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MotoGP

Yamaha sugere abrir sistema de concessões para livre desenvolvimento. Mas Ducati se põe contra

Em entrevista ao jornal ‘La Gazzetta dello Sport’, Lin Jarvis disse que seria favorável à aplicação de concessões para todas as fábricas do grid e não só para aquelas que entraram no esporte depois de 2013. A Ducati, por sua vez, não aceitou a ideia e lembrou que penou antes de voltar a vencer

 
Yamaha e Ducati estão em lados opostos no que diz respeito ao regulamento da MotoGP. Depois de Lin Jarvis sugerir maior liberdade de desenvolvimento, Davide Tardozzi minimizou a seca da rival e avaliou que a casa de Iwata tem de confiar no potencial de seus engenheiros.
 
Falando ao jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, o diretor da Yamaha pediu a volta da liberação de desenvolvimento ao longo da temporada.
 
“Eu acho que seria uma coisa razoável”, disse Jarvis. “Em principio, o sistema de concessões é uma boa regra, mas, se fosse do interesse comum de todas as fábricas seguir nessa direção, nós seríamos favoráveis”, completou.
Yamaha teve uma trégua na crise em Buriram (Foto: Yamaha)
Neste fim de semana, em entrevista à emissora italiana Sky, o coordenador da Ducati avaliou que “pedir para mudar as regras no momento em que você está em crise não me parece a altura da Yamaha”.
 
O regulamento da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) dá uma série de vantagens para construtores que tenham se juntado à categoria depois 2013 ou que não venceram no seco neste mesmo período, como uso de nove motores descongelados por ano, mais liberdade de testes e também um máximo de seis wild-cards no ano.
 
“Não vejo necessidade”, avaliou Tardozzi. “Diga o que quiser, mas temos de lembrar que esse regulamento foi feito para diminuir os custos. Se aí uma marca fica em dificuldades… mas não creio que a Yamaha esteja em dificuldades”, seguiu.
 
“Eles têm uma boa moto. Têm seus pequenos problemas, que vão resolver com a experiência e os pilotos que têm. Creio que serão supercompetitivos tanto no final do ano quanto no ano que vem”, apostou. “Eles estão acostumados demais a vencer, então quando ficam sem vencer durante um pouco de tempo, isso vira um desastre, mas eu não acho que seja um desastre”, ponderou.
 
Ainda, Tardozzi antecipou que a Ducati é contra uma mudança de regulamento e sublinhou que a casa de Bolonha penou para voltar a ser competitiva.
 
“Nos custou muito sair do abismo”, reconheceu. “É preciso acreditar na sua própria força, na sua própria fábrica, nos seus engenheiros. A Yamaha tem todas as condições de fazer isso bem”, avaliou.
 
“O que me desagrada é querer mudar as regras só por estar em um momento de crise”, concluiu.