‘Divisor de águas’, etapa Maratona no deserto do Jalapão inicia definição do 20º Rali dos Sertões

Sexta especial do Rali dos Sertões 2012, entre Palmas e Alto Parnaíba, é a maior de toda a competição. Serão 468 km de trecho cronometrado, com 680 km de percurso total na última parada da prova no Maranhão. Será a segunda etapa Maratona desta edição do Sertões

 

Já foram exatos 2.148 km percorridos pelos pilotos e navegadores que resistiram à primeira metade do 20º Rali dos Sertões. Mas os desafios que marcam a maior prova cross-country do Brasil estão longe de terminar. Pelo contrário. A partir desta sexta-feira (24), a prova vai começar a definir seus rumos com a especial mais longa de toda essa edição comemorativa de duas décadas de história. Para complicar ainda mais a missão dos competidores, a etapa será a segunda Maratona e vai representar a entrada no temido deserto do Jalapão.

Ao todo, serão 468 km de trecho cronometrado entre Palmas, capital do Tocantins, e Alto Parnaíba, representando assim o último destino em solo maranhense, que foi um dos protagonistas da prova até o momento. No total, pilotos e navegadores vão encarar 680 de trecho percorrido até o fim da sexta especial. Contudo, nenhum membro da equipe de apoio poderá fazer reparos nos veículos após o fim da etapa. Dessa forma, os competidores terão um duro trabalho para manter seus respectivos equipamentos em boas condições para a sequência da prova.

Spinelli e Haddad tentam diminuir a diferença para Peterhansel e Cottret (Foto: Theo Ribeiro/Fotoarena)

De acordo com o diretor de prova do Rali dos Sertões, Du Sachs, “é a especial mais longa e mais dura desta edição, e por isso é a mais completa”. O dirigente descreveu detalhes do que os competidores vão começar a encarar a partir da madrugada desta sexta-feira rumo ao temido Jalapão. “Ela começa travada, com muito trial, e depois entra nas areias do Jalapão. Haverá duas paradas para reabastecimento para motos, quadriciclos e UTVs e mais uma para carros e caminhões.”

Assim como aconteceu na segunda especial, entre Barreirinhas e Bacabal, no Maranhão, a prova vai contar com um bom trecho de navegação por GPS, já que não haverá nenhuma referência natural que possa servir aos pilotos e navegadores no cerrado. Ao todo, serão 30 km de navegação por GPS até Alto Parnaíba.

Na disputa dos carros, os últimos resultados indicam que a vitória ficará mesmo entre Stéphane Peterhansel e seu navegador, Jean-Paul Cottret, contra Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, com 8min05s separando o duo da Mini X-raid dos brasileiros da Mitsubishi Petrobras. Já a disputa dos caminhões pesados está bastante acirrada, com menos de 1h30min separando o primeiro colocado, André Azevedo, de Edu Piano e Guido Salvini, segundo e terceiro colocados dos ‘brutos’. Nos caminhões leves, Amable Barrasa lidera até com certa folga.

Nas motos, a vantagem de Felipe Zanol para Dário Júlio Souza — 16 minutos — e para Jean Azevedo — 25 minutos —, é bastante confortável. Mas basta um erro ou uma punição em um momento decisivo para tudo mudar nessa fase final do Rali dos Sertões.

E a luta dos pilotos quadris e UTVs é, além da vitória na classificação geral, pela sobrevivência. Marcelo Medeiros assumiu a condição de favorito depois da queda de Tom Rosa, que sofreu uma lesão no ombro na especial entre Carolina e Palmas, na última quinta-feira. Bruno Sperancini e Thiago Vargas estão 1h30min à frente de Heronaldo Segundo e Guga Costa na competição dos UTVs, indicando uma prova perto da sua definição, restando cinco especiais e seis veículos na prova.

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