quartararo, o pole-position, caiu para a sexta colocação.
Marc conseguiu tomar a posição de Franco, aparecendo agora no quarto posto. Enquanto isso, Rossi também vinha ganhando terro e era o sexto colocado, com Fabio caindo ainda mais e sendo apenas o oitavo.
O #93 então conseguiu dar um grande salto. O titular da Honda conseguiu bater Dovizioso e Miller para ser o segundo, mas o australiano deu o troco para jogar o espanhol para terceiro. Valentino tentou ganhar posições, mas subiu para quinto.
Com o encerramento do primeiro giro, a ordem era Viñales, Miller, Márquez, Dovizioso, Rossi, Morbidelli, Rins, Quartararo, petrucci, Zarco, Bagnaia, Crutchlow, Pol e Aleix Espargaró e Mir fechando a zona de pontos.
Vindo em um surpreendente desempenho com a Honda em Sepang, Zarco conseguiu dar um belo chega para lá em Petrucci para se colocar na nona colocação. Enquanto isso, Lorenzo era apenas o 18º.
Márquez não queria perder tempo escalando o pelotão. O espanhol deu o bote em cima de Jack e já era o segundo, 1s362 de atraso para Maverick. Dovizioso, Miller e Rossi fechavam o top-5.
Valentino tentava se aproximar do #43 da Pramac, mas sem muito sucesso. Enquanto isso, o italiano ainda tinha que lidar com a pressão de Morbidelli e Rins, que chegou nos representantes da Yamaha.
15 voltas para a bandeira quadriculada e Viñales seguia na primeira colocação. Márquez era o segundo, enquanto Dovizioso, que tentou atacar Marc, cometeu um erro, mas se manteve em terceiro. Miller e Rossi fechavam os cinco primeiros, com Rins, Morbidelli, Quartararo, Zarco e Petrucci na sequência.
Depois de tanto insistir, o #46 conseguiu enfim tomar o posto de Miller. Mas não por muito tempo, já que o australiano conseguiu dar o troco no italiano e retomar a quarta colocação.
Dos dez primeiros pilotos, quase todos foram na mesma estratégia de pneus com médio dianteiro e traseiro. As exceções ficaram com Márquez e Quartararo, com macio traseiro, e Dovizioso e Miller, de macio na frente e atrás.
Mais uma vez Valentino deu o bote em cima de Jack, agora conseguindo passar e se manter na posição. O piloto estava mais de 1s atrás de Dovizioso, o terceiro colocado. Enquanto isso, Miller e Rins tinham uma pesada briga, com a moto do #42 ficando danificada.
Não demorou para que Rossi chegasse em Andrea. Com 12 giros para a bandeira quadriculada, uma briga entre conterrâneos começava a se desenhar na Malásia. A dupla estava 3s5 distante de Márquez, segundo colocado.
Restando dez giros para o final, Viñales tinha vida tranquila na ponta do pelotão. Márquez era o segundo colocado, com Dovizioso, Rossi, Rins, Morbidelli, Miller, Quartararo, Zarco, Petrucci, Crutchlow, Mil, Pol e Aleix Espargaró e Bagnaia completando os pontos.
Rossi tentava a todo jeito consumar a ultrapassagem em cima de Dovizioso. Apesar de se a aproximar do adversário nas curvas, se afastava quando chegavam as retas por conta da falta de potência do motor Yamaha.
Enquanto isso, com oito giros para o final, Iannone acabou sofrendo um acidente na curva 4 e anotando o primeiro abandono da corrida.
O #46 conseguiu passar o #4, mas levou o troco nos metros seguintes, e com a potência da Ducati, Andrea conseguiu deixar o adversário italiano para trás.
Na comparação entre as velocidades máximas entre Dovizioso e Rossi, foi bastante visível ver a diferença entre as motos. Enquanto Andrea atingia 327.2 km/h, Valentino ia a 315.7 km/h. Essa era a grande briga da prova.
A disputa estava se aproximando do final e enquanto Viñales e Márquez conseguiam se manter nos dois primeiros postos sem problemas, a briga pela terceira colocação ficava cada vez mais apertada, com Rins se juntando aos italianos.
Perto da bandeira quadriculada, Zarco sofreu um verdadeiro revés. O francês, que estava dentro do top-10, acabou se envolvendo em um acidente e acabou caindo, abandonando a corrida. Pouco depois, a direção de prova informou que o acidente, que também teve Mir envolvido, estava sob investigação.
A briga pela terceira colocação estava pegando fogo. Rossi tentava de todas as maneiras alcançar de uma vez por todas Dovizioso, enquanto Rins se aproximava de forma ameaçadora do #46.
Com duas voltas para o final, quando estava na oitava colocação, Joan acabou recebendo uma punição por pilotagem perigosa. O espanhol teve de cumprir uma volta longa.
Álex colou em Valentino, chegando a dar uma investida, mas viu a porta fechada pelo titular da Yamaha.
Bandeira quadriculada e Viñales conseguiu seu troco em cima de Márquez, vencendo a corrida. Dovizioso completou o pódio do dia, com Rossi e Rins fechando os cinco primeiros da corrida.