Com um português quase impecável, francês Metge representa Brasil no Dakar com meta clara: aprender

Adrien Metge é francês, tem 29 anos e vem de família cheia de tradição no Rali Dakar. Entretanto, fará apenas em 2016 sua primeira participação na competição e defenderá as cores da equipe brasileira da Honda

Adrien Metge vai ser uma das grandes atrações do Rali Dakar 2016. Francês, mas totalmente adaptado à língua portuguesa, Metge estará na equipe brasileira da Honda entre as motos, como mochileiro de Jean Azevedo. Adrien, aliás, não será o único Metge no rali: Michael, seu irmão, vai defender a HRC na competição que se inicia neste fim de semana.
 
O rali mais do que está presente nas veias dos Metge: o pai de Adrien e Michael completou o Dakar seis vezes, enquanto René, primo de segundo grau dos irmãos, venceu a prova em três oportunidades.
 
Em entrevista coletiva no Salão das Duas Rodas, o gaulês comentou que treinou forte, mas que precisou pegar muitas dicas com os brasileiros do time.
 
“Eu estou treinando muito, mesmo não tendo experiência de como treinar para este tipo de prova, porque vai ser a primeira vez para mim. Estou escutando todos os pilotos — o Dário, o Jean, que têm muita experiência", disse.
Adrien Metge vai defender o time brasileiro da Honda no Dakar 2016 (Foto: Felipe Tesser)
O francês que, em maio de 2016 completa 30 anos, valorizou muito a oportunidade de finalmente estar na disputa de uma edição do Rali Dakar.
 
"Estou muito feliz de participar e agradeço muito à Honda por me dar essa oportunidade, pois faz muito tempo que eu queria participar, o Dakar está na minha família desde muito tempo — eu tinha três anos e o meu pai já andava no Dakar de carro e caminhão também. Vai ser a minha primeira vez, vou treinar bastante, a expectativa é de ir lá para ajudar bastante o Jean, para ele, que tem muita experiência, tentar fazer o melhor resultado possível, e eu vou perguntar tudo que posso para ele para me ajudar a ter mais experiência para o futuro", seguiu.
 
Apesar de ter um currículo interessante de conquistas incluindo o Campeonato Francês de Cross Country 2013 e o Brasileiro de Enduro FIM em 2014, Adrien contou que pede ajuda ao irmão Michael, que já foi mochileiro da lenda Cyril Despres. 
 
“Com certeza eu pergunto muita coisa para ele, porque ele já foi mochileiro do Despres e aprendeu muito com isso. Mas pergunto muita coisa para o Jean, muita coisa para o Dário, muita coisa para todos os pilotos que têm experiência, porque é um rali muito diferente. Faz muito tempo que eu estou andando de moto — tem mais de 20 anos —, já andei de motocross, de enduro FIM, mas tem só um ano que eu ando de rali", explicou.
Michael Metge ao lado de Joan Barreda, Paulo Gonçalves, Paolo Ceci e Ricky Brabec (Foto: Honda)
Metge não fez grandes projeções para sua participação no Dakar. O francês quer apenas aprender, ajudar Azevedo e terminar a competição.
 
“A minha expectativa é aprender e ajudar o máximo o Jean, até porque o Dakar é assim, uma corrida de mais de 1000 km, então pode acontecer muita coisa, tem um piloto mochileiro para ajudar o piloto principal se ele tiver algum problema. Tem dia em que a noite não tem assistência, apoio, então o piloto mochileiro tem que andar mais devagar para o piloto principal ter um pneu bom para o dia seguinte. Então eu vou fazer tudo isso para o Jean ter o melhor resultado possível. Terminar o rali, com certeza, é a minha expectativa", fechou.
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