Viñales exibe bom ritmo no Catar, mas Yamaha tem velocidade como ponto fraco diante de Honda e Ducati

Dono da pole-position, Maverick Viñales mostrou que tem ritmo para fazer um bom GP do Catar, mas a fraqueza da Yamaha em termos de velocidade final ficou evidente na comparação com Honda e Ducati

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O sábado (9) certamente não tem todas as respostas, mas já serve para dar muitas indicações para a temporada 2019 da MotoGP. Se até aqui a evolução da Yamaha era uma dúvida, a pole de Maverick Viñales em Losail é mais uma evidência da melhora da YZR-M1. Contudo, os dias no Catar mostram que a velocidade é a fraqueza da moto dos três diapasões, especialmente na comparação com Ducati e Honda.
 
Apesar de ter garantido a posição de honra do grid, Viñales foi quem alcançou a menor velocidade no Q2: 329,3 km/h. Cal Crutchlow registrou a melhor marca em 346,4 km/h, com Jack Miller sendo responsável pelo melhor registro da Ducati, que foi feito em 344,7 km/h. Uma diferença, respectivamente, de 17,1 km/h e 15,4 km/h.
 
Viñales, porém, fez suas voltas sozinho, então é preciso considerar a ausência de vácuo nessa marca. Contudo, além de o #12 ter ficado na rabeira do speed trap, as outras duas Yamaha que estiveram na sessão não foram muito melhores. Fabio Quartararo chegou a 335,1 km/h, enquanto Franco Morbidelli chegou só em 332,4 km/h.
Maverick Viñales (Foto: Yamaha)
Barrado ainda no Q1, Valentino Rossi foi quem alcançou a maior velocidade com a Yamaha na classificação, chegando a 336,3 km, um déficit, portanto, de 10,1 km/h em relação a Crutchlow.
 
Viñales, no entanto, fechou o sábado satisfeito, especialmente com o trabalho feito ao longo dos dias. O espanhol, no entanto, sabe que a Yamaha precisa melhorar.
 
“Fizemos uma mudança importante no TL4 que me caiu perfeitamente e fui para a classificação muito convencido do que eu tinha que fazer. Deu certo. Me senti forte assim que saí e isso era muito importante para mim”, disse Maverick. “Acho que nós trabalhamos muito bem neste fim de semana”, comentou. 
 
“Eu fiz 1min53s logo de cara e me senti muito bem. No segundo ataque, eu só fiz o meu melhor e fui levando a moto ao limite o tempo todo. Nós ainda temos de melhorar, mas a maneira que estou pilotando representa o melhor Maverick nessas duas temporadas”, considerou. “Mas nós precisamos melhorar. Em aceleração, nós somos muito lentos”, frisou. 
 
Mesmo tendo ciência da fraqueza da Yamaha, Viñales acredita que têm um bom ritmo de prova, mas espera concorrência pesada.
 
“Acho que temos um bom ritmo para a corrida, pois posso manter o 1min54s, então vamos ver o que podemos fazer”, declarou. “Acho que amanhã será uma corrida de grupo, especialmente nas primeiras dez voltas. Nesta pista, é sempre muito especial, é um grupo realmente longo. Nós queremos tentar ser bem inteligentes e estarmos prontos para lutar no fim da corrida”, acrescentou. 

❀ Tatiana Calderón – pilota de testes da Alfa Romeo e primeira mulher a correr na F2

❀ Bruna Tomaselli – do kart em Santa Catarina à seleção na W Series e no Road to Indy

 Laia Sanz – multicampeã de Trial e enduro e ‘rainha’ do Rali Dakar

❀ Jutta Kleinschmidt – primeira mulher a vencer uma especial e a conquistar o Rali Dakar

❀ Bia Figueiredo – primeira brasileira na Indy e pilota de carreira internacional consolidada

0s198 mais lento que Viñales, Andrea Dovizioso ficou com o segundo lugar no grid, mas ficou feliz mesmo com a melhora exibida pela Ducati em relação aos testes da pré-temporada, de onde não saiu muito feliz.
 
“Estou muito feliz com a maneira como trabalhamos neste treino, porque nós melhoramos bastante a nossa velocidade e é disso que você precisa para poder poupar o pneu e estar na frente na corrida, porque muitos pilotos são rápidos, mas ser rápido e poupar os pneus é uma história diferente”, ponderou. “Vamos ver amanhã. Não sei o que realmente podemos fazer, pois a velocidade está lá, nós mostramos isso especialmente nos treinos, mas Maverick, Marc [Márquez] e não só eles têm uma velocidade realmente boa, mas não podemos realmente saber nas últimas dez voltas quem estará em melhor forma”, continuou. 
 
“Não sei o que podemos esperar na corrida, mas estou muito feliz com a primeira fila. Eu realmente não esperava ter essa velocidade. E estou feliz pelo trabalho que fizemos. E feliz pela maneira como abordei o fim de semana, porque a velocidade não estava lá, então eu fiquei calmo, trabalhei, nós nos conhecemos muito bem e isso ajuda muito nessas situações”, lembrou.
 
Só 0s001 mais lento que o #4, Marc Márquez saltou para o terceiro posto no instante final da classificação, aproveitando o vácuo de Danilo Petrucci. Recémoperado do ombro esquerdo, o #93 sofreu duas quedas neste sábado, mas garante que está fisicamente bem.
 
“Na condição física, me sinto 100%, então isso é positivo. Estou muito feliz em estar aqui na primeira fila, pois, não sei se é o pior circuito, mas um dos mais difíceis para nós e estamos aqui muito próximos dos caras da ponta”, declarou Marc. “Ontem me senti muito, muito, muito bem, hoje, com o vento, foi um pouco mais difícil. Na classificação tentei jogar minhas cartas, tentei achar uma nova estratégia e funcionou, pois meu objetivo era ficar na primeira fila”, resumiu. 
 
“Esses caras são dois dos mais velozes. Mas me sinto pronto”, assegurou.
 
A Ducati, no entanto, não ficou muito feliz por ver Márquez usar Petrucci para fazer sua volta. Rumores no paddock indicam, aliás, que a montadora de Borgo Panigale apresentou uma queixa à direção de prova por conta do ocorrido.
Andrea Dovizioso ficou com o segundo posto no grid (Foto: Ducati)
Questionado sobre o incomodo da Ducati, Márquez deu de ombros e ressaltou que o que importa mesmo é o que vai acontecer no domingo.
 
“Bem-vindo ao time de fábrica”, respondeu Márquez. “Quando você tem uma moto oficial, muitos pilotos te seguem. Quantas vezes ele me seguiu? É assim mesmo. Mas está tudo bem. A corrida é amanhã”, comentou.
 
Perguntado, então, se podia ter alcançado o terceiro posto sem o vácuo de Danilo, Marc respondeu: “Sozinho? Talvez sim, mas com mais risco. A minha meta era tentar arriscar menos. Eu já cai duas vezes hoje e na classificação você precisa forçar. Eu não me senti pronto para forçar, então só tentei mudar a estratégia. Mas, sabe, a MotoGP é assim. Mas não podemos esquecer que Danilo entrou na minha frente no pit-lane, então não tem nada para dizer”, concluiu.
 

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