Arrepiado por vídeo de destruição, diretor da JL diz que tentou repatriar carros do Mini Challenge

Em entrevista ao Grande Prêmio, Zeca Giaffone, diretor da JL, admitiu sua tristeza com a destruição dos carros do Mini Challenge e revelou que a empresa tentou retirá-los do Brasil negociando com alemães

 

A destruição dos carros do Mini Challenge não partiu o coração só dos apaixonados por carros, mas também os daqueles envolvidos diretamente com o certame. Zeca Giaffone Filho, diretor da JL, empresa responsável pela parte técnica e pela manutenção dos Mini, contou que após o fim do campeonato, a JL tentou tirar os carros do país, mas o grupo alemão que vinha negociando a compra dos veículos desistiu do negócio. Antes da destruição dos carros na Gerdau, JL reparou os danos provocados por um acidente múltiplo na última etapa do Mini Challenge.
 
“A gente negociou bastante com um pessoal na Alemanha, que ficaram uns dois, três dias aqui analisando todos os carros”, declarou Giaffone ao Grande Prêmio nesta segunda-feira (14). “Na última etapa do ano passado, a gente teve uma batida grande na última corrida, quatro, cinco carros envolvidos. A gente arrumou todos os carros, deixamos todos os carros prontos e, de última hora, os caras desistiram.” 
Fim do prazo de importação temporária definiu destino dos carros do Mini Challenge (Foto: Luca Bassani)
“Não era muito barato mandar os carros para a Alemanha de volta”, falou Zequinha. “Aí os caras desistiram, e ferrou. Precisamos destruir todos”, resumiu. “Era a última coisa que a gente queria, mas a lei é clara. Ou a gente destrói ou a gente manda para fora do Brasil.”
 
Questionado se algum componente do carro havia sido aproveitado, Giaffone negou. “Não, não. Nada, nada. Os carros foram para a Gerdau. Quem destrói é a Gerdau. Quer dizer, a Receita junto com o meu despachante escolheram. Eu não sei se é exatamente a Receita que escolhe ou se é o despachante, eu não tenho certeza. Mas foi lá para a Gerdau e destruiu tudo, tudo.”
 
Giaffone não detalhou os valores necessários para manter os carros no Brasil, mas ressaltou que o montante devido era cerca de 100% do valor já pago pelo carro. Um John Cooper Works de rua vale a partir de R$ 73,2 mil.
 
“Se você for pensar em quanto custa, é óbvio que os carros de corrida são mais caros que os carros de passeio, então por aí você já vê que o número não é baixo”, ponderou. “Então inviabilizaria a gente pagar os impostos, manter os carros no Brasil, mesmo porque a categoria não ia existir. Ia ser muito difícil a gente conseguir vender os carros para, sei lá, alguns pilotos”, comentou. 
 
Zeca reforçou que o fim do Mini Challenge não teve relação com o fim da importação em regime temporário dos carros. “A gente sabia que depois de três anos os carros seriam destruídos ou vendidos para fora do Brasil”, falou. “Tanto é que a categoria quase aconteceu pro ano que vem com os carros novos, com carros que viriam todos zeros, mas, infelizmente, a BMW não quis continuar e aí não foi possível fazer ela para o ano que vem. Nós já sabíamos, quando a gente importou o carro, três anos atrás, que existia o risco da gente destruir os carros, caso não vendesse de volta”, completou. 
 
O vídeo da destruição dos carros ganhou a internet na última sexta-feira. Zequinha não chegou a assisti-lo por inteiro. “Eu liguei o play, vi uma retroescavadeira ali levantando o carro e nem vi. Falei: ‘Putz, não adianta nem eu ver isso aqui porque me arrepia’. Mas, enfim, é a lei.”
 

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