Após igualar Despres e Neveu, Coma admite tentar recorde de Peterhansel, mas fala em “considerar bem todas as opções”

Pentacampeão do Rali Dakar, Marc Coma se disse feliz por igualar marca de Cyril Despres, seu antigo rival nas motos. Catalão admitiu voltar à competição para tentar igualar feito de Stéphane Peterhansel, mas falou em considerar bem todas suas opções

Marc Coma vai voltar para a Espanha como pentacampeão do Rali Dakar. Depois de um início discreto na edição 2015, o catalão foi recuperando terreno pouco a pouco e tomou a liderança após dois dias extremamente problemáticos para Joan Barreda — especialmente na travessia do Salar de Uyuni.
 
Líder entre as motos a partir da oitava especial, Coma teve Paulo Gonçalves como seu principal rival na reta final dessa 37ª edição da maior prova off-road do mundo, mas conseguiu controlar bem sua vantagem e terminou a prova com 16min53s de margem para o português da Honda.
Stop & Go: Jean Azevedo
Marc Coma chegou ao quinto título do Rali Dakar (Foto: Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool)
“Estou feliz e orgulhoso. Como sempre, foi um Dakar esgotante”, comentou Coma. “Nós tivemos de superar um problema no segundo dia que nos atrasou um pouco no ranking. Então, a partir daí, tivemos de mudar um pouco a nossa estratégia e forçar para recuperar esse tempo”, continuou. 
 
“Nós sabíamos que as maratonas seriam estágios chave para nós e elas foram”, ressaltou o piloto da KTM. “Estou feliz com o time e com as pessoas que temos ao nosso redor. A quinta vitória diz muito sobre nós”, ponderou.
 
Ainda, Coma aproveitou para parabenizar Joan Barreda e Paulo Gonçalves, seus principais rivais ao longo desses mais de 9 mil km de disputa.
 
“O nível estava muito alto e isso também torna a vitória muito valiosa”, observou Coma.
 
Ao diário espanhol ‘AS’, Coma falou sobre o fato de ter igualado o número de conquistas de Cyril Despres e Cyril Neveu e admitiu que ainda não está consciente do seu feito.
 
“Especialmente contente por ter igualado Despres, que foi com quem lutei por uma década”, disse Marc. “Peterhansel a uma vitória, Cyril Neveu, Cyril Despres e Marc Coma… eu pensava antes de vir e me dava um pouco de vertigem. Não sei se estou consciente do que fiz”, admitiu.
Conquista de Coma foi a 14ª seguida da KTM no Dakar (Foto: RallyZone Bauer/Barni)
Indagado se voltará no próximo ano para tentar alcançar o recorde de Stéphane Peterhansel, que tem seis títulos nas motos, Coma respondeu: “É a pergunta”.
 
“Quero desfrutar muito esta vitória. Tenho 38 anos, mas de 12 em moto — são muitos —, mas também tenho que dizer que me senti muito bem neste Dakar”, explicou. “Tenho que considerar bem todas as opções. É um passo que não posso dar em falso”, frisou.
 
“No momento, sou piloto de moto e não é uma decisão que eu vou tomar agora. Não fecho nenhuma porta e preciso ver se terei a oportunidade de dar o salto para as quatro rodas”, falou. “Porém, não me vejo fora da moto”, concluiu.

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O PRIMEIRO BRASILEIRO
André Suguita escreveu seu nome na história do Rali Dakar. A bordo de um quadriciclo Can-Am Renegade, o paulistano de 34 anos completou a edição 2015 da prova no décimo posto e se tornou o primeiro brasileiro a terminar a maior competição off-road do planeta em um quadriciclo.  “Foi um desafio muito mais difícil do que eu poderia imaginar”, declarou Suguita, que trabalha no mercado financeiro. 

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HOMEM DE PALAVRA

Nasser Al-Attiyah foi o grande vencedor da edição 2015 do Rali Dakar na disputa entre os carros. A bordo de um Mini ALL4 Racing, o príncipe do Catar dominou a prova, se instalando na liderança da competição ainda na segunda especial, de onde não mais saiu. Após a chegada em Buenos Aires, palco do pódio do Dakar 2015, Al-Attiyah revelou que tinha prometido no ano passado que voltaria ao maior rali do mundo para vencê-lo mais uma vez.

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LIBEROU GERAL
As unidades de força da Honda poderão ser desenvolvidas ao longo da temporada 2015 da F1, de acordo com a emissora britânica Sky Sports. Após reunião entre a McLaren, a montadora japonesa e a FIA, foi alcançado um consenso a respeito do assunto. McLaren e Honda ficaram um tanto insatisfeitas depois que a FIA, admitindo uma brecha no regulamento técnico, permitiu que as outras três fabricantes atualizassem seus motores ao longo do ano e a Honda não.

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