Em alta após brilhar na edição 2014 do Dakar, Sanz se diz melhor preparada, mas afasta pressão: “Vai ser difícil repetir”

16ª colocada na classificação geral do Rali Dakar 2014, Laia Sanz chega à edição 2015 como primeira mulher a integrar o time de fábrica da Honda. Mesmo amparada por uma melhor estrutura, a catalã tratou de afastar a pressão e avaliou que será muito difícil repetir o feito da temporada anterior

Laia Sanz é presença garantida no ranking dos melhores do mundo no esporte a motor. Em 2014, a catalã conquistou seu terceiro título no Mundial de Enduro e, somando a conquista aos outros 13 títulos conquistados na elite do Trial, superou o lendário Giacomo Agostini, dono de 15 taças do Mundial de Motovelocidade.
 
Como se não bastasse o recorde de conquistas mundiais, Laia encontrou no Rali Dakar uma nova aventura e conseguiu mostrar seu talento na competição hoje sediada na América do Sul.
Primeira-dama da Honda, Laia Sanz é a primeira mulher a integrar time de fábrica da HRC (Foto: Honda)

No ano passado, em sua quarta participação na principal prova off-road do calendário, Laia garantiu a 16ª colocação na classificação geral e carimbou seu passaporte para a Honda.

 
Mesmo equipada com a já provada CRF 450 Rally, a companheira de Joan Barreda, Paulo Gonçalves, Hélder Rodrigues e Jeremias Israel é cautelosa ao falar de seus planos para o Dakar deste ano e ressalta que será bastante difícil repetir a conquista do ano passado.
 
Ainda assim, Sanz reconhece que chega ao Dakar mais preparada do que na edição anterior. Questionada pelo GRANDE PRÊMIO sobre o que mudou com sua chegada ao time de fábrica, Laia explicou: “A moto. A moto é melhor e a equipe também”.
 
“Em relação aos outros anos, o melhor é que eu pude ter uma moto em casa, treinar mais, fui ao Marrocos para treinar, então também estou mais bem preparada do que nos outros anos”, seguiu.
 
Diferente do que aconteceu em outras temporadas, a catalã competiu em menos categorias em 2014, mas seu afastamento do Trial foi apenas reflexo do processo de recuperação de uma lesão.
 
“Tive uma lesão e fui operada depois do Dakar, então escolhi o Enduro, e foi bom também para me preparar para o Dakar”, ponderou. “Espero que nos próximos anos eu possa estar ainda mais focada”, frisou.
 
 No segundo ano da CRF 450 Rally, Laia vê a Honda preparada para vencer a competição e, enfim, quebrar um domínio imposto pela KTM desde a edição de 2005.
 
“Eu creio que sim. Tem uma grande equipe, uma grande estrutura, fez todos os esforços para ganhar e tenho certeza que sim”, avaliou.
 
Embora confiante na qualidade do equipamento que tem nas mãos, Laia trata de afastar a pressão e ressalta que será difícil repetir o bom resultado da prova do ano passado. 
 
“Vai ser difícil repetir”, resumiu. “As pessoas esperam muito de mim, mas eu não quero me colocar pressão, porque repetir o do ano passado será muito difícil”, disse.
 
Na visão da pilota que vai competir usando o número #29, a prova de 2014 foi marcada pela ausência de erros e também por um pouco de sorte.
 
“Foi tudo muito bem. Às vezes você não tem azar, o que é importante. Eu tive problemas um dia, por duas horas, mas como foi um ano muito duro, todo mundo teve problemas”, recordou. “Correu tudo muito bem, eu corri concentrada, não me equivoquei quase nada, então temos que tentar fazer o mesmo neste ano”, completou.
 
Indagada pelo GP se, mesmo com uma carreira tão vitoriosa no esporte, ainda tem algum sonho a realizar, Laia não titubeou: “Muitos, com certeza. Me encantaria correr o Dakar de carro”, encerrou. 
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