Batida, falta de freio e “mãos à obra”: Alonso explica causa de atraso no Dakar

Fernando Alonso viveu um problema sério no segundo dia do Rali Dakar 2020. Após uma colisão e quebra da suspensão, Alonso e Marc Coma tiveram de reparar o Toyota Hillux e terminaram com desvantagem de 2h40min para o líder

Depois de um começo promissor na primeira especial do Rali Dakar 2020, Fernando Alonso encontrou sérios percalços no segundo dia da prova off-road mais tradicional do mundo. Na perna inicial da Super Maratona entre Al Wajh e Neom, o bicampeão mundial de Fórmula 1 colidiu contra uma rocha escondida por entre as dunas sauditas e perdeu quase 2h40min em relação aos líderes.
 
No novo formato do Dakar, os pilotos recebem a planilha de cada especial pouco antes da largada e, em maratonas como as desta segunda-feira, os conjuntos não podem recorrer às equipes de apoio quando sofrem com o carro. Alonso e o navegador Marc Coma, piloto histórico das motos no Dakar, tiveram uma quebra grave na suspensão dianteira esquerda do Toyota Hillux após o choque contra a pedra, o que demandou todo o tempo necessário para voltar à trilha. 
 
"Batemos contra algo que estava dentro da areia, nem eu sei vi bem o que tinha sido, porque não dá para enxergar ali, especialmente porque estávamos logo atrás de Van de Loon e passamos 120 km atrás da mais incrível poeira, com zero visibilidade, até que nos chocamos contra alguma coisa. Tivemos que parar e mãos à obra", contou ao jornal catalão 'Mundo Deportivo'. 
 
"Depois de não sei quantas horas estávamos prontos para sair de lá e faltava 120 km para a chegada. Estávamos sem freios dianteiros, porque tivemos que cortar o circuito dianteiro, então tomamos cuidado. É assim, uma experiência a mais. Vim viver o Dakar com tudo que ele tem, e isso é parte da corrida", afirmou.
Fernando Alonso (Foto: Reprodução/Dakar)
Depois, explicou como foi o processo para consertar o carro com as próprias mãos.
 
"Em primeiro lugar, pensamos em esperar a assistência, porque sempre vem um caminhão quatro ou cinco horas atrás. Com calma, começamos a desmontar as partes que podíamos, entramos em contato com a equipe e íamos informando como estavam os progressos. Em dado momento, disseram 'bem, se puderem tirar isso e aquilo e depois montar, praticamente vão consertar sozinhos'. Aí, então, fizemos um trabalho mais sério e conseguimos. Vínhamos treinando isso há meses, era parte da preparação", falou.
 
Com relação ao Dakar após duas etapas, afirmou que está se acostumando com o ritmo e a pegada. Elogiou muito, ainda, o trabalho de Coma. 
 
"É igualmente cansativa [em comparação ao Rali do Marrocos], mas acredito que o dia foi bom, de maneira geral [com relação ao comando do carro]. O ritmo era bom. Fizemos só 48 km com meu ritmo, mas acho que estávamos entre os três primeiros, a navegação estava perfeita. Hoje andamos certinho: direita, esquerda, tudo perfeito, encontramos uma sintonia top. Logo depois, aconteceu o que aconteceu. Mas as sensações eram boas, e estou contente de seguir aqui, porque o objetivo é terminar o Dakar e viver toda a experiência, do começo ao fim. Seguramente o resultado foi a parte negativa de hoje. Fomos rápidos, tínhamos bom controle do carro e navegação. Marc foi perfeito hoje", finalizou.
 
Sobre a estratégia para o restante da corrida, foi curto. "Ficar longe da poeira e ver o quão rápido eu posso ser".
 
Após o dia complicado, Alonso e Coma saíram do 11º para o 48º. Giniel de Villiers foi quem venceu a especial.
 
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