ASO descarta Dakar em um só país em 2020, considera retorno à África, mas vê “futuro incerto”

A Amaury Sport Organisation, empresa que promove e organiza o Dakar, já começa a pensar em 2020 e trabalha com a possibilidade de realizar o maior rali do mundo entre Chile, Argentina e Paraguai. Mas nem mesmo um retorno às origens da prova, a África, está descartado para o ano que vem

A edição 2019 do Rali Dakar tem sido marcada por uma singularidade: pela primeira vez na história, a maior competição off-road do mundo é disputada em um único país, no caso, o Peru. Mas a ASO (Amaury Sport Organisation) garante que a prova vai voltar a ser recebida por mais nações no ano que vem. A preferência da empresa que promove e organiza o Dakar é mantê-lo na América do Sul, que abriga o rali desde 2009. Mas nem mesmo um retorno às origens, na África, está completamente descartado para 2020. Isso se o Dakar for mesmo realizado.
 
A solução pelo Peru como sede única foi alcançada na ‘bacia das almas’ com a negativa dos governos de Argentina, Chile e Bolívia em negociarem para trazer de volta o Dakar. A edição de 2019 quase não aconteceu, mas ASO e o governo peruano entraram em um acordo para viabilizar a prova que acontece até a próxima quinta-feira (17). Para o futuro, ainda que as tratativas para se buscar novos destinos já tenham começado, não há garantias de que o Dakar aconteça, como enfatiza Etienne Lavigne, diretor-geral do Dakar.
O Dakar corre risco até de não ser realizado em 2020 (Foto: Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool)

Segundo informa o site argentino ‘Automundo’, a ASO busca um roteiro que compreenda especiais por três países Chile, Argentina e Paraguai, o que deixaria o Peru fora da edição do ano que vem. Se tal percurso se confirmar, vai ser o retorno do Dakar a dois países emblemáticos para a prova desde que esta passou a ser disputada na América do Sul, com o Atacama sendo o ‘coração’ do rali.

 
No caso da Argentina, as negociações da ASO não seriam tratadas com o Governo Federal, que não mostra ter interesse no evento, além de o fato de 2020 ser um ano eleitoral. Assim, as tratativas tendem a ser com as províncias do Norte Grande Argentino, que é formado por cidades importantes como Jujuy, Salta, Tucumán, Catamarca, La Rioja e Santiago del Estero. 
 
Caso a região volte mesmo a receber a prova, o Dakar teria de volta um grande desafio a pilotos e navegadores: as temidas dunas de Fiambalá.
 
Etienne Lavigne revelou os planos para o futuro do maior rali do mundo, mas também lembrou que não há garantias de que a prova vai ser disputada no ano que vem. 
 
“Para 2020, não vai ser só no Peru de novo. É muito importante que o Dakar volte a passar por vários países. Mas estamos em uma época de incerteza para o futuro da competição. Uma vez que termine este Dakar, vamos avaliar as posições dos países sul-americanos que já são dakarianos para saber sobre o que vai determinar suas participações e então tomaremos uma decisão”, comentou o dirigente, que não descarta buscar novos (ou velhos) horizontes.
 
“Também examinamos alternativas em outros pontos, como a África, caso o panorama não seja favorável por aqui”, complementou.
 
Entre os destinos especulados, além da África — que deixou de ser o palco do Dakar depois de 2007 em razões de segurança —, aparecem países como o Catar, a Arábia Saudita e também a China.
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