Dupla brasileira mira top-3 e desafia Alonso em primeiro rali na África do Sul

O fim de semana marca um novo ciclo para a carreira de Fernando Alonso no automobilismo. Não necessariamente nas pistas, mas agora nas trilhas de terra. O bicampeão mundial de F1, ainda não confirmado oficialmente para a disputa do Dakar de 2020, participa entre sexta-feira e sábado do seu primeiro rali oficial, o Lichtenburg 400, prova válida pela quinta e penúltima etapa do Campeonato Sul-Africano de Cross-Country. A bordo de uma Toyota Hilux, Alonso corre ao lado de um navegador muito especial: ninguém menos que o pentacampeão do Rali Dakar nas motos e antigo diretor-esportivo da prova, Marc Coma.

 

A Lichtenburg 400 conta também com uma dupla brasileira no grid. Bicampeões brasileiros de rali cross-country, o piloto Marcos Baumgart e o navegador Kleber Cincea aceleram neste fim de semana na África do Sul com um Ford Ranger V8 da equipe NWM Motorsports na classe T. Alonso e Coma, por exemplo, estão inscritos na classe T1 FIA.

Baumgart ressaltou o alto nível da prova e também o elevado grau de exigência comum aos ralis disputados na África do Sul, sede da NWM Motorsports. “Rali na África é sempre muito competitivo. Qualquer vacilo e você cai três, quatro posições. Temos de ir com ritmo forte o tempo todo. O grid é muito grande, com 50, 60 carros divididos em três classes de gente muito rápida. O nível é altíssimo”, enfatizou o piloto.

 

De acordo com Cincea, a meta para a dupla no fim de semana é buscar um top-3 na categoria T. “É uma excelente oportunidade de medir o desempenho de uma dupla, porque é uma categoria extremamente competitiva”.

 

A dupla volta a acelerar menos de um mês depois da disputa do Rali dos Sertões, a principal prova do rali cross-country no Brasil. Marcos Baumgart e Cincea finalizaram a competição deste ano na quarta colocação.

Para os dois, o fato que mais chama a atenção é a chance de poder medir forças com um bicampeão mundial de F1. Algo inimaginável tempos atrás

 

“É ver se o senhor Fernando Alonso acelera mesmo”, brincou Cincea. “É uma oportunidade muito bacana, pois ele tem treinado na Namíbia, Polônia e na Arábia Saudita, e essas provas na África vão lhe ajudar a ganhar ritmo e entrosamento com o carro e o navegador”, completa Marcos.

 

“São mundos completamente diferentes, e tê-lo no grid correndo contra a gente é muito legal porque a gente também consegue medir o nosso desempenho”, complementou Baumgart.