Viñales supera dúvida, deixa Suzuki e fecha com Yamaha para ser companheiro de Rossi a partir de 2017

Depois de semanas de dúvida, Maverick Viñales decidiu deixar a Suzuki e fechou com a Yamaha para ser companheiro de Valentino Rossi a partir de 2017. Espanhol substitui Jorge Lorenzo, que vai guiar pela Ducati no próximo ano

O mistério, enfim, acabou. Maverick Viñales deixou para trás a dúvida das últimas semanas, optou por deixar a Suzuki e assinou um contrato de dois anos com a Yamaha. A partir de 2017, o espanhol será companheiro de Valentino Rossi, assumindo o posto de Jorge Lorenzo, que vai guiar pela Ducati. O acordo foi oficializado nesta quinta-feira (19). 

“É com um enorme prazer que a Yamaha anuncia a contratação de Maverick Viñales para correr na equipe Movistar Yamaha MotoGP em 2017 e 2018”, confirmou a montadora de Iwata.

Assim como aconteceu no caso de Lorenzo, o anúncio começou pela Suzuki, que enviou uma nota à imprensa comunicando o fim da relação com Viñales. Dez minutos depois, a Yamaha confirmou a chegada do #25.

 
Desde o anúncio da mudança de Lorenzo para Borgo Panigale, Viñales aparecia como favorito à vaga, mas Maverick nunca escondeu que estava dividido entre saltar para a vencedora YZR-M1 ou seguir com a equipe de Hamamatsu para tentar repetir Kevin Schwantz e ser campeão com a Suzuki.
Maverick Viñales vai guiar pela Yamaha a partir do próximo ano (Foto: Divulgação/MotoGP)
Inicialmente, o piloto de 21 anos tinha até o GP da França para tomar sua decisão, mas Yamaha e Suzuki concordaram em ampliar o prazo de Maverick até a etapa de Mugello, que acontece no próximo fim de semana. Na esteira da oficialização da ida de Viñales para a Yamaha, a Suzuki escreveu um comunicado agradecendo ao espanhol.

"Toda a família Suzuki é extremamente grata a Viñales por sua contribuição para o crescimento do projeto da MotoGP e o desenvolvimento da GSX-RR, bem como os grandes resultados que nós temos alcançado juntos. Durante o Mundial 2016 que está em disputa, o Team Suzuki Ecstar e a Suzuki Motor Corporation vão continuar com seu apoio incondicional a Maverick, buscando inclusive resultados melhores nas corridas de MotoGP que faltam para disputar. Desejamos o melhor a Maverick, um futuro brilhante e bem-sucedido", concluiu.

 
Durante a passagem por Le Mans, entretanto, o jornal espanhol ‘El País’ colocou lenha na fogueira, ao cravar que Dani Pedrosa havia assinado com a marca dos três diapasões para substituir o ex-desafeto.
 
Montado em equipamento Honda desde 2001, ainda nas 125cc, Pedrosa se limitou a assegurar que não tinha assinado contrato algum, mas, em entrevista ao jornalista espanhol Manuel Pecino, afirmou que a marca da asa dourada seguia sendo sua prioridade. Na última segunda, a Honda encerrou rumores e confirmou a permanência do #26.
 
Os rumores em torno de Maverick voltaram a ganhar força no dia 13, quando a também espanhola ‘Solo Moto’ anunciou o acerto com a fábrica nipônica. A notícia tomou conta da imprensa espanhola e foi reproduzida pelo próprio 'El País', que tinha colocado Pedrosa na vaga.
 
Campeão da Moto3 em 2013, Viñales ficou apenas um ano na Moto2, mas as 18 provas que disputou na classe intermediária foram suficientes para o piloto de Figueres mostrar seu talento. 
Valentino Rossi terá Maverick Viñales como companheiro de equipe na Yamaha (Foto: Suzuki)
Terceiro colocado no Mundial de 2014, Viñales foi contratado pela Suzuki para formar dupla com Aleix Espargaró no ano que marcou o retorno da marca à MotoGP e logo se converteu em uma referência para a fábrica.
 
Talentoso, Viñales conseguiu brigar de igual para igual com o experiente Aleix e encerrou seu primeiro ano na classe rainha com apenas oito pontos a menos que o piloto catalão.
 
Em 2016, aproveitando a boa evolução da GSX-RR, Maverick conseguiu se aproximar do pódio e ganhou ainda mais destaque. A estreia no top-3 aconteceu justamente em Le Mans, com um terceiro lugar atrás de Lorenzo e Rossi. Embora a prova tenha sido marcada por muitas quedas — como de Marc Márquez e dos italianos da Ducati Andrea Iannone e Andrea Dovizioso, por exemplo —, o resultado marcou o fim de um jejum de oito anos para a Suzuki
 
Sob o comando de Davide Brivio, o mesmo que foi responsável pela chegada de Rossi à Yamaha em 2004, a fábrica de Hamamatsu fez o que pôde para manter Viñales. Alguns rumores indicam que a casa de Iwata ofereceu € 4 milhões (cerca de R$ 16 milhões) por temporada para Maverick, enquanto a Suzuki elevou a oferta para € 5 milhões (por volta de R$ 20 milhões).
 
Apesar de o quesito financeiro ter sido apontado como entrave para a negociação, o namorado de Kiara Fontanesi — estrela do Mundial Feminino de Motocross — acabou optando por guiar a vencedora M1 e formar dupla com Rossi, um ponto que o próprio espanhol tinha apontado como atrativo.
 
Campeão da Moto2 no ano passado, Johann Zarco já chamou a atenção da fábrica e ganhou a chance de vestir o uniforme da marca ainda este ano, quando vai participar das 8 Horas de Suzuka.
 
Além do francês, Andrea Iannone, que perdeu a vaga na Ducati para Andrea Dovizioso, aparece como forte candidato. Álex Rins também surge como opção caso a equipe chefiada por Brivio queira assumir novamente o risco de apostar em um piloto estreante.
Confira a prévia do grid de 2017 da MotoGP:
 
1 46 VALENTINO ROSSI ITA YAMAHA
2 25 MAVERICK VIÑALES ESP YAMAHA
3 99 JORGE LORENZO ESP  DUCATI
4 4 ANDREA DOVIZIOSO ITA  DUCATI
5 26 DANI PEDROSA ESP HONDA
6       HONDA
7       SUZUKI
8       SUZUKI
9 22 SAM LOWES ING APRILIA GRESINI
10       APRILIA GRESINI
11 38 BRADLEY SMITH ING KTM
12       KTM
13 94 JONAS FOLGER ALE TECH3 YAMAHA
14       TECH3 YAMAHA
15       PRAMAC DUCATI
16       PRAMAC DUCATI
17       AVINTIA DUCATI
18       AVINTIA DUCATI
19       MARC VDS HONDA
20       MARC VDS HONDA
21       ASPAR DUCATI
22       ASPAR DUCATI
23       LCR HONDA
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