Piloto brasileiro busca patrocinadores para trazer campeonato de motos clássicas ao circuito de Interlagos em 2015

Piloto do GP Clássico Internacional, Bob Keller busca patrocinadores para trazer certame ao Brasil em fevereiro de 2015. Competição reúne motos do Mundial de Motovelocidade das décadas de 70 e 80

Embora o Brasil seja um grande mercado de motos, trazer campeonatos internacionais ao país ainda é um grande desafio. Ao mesmo tempo em que Dorna e FIM (Federação Internacional de Motociclismo) buscam opções para trazer à MotoGP de volta ao solo brasileiro, o piloto Bob Keller procura patrocinadores para realizar uma prova do GP Clássico Internacional em Interlagos já em 2015.
 
O GP Clássico Internacional é aberto a qualquer moto de GP das categorias 250cc e 350cc fabricadas entre janeiro de 1974 e dezembro de 1984. Criado pelo francês Eric Saul, o campeonato tem de seis a oito corridas em sua programação.
Bob Keller quer trazer GP Clássico Internacional ao Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2014, o calendário começou em Paul Ricard, na França, seguindo para Hengelo, na Holanda. Jarama, na Espanha, e Spa-Francorchamps, na Bélgica, receberam as etapas seguintes. No dia 31 de agosto, o certame estará na Croácia para correr na pista de Rijeka, palco do GP da Iugoslávia na década de 80. A competição termina em Donington Park, na Inglaterra.
 
Em média, cerca de 40 motos alinham no grid em cada corrida. Todas elas, entretanto, devem ser motos originais, já que réplicas e motos de rua não são permitidas. As Yamaha TZ predominam, mas têm forte concorrência das Kawasaki KR, Chevallier, Rotax, Bimota, Egli, Harris e Spondon.
 
Com diversas participações no Rali dos Sertões e em competições de motos clássicas, Keller restaurou uma Yamaha TZ 350 utilizada na década de 70 por Adu Celso, primeiro brasileiro a vencer uma corrida do Mundial de Motovelocidade – GP da Espanha de 1973, disputado no circuito de Jarama, na categoria 350cc. 
 
No GP Clássico Internacional, Bob compete com uma Yamaha TZ 250. Neste ano, o brasileiro conquistou um sexto lugar na França e um quarto na Holanda.
 
"Estamos à procura de patrocinadores para viabilizar a realização da prova”, explicou Keller, participante assíduo da competição. “Já tenho a data assegurada e a aprovação do projeto pela CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo)”, continuou. 
 
“Nossa intenção é fazer um evento de motovelocidade como nunca se viu no Brasil. O motociclismo tem uma história muito rica no país, mas, infelizmente, essa história é pouco conhecida”, lamentou o brasileiro. 
 
Na programação de Keller, além da etapa do GP Clássico Internacional – que é disputada em sistema de rodada dupla –, também estão previstas uma etapa da categoria nacional de motovelocidade, uma exposição de motos de rua clássicas e uma homenagem aos brasileiros que disputaram provas oficiais com a Yamaha TZ.
 
A TZ é considerada a moto mais importante dos GPs nas décadas de 70 e 80, já que, de acordo com Keller, a Yamaha oferecia o incentivo de construir uma moto de corrida com um custo relativamente baixo, além da manutenção facilitada pelo acesso fácil às peças.
 
“Muitas delas podiam ser adquiridas em concessionários Yamaha na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Muitas vieram para o Brasil, a ponto de ter existido uma categoria específica para elas”, recorda Bob. 
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