Temporada 2015 da GP2 e da World Series fica marcada por domínio inesperado de Vandoorne e Rowland

As categorias imediatamente abaixo da F1 tiveram uma temporada de domínios: seja Stoffel Vandoorne na GP2 ou Oliver Rowland na World Series, o que se viu foi um piloto sempre acima dos demais. No Brasil, duas das principais categorias de turismo – Brasileiro de Marcas e de Turismo – tiveram disputas intensas até a última etapa

2015 foi um ano de domínios nas categorias imediatamente anteriores à F1. Seja na GP2, seja na World Series; um piloto costumou estar bem acima dos demais ao longo do ano. Em uma, quem sobrou foi Stoffel Vandoorne; na outra o título merecido ficou com Oliver Rowland. Tratam-se de dois pilotos que, em condições normais, tem todo o potencial para chegar à categoria principal.
 
Até a F3 Euro teve seus dias de monopólio. Felix Rosenqvist, antes apenas mediano no certame, cresceu muito na segunda metade do ano, conseguindo incríveis 15 pódios seguidos na segunda metade do ano. Dentre os certames de formação de pilotos, a exceção foi a GP3: em uma final apertada, o promissor e constante Esteban Ocon despachou o veloz Luca Ghiotto, que apagou na hora da decisão.
Stoffel Vandoorne foi um monstro na GP2 (Foto: GP2)
No Brasil, o turismo reservou um ano mais equilibrado. Márcio Campos, apesar de construir grande vantagem ao longo do ano, quase pôs tudo a perder na decisão do Brasileiro de Turismo em Interlagos, onde foi vítima de um acidente na largada. No Brasileiro de Marcas, a competitividade também foi grande: em um ano de muitos altos e baixos entre as montadoras, reinou a constância da Honda de Vitor Meira, campeão discreto da categoria.
 
Em um 2015 de campeonatos com histórias tão distintas, o GRANDE PRÊMIO decidiu compilar o que aconteceu em categorias menores, mas que tiveram sua dose de emoção nos últimos meses.

GP2
 

Poucas vezes se viu um domínio tão grande na GP2. Na categoria de carros iguais, Stoffel Vandoorne fez questão de disparar e conquistar o título mais absoluto da história da categoria.
 
A prova disso veio logo na primeira etapa, no Bahrein. Lá, Vandoorne abriu os trabalhos já com pole, vitória e volta mais rápida, muito superior em relação a Rio Haryanto e Alexander Rossi, que completaram o pódio. Para a corrida 2, o grid invertido jogou o belga para oitavo lugar – mas isso não o impediu de se recuperar e partir para um excelente segundo lugar. Apenas Haryanto se manteve em sua frente.
 
Em Barcelona, segunda prova da temporada, o resultado foi o mesmo: vitória na primeira prova, segundo lugar na segunda, com pole e volta mais rápida incluída no pacote. Dessa vez, Alex Lynn venceu a segunda bateria. Mônaco foi parecido: Vandoorne vencendo na primeira, mas com o triunfo ficando com alguma surpresa na segunda – Richie Stanaway. Na Áustria, o mesmo padrão, com Haryanto vencendo a bateria complementar.
 
As coisas só foram mudar um pouco em Silverstone. Vandoorne não conseguiu impor sua superioridade na Inglaterra, cedendo as vitórias para Sergey Sirotkin e Haryanto. O mesmo foi visto na Hungria, onde Lynn e Matsushita triunfavam, deixando apenas alguns pontos para o belga. A situação do piloto da ART no campeonato só não se deteriorou por causa da expressiva vantagem conquistada nos quatro primeiros rounds.
 
A sorte de Vandoorne só foi voltar ao normal depois das férias de verão da F1. Correndo em casa, em Spa, Stoffel venceu a primeira e ficou em quarto na segunda – esta vencida por Rossi. A primeira corrida de Monza não foi muito diferente, com Rossi vencendo outra e o líder do campeonato em segundo. O pupilo da McLaren ainda subiria ao pódio na segunda prova, vencida por Evans.
Stoffel Vandoorne garantiu o título da temporada 2015 da GP2 (Foto: GP2)
A primeira corrida na Rússia, encurtada após um grande acidente na largada, foi um pouco confusa. Mas isso não significa que o triunfo de Rossi não tenha sido merecido: o americano fez uma bela prova, enquanto Vandoorne acabava em terceiro. Agora, uma combinação de resultados transformaria Stoffel em campeão já na segunda bateria.
 
Pois o resultado necessário veio: Rossi, único capaz de superar Vandoorne, teve um dia mediano e acabou em sexto. O piloto da ART, por sua vez, cruzou a linha de chegada em quarto e pôde soltar o grito de campeão com rara antecedência.
 
Depois, as etapas do Bahrein e de Abu Dhabi só serviram para cumprir tabela. Vandoorne conseguiu vencer as corridas principais nas duas oportunidades. A etapa complementar barenita ficou com Evans, enquanto a dos Emirados foi cancelada. O motivo foi um sério acidente na largada, que destruiu as barreiras de proteção, impedindo uma relargada em tempo hábil.

World Series

A temporada 2015 da World Series começou sob o olho grande de pilotos jovens do mundo todo. O motivo é fácil de entender: três pilotos que estiveram no grid em 2014 migraram para a F1. Carlos Sainz Jr, o campeão, foi para a Toro Rosso, enquanto Will Stevens e Roberto Merhi foram para a Manor Marussia. Embora os olhos em cima da F3 Euro também estivessem bem gordos, a World Series começou um ano bem importante para quem estava e não estava no grid.
 
Enquanto apenas Pietro Fantin havia representado o Brasil na categoria no ano anterior, a Draco, chefiada por Guto Negrão, foi para 2015 empregando apenas brasileiros. Fantin andou nas primeiras sete rodadas, assim como Bruno Bonifácio. André Negrão encerrou a temporada com as duas últimas etapas, sobrepondo o trabalho com a GP2.
 
Sem os três primeiros colocados do ano passado – Sainz, Pierre Gasly e Stevens -, o favoritismo caía mesmo sobre Oliver Rowland. Mas mesmo assim, a forma como o britânico venceu a World Series foi tão acachapante que se tornou inacreditável. Aos 23 anos, ele fez apenas sua segunda temporada na categoria-escola da Renault. Das 17 provas da temporada, apenas não foi ao pódio em quatro.
Rowland, de Vries, Vaxivière, Spa, 2015 (Foto: World Series)
Apenas mais de uma vez na temporada, Rowland passou mais de duas corridas sem vitórias. Após abrir o campeonato triunfando em Aragão, foi terceiro lugar na segunda corrida por lá, sexto em Mônaco e quinto na primeira em Spa-Francorchamps. Isso antes de vencer a segunda em Spa. Por conseguinte, Mônaco – único final de semana de apenas uma prova – foi a praça onde o inglês não venceu corrida. 
 
Merhi foi um dos três transferidos para a F1, mas sem contrato assinado para todo o ano na Manor, seguiu correndo pela Pons na World Series. Sem grandes resultados, o momento mais importante do espanhol na temporada foi uma trapalhada das mais impressionantes.
 
Na primeira corrida da Áustria, em julho, Merhi acabara de cruzar a linha de chegada na quarta colocação quando puxou para a direita na reta dos boxes de Spielberg e tirou o pé sem muitos motivos. Embora estivesse fora do traçado, não ficou fora da alça de mira de quem vinha atrás. Era Nicholas Latifi, que não conseguiu desviar e acertou em cheio. Ambos os carros ficaram destruídos, e Merhi foi desclassificado.
 
Depois, Matthieu Vaxivière até se mostrou um piloto rápido e complicou Rowland em algumas pistas, mas nunca no campeonato. No penúltimo final de semana da temporada, em Le Mans, Oliver precisou apenas do oitavo posto na segunda corrida para se sagrar campeão – no dia anterior, havia vencido a prova após bater Vaxivière num pega elétrico.
 
O campeonato terminou com Rowland na marca de 307 pontos contra 234 de Vaxivière. O terceiro, Nyck de Vries, teve apenas distantes 160. Entre as equipes, a Fortec de Rowland teve 425 pontos, bateu a Lotus por 151 tentos.
 
A grande mudança do ano foi comercial, no entanto. Depois de onze anos por trás do certame, a Renault anunciou que deixa a World Series visando a temporada 2016. Jaime Alguersuari, pai do ex-piloto da F1 e do programa de pilotos da Red Bull, volta a ser o organizador do campeonato por meio da empresa RPM. O nome também muda: World Series sai de cena e dá lugar à F3.5 V8 – em alusão aos motores utilizados. 
 
GP3
 
A temporada 2015 da GP3 pode ser resumida ao embate entre Esteban Ocon e Luca Ghiotto, rivais que sobraram ao longo do ano, acumulando vitórias e pódios. Mesmo depois de nove rodadas duplas, a diferença de apenas oito pontos em favor de Ocon comprova que se tratou de um dos embates mais intensos da história do certame.
 
A temporada começou em Barcelona, palco do GP da Espanha. E, logo de cara, vitória de Ocon com Ghiotto em segundo. O francês carregava o recente título da F3 Europeia – superando até Max Verstappen – e já se credenciava como favorito ao título, dado seu histórico. A vitória na corrida 2 ficou com Marvin Kirchhöfer, beneficiado pelo grid invertido. Esteban foi sétimo e Luca, oitavo.
Ghiotto bem que tentou, mas a taça ficou na mão de Ocon (Foto: GP3)
Depois, o certame marchou rumo ao Red Bull Ring, na Áustria. Lá, Ghiotto sobrou: pole, vitória e volta mais rápida. Ocon, preso atrás de Antonio Fuoco, acabou em terceiro e perdeu a liderança do campeonato.
 
Mas a situação ficou muito pior na segunda prova: o piloto da ART novamente terminou em terceiro, com seu rival em quarto. Todavia, as inspeções pós-prova apontaram que o bólido estava abaixo do peso permitido, levando Ocon a ser desclassificado. A vitória, dessa vez, ficou com o inesperado Óscar Tunjo, que logo viria a perder sua vaga por falta de patrocínio.
 
A rodada de Silverstone começou com mais uma vitória de Kirchhöfer, que já se portava como uma força extra na briga pelo título. Ainda mais considerando que Ghiotto terminou a primeira corrida em quarto e Ocon, em sexto. Na segunda prova, todavia, tanto Marvin quanto Luca se apagaram, somando poucos pontos, enquanto Esteban chegava em segundo e se aproximava dos líderes. A vitória ficou com Kevin Ceccon.
 
Na Hungria, já estava ficando claro que Ghiotto, Ocon e Kirchhöfer estavam em uma situação melhor do que seus adversários. O trio preencheu o pódio na primeira corrida, exatamente nesta ordem. A corrida 2, por sua vez, não foi tão afortunada para o grupo: Marvin sofreu um acidente na primeira volta, enquanto Luca acabava em quarto. Apenas Ocon repetiu a performance, somando mais um segundo lugar.
 
Na Bélgica, um novo vencedor: Emil Bernstorff, depois de cruzar a linha de chegada em segundo, levou a vitória por conta de uma punição dada ao então primeiro colocado – Ocon, que perdeu uma posição na classificação final por causa de irregularidades durante o Safety Car Virtual. Kirchhöfer, se afastando da briga pelo título, acabou em terceiro. Ghiotto foi quinto, mas seguia líder com alguma folga. A situação ficou ainda melhor depois de vencer a segunda bateria, com Ocon em segundo – não perca as contas: era a quinta vez seguida. Marvin abandonou e ficou em situação muito ruim.
 
Em Monza, drama para Ghiotto: o italiano abandonou ainda no começo da corrida, enquanto Ocon somava ainda mais um segundo lugar. A vitória novamente coube a Bernstorff. Na segunda prova, Luca deu show: largando de último, chegou em terceiro – atrás apenas do segundino Esteban. Kirchhöfer, ainda tentando uma recuperação, venceu a terceira no ano.
Muita festa de Esteban Ocon com o terceiro lugar e o título (Foto: Getty Images)
A etapa seguinte, de Sóchi, foi mais uma prova da agressividade de Ghiotto, que fez todas as ultrapassagens necessárias para vencer. E deve ter estourado a cota do fim de semana, já que na segunda bateria, afetado pelo grid invertido, terminou em oitavo. Nem preciso falar que Ocon terminou as duas etapas em segundo – resultados que, mais do que nunca, aproximaram muito o francês do italiano, que liderava o campeonato tranquilamente desde a Áustria.
 
A corrida seguinte, no Bahrein, foi adicionada de última hora para suprir a ausência da Alemanha. Lá, o irregular Kirchhöfer venceu e manteve vivo o sonho improvável de ser campeão. Entre os dois principais adversários, uma inversão: o terceiro lugar de Ocon – encerrando a sequência de nove segundos – lhe deu a liderança do campeonato, beneficiado pelo quarto lugar de Ghiotto. Mas a situação voltou a favorecer Luca já na bateria de domingo, em que o piloto da Tridente triunfou.
 
A corrida final da temporada, em Abu Dhabi reservava uma disputa acirrada entre os dois. E as coisas já começaram erradas para Ghiotto, que viu Ocon conseguir a pole e levar pontos extras. Na corrida, Esteban se manteve sempre à frente de Luca, conseguindo retomar a liderança no campeonato.
 
Na segunda bateria, o grid invertido poderia ser uma benção para o italiano, mas as coisas não fluíram bem: um toque já na primeira volta comprometeu o bico de Ghiotto, que passou a sofrer com a dirigibilidade. Aí, Ocon só precisou evitar erros para cruzar a linha de chegada em terceiro e levar mais um título nos monopostos.
 
F3 Europeia
 
A F3 Europeia, um pouco abaixo das outras categorias de monopostos citadas, também teve um ano de domínio. Este, todavia, foi ainda mais inesperado e só chamou mais atenção na segunda metade do ano.
 
Felix Rosenqvist, já em seu quarto ano de F3 Euro, começou conseguindo a vitória na primeira prova do ano, em Silverstone. Mas o fraco rendimento do futuro campeão nas duas baterias seguintes – vencidas por George Russell e Charles Leclerc – pareciam indicar uma temporada parelha. Hockenheim e Pau foram outros circuitos que resultaram em vitórias bem divididas entre os pilotos – incluindo aí também Antonio Giovinazzi e Jake Dennis.
 
Mas o cenário mudou em Monza. Sim, o fim de semana com corridas que não terminaram por “falta de técnica” dos pilotos, resultando em uma série de acidentes grotescos. No meio desse caos, Rosenqvist apareceu para vencer todas as três provas do fim de semana.
 
O sueco ficou um pouco apagado nas duas rodadas seguintes – em Spa e Norisring –, ficando sem vitórias nas duas oportunidades. Sua sorte é que ninguém cresceu muito em tais provas: o único que foi um pouco acima da média na Bélgica, Dennis, teve um fim de semana horrível na Alemanha.
 
Em Zandvoort as coisas começaram a dar muito certo para Felix, que foi ao pódio em todas as três provas, vencendo uma. O mesmo aconteceu no Red Bull Ring. Mas isso não representou uma grande vantagem no campeonato, já que o novo vice, Giovinazzi, somou os mesmos pontos em tal espaço de tempo.
Felix Rosenqvist cresceu muito na segunda metade do ano (Foto: F3 Europeia)
O domínio de Rosenqvist só se oficializou em Algarve, antepenúltima etapa do ano. O sueco novamente conseguiu três pódios, mas agora com duas vitórias. Enquanto Giovinazzi e Dennis rachavam os outros bons resultados, Felix disparava. O título foi confirmado em Nürburgring, e com estilo: três vitórias nas três corridas. Na última prova do ano, em Hockenheim, Felix alcançou o feito simbólico de fechar a temporada com mais de 100 pontos de vantagem sobre o vice – que acabou sendo Antonio.
 
Para os brasileiros do certame, Pietro Fittipaldi e Sérgio Sette Câmara, foi um ano de altos e baixos. O neto de Emerson pontuou em apenas 7 das 33 corridas, fechando o ano em 17º. A situação foi diferente para Sette Câmara, que cresceu bastante na segunda metade da temporada, conseguiu dois pódios e, para fechar com chave de ouro, passou a ser membro da Academia de Pilotos da Red Bull
 
Brasileiro de Turismo
 
As disputas também foram acirradas em território nacional. A temporada 2015 do Brasileiro de Turismo contou com uma decisão apertada entre Marcio Campos e Dennis Dirani, em uma final dramática – mais até do que se esperava – em Interlagos. Campos, com apenas quatro pontos de vantagem, despachou o adversário e se sagrou campeão.
 
A temporada começou em Goiânia. Logo de cara, duas corridas apertadas: na primeira prova, Marco Cozzi segurou Campos e conseguiu a primeira vitória de 2015. Na segunda, sua sorte mudou: Danilo Dirani tomou a liderança no final, tirando o segundo triunfo seguido das mãos de Cozzi.
 
No Velopark, prova seguinte, o futuro campeão começou a aparecer: Campos, correndo em seu estado, fez uma manobra no fim e levou a vitória. A boa fase seguiria em Curitiba, onde Márcio dominou amplamente e venceu as duas provas, feito raro.
 
A etapa seguinte foi em Santa Cruz do Sul, e as coisas seguiam andando bem para Campos, que venceu a quarta seguida. Mas a segunda bateria do fim de semana não saiu como planejado: o líder do campeonato foi excluído da sessão por atitudes antidesportivas.
Marcio Campos conquistou seis vitórias na temporada (Foto: Vanderley Soares)
A liderança ainda seguia em suas mãos, graças à larga vantagem construída. E a prova seguinte, em Goiânia, manteve a situação confortável: uma vitória na primeira corrida somada ao segundo lugar na prova complementar impediram que Dennis Dirani, vice-líder, tirasse proveito dos bons resultados no circuito goiano. Só em Cascavel, prova seguinte, Dennis diminuiu um pouco a vantagem: apenas atrás de Danilo Dirani, o piloto superou o ponteiro do campeonato.
 
Em Tarumã, penúltima prova do ano, a situação ficou melhor ainda – para o líder, no caso. Campos vinha para conseguir um ótimo segundo lugar em Viamão, mas o abandono do líder Guimarães entregou uma vitória de bandeja. O resultado, aliado ao dia mediano de Dennis Dirani permitiu que Márcio chegasse em Interlagos com a mão na taça.
 
E, mesmo assim, Campos quase perdeu o título. Largando no meio do pelotão, o gaúcho não conseguiu escapar de um grande acidente na reta oposta e acabou com a dirigibilidade do carro comprometida. Para o líder do campeonato, restava se arrastar e somar os pontos cabíveis ao 14º e último lugar. Sua sorte foi que Dennis, precisando da vitória, só chegou em terceiro, perdendo o título por pouco.
 
Brasileiro de Marcas
 
O Brasileiro de Marcas, por sua vez, coroou Vitor Meira como campeão de 2015. O piloto da Honda começou o ano em com dificuldades, sem vitórias. Estas eram bem distribuídas, alcançando até seu companheiro Vicente Orige. Mas nada para o ex-Indy.
 
Meira bem que chegou perto de vencer no Velopark, mas Gabriel Casagrande estragou sua festa com uma ultrapassagem no final, conquistando a primeira vitória da Renault, novidade no certame.
 
Meira ainda não havia vencido, mas sua presença constante no pódio lhe garantiu uma inesperada liderança no campeonato. Casagrande engatou uma segunda vitória em Curitiba, mas o piloto da Honda seguia ponteando o certame.
Vitor Meira foi o grande campeão de 2015 (Foto: Duda Bairros/Vicar)
A categoria voltou para Curitiba dois meses depois e, já de cara, mais um pódio para Meira. Em um fim de semana dominado por Guilherme Salas, somar alguns pontos parecia um bom negócio.
 
O domínio de Salas seguiu em Goiânia, mas acabou por aí. Em seguida, quem começou a mandar foi a Renault: com duas vitórias de Casagrande e mais duas de Carbone, a marca francesa parecia voltar a brigar por grandes resultados, mesmo que tão tarde no ano. Meira seguia nos pontos, batalhando para manter sua maior aliada: a regularidade.
 
Interlagos viu mais dois triunfos da Renault, com Carbone e Casagrande. Mas isso pouco importava: Meira já tinha vantagem suficiente no campeonato para se satisfazer com o oitavo lugar e se tornar campeão.
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