Empresa negocia para viabilizar disputa da F4 Brasil a partir da temporada 2020

A F/Promo Racing negocia com fornecedores europeus e com a CBA para viabilizar a realização da F4 no Brasil a partir do ano que vem. A competição, que é sucesso nas categorias de base ao redor do mundo, oferece pontos na superlicença da F1, com custos de R$ 470 mil por temporada. O país segue refém de uma grande categoria de base para os pilotos desde a descontinuidade da F3 Brasil

Órfão de uma grande categoria de base no automobilismo desde a descontinuidade da F3 Brasil em 2017, o automobilismo nacional tem chances de contar com a disputa da F4 a partir de 2020. A categoria, que é sucesso no esporte a motor mundial, conta com regulamento unificado e é disputada em mais de 15 países, é objeto de negociação da empresa F/Promo Racing, que trabalha junto a fornecedores europeus e à Confederação Brasileira de Automobilismo para colocá-la nas pistas do país já no ano que vem, com custos de R$ 470 mil por temporada.
 
Um dos nomes de destaque do Brasil na F4 na Europa é Gianluca Petecof. Aos 16 anos, o piloto membro da Academia Shell Racing e da Academia da Ferrari lidera a F4 Italiana e está entre os primeiros colocados na F4 Alemã, no seu segundo ano na categoria. Na Itália, o grid ultrapassa os 30 carros por etapa.
 
Um dos principais atrativos relacionados à Fórmula 4 diz respeito aos pontos ofertados para a conquista da superlicença da F1. Para o acesso à categoria máxima do automobilismo mundial, o piloto necessita de 40 pontos. A F4 oferece 12 ao campeão, 10 ao vice e 7 ao terceiro melhor colocado de cada campeonato.
A Fórmula 4 é um sucesso em todo o mundo nas categorias de base (Foto: Prema Powerteam)

A ideia da F/Promo Racing é que a primeira temporada da F4 Brasil seja disputada em oito etapas, a partir de abril, com Interlagos, Velo Città, Curitiba e Goiânia recebendo as provas, no formato de rodadas triplas, como é feito segundo o padrão adotado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) ao redor do mundo. A empresa busca, em princípio, adquirir 12 carros da Europa, já com o modelo de 2020.

 
A F4 nasceu com a proposta de ser a primeira categoria nos monopostos para o piloto que pretende fazer a transição do kartismo para os carros de fórmula. Flávio Menezes, diretor da F/Racing Promo Racing, ressaltou a necessidade de ter uma categoria que possa fazer essa ponte no Brasil, além de preencher o vazio deixado com o fim da F3 no país.
 
“Todos se perguntam por que o Brasil deixou de ter um piloto na F1. Durante muitos anos, esse trabalho de formação de pilotos foi esquecido no país. A chegada da Fórmula 4 é um passo importante para dar oportunidade a um maior número de jovens e podermos ter novamente não apenas um, mas vários pilotos brasileiros na F1”, declarou Andrey Valério, diretor-esportivo da F/Promo Racing.
 
“A Fórmula 4 é hoje a porta de entrada no automobilismo mundial para os jovens que sonham em fazer carreira no automobilismo. Nosso objetivo é oferecer a oportunidade para jovens pilotos correr aqui, no Brasil, com chances de seguir para a F3, depois a F2 e, quem sabe, chegar à F1. E ele já começa a somar os pontos da superlicença”, disse.
 
Um dos fatores que a empresa cita para atrair pilotos para o embrião da F4 Brasil diz respeito aos custos. “A Fórmula 4 no Brasil será a mais barata no mundo”, disse Valério. “É bem menor do que se cobra na Europa ou na China, por exemplo, e menos até do que um piloto gasta numa temporada de kart no Brasil”. A estimativa é que, no Velho Mundo, o custo de uma temporada na F4 custe cerca de R$ 1,4 milhão.
 
Segundo a empresa, a expectativa é que o calendário oficial da nova F4 Brasil seja divulgado até novembro.

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