Impasse com governo da Argentina faz Dakar adiar divulgação de novo roteiro e põe edição 2016 em xeque

Por razões climatológicas, Chile e Peru anunciaram suas respectivas desistências da prova a ser realizada no começo do ano que vem. A ASO, empresa que promove e organiza o Dakar, planeja então ter a Argentina como a base da maioria das suas etapas em 2016, mas para isso exige maior colaboração financeira, algo que Enrique Meyer, Ministro do Turismo, não concorda

A edição 2016 do Rali Dakar simplesmente pode não acontecer. A ASO (Amaury Sport Organisation), empresa que promove e organiza a maior e mais importante competição da modalidade no mundo, corre contra o tempo para definir o roteiro da prova, cujo começo está previsto para 3 de janeiro, em Buenos Aires. Mas um impasse relacionado ao valor investido pelo governo argentino impede que a confirmação da nova rota.

Por conta das fortes chuvas que atingiram a região do Atacama, o Chile anunciou sua desistência e sequer foi incluído no percurso depois de sempre fazer parte do cronograma do Dakar na América do Sul, desde 2009. Depois, foi a vez de o Peru, devido ao fenômeno El Niño, anunciar sua desistência de abrigar a competição.

Um entrave financeiro entre a ASO e o governo argentino pode impedir a realização do Dakar em 2016 (Foto: José Mário Dias)

Assim, a ASO conta apenas com Argentina e Bolívia para receber o Dakar 2016. Contudo, um impasse ameaça a realização da prova. Segundo informações da revista argentina ‘Corsa’, a divulgação do novo roteiro estava programada para esta quarta-feira (16) em Paris. Entretanto, a ASO exige uma maior colaboração financeira por parte do governo argentino, uma vez que o país receberia um maior número de etapas que o previsto originalmente.

O diário ‘La Nación’, por sua vez, reporta que Enrique Meyer, Ministro do Turismo, não está disposto a desembolsar mais dinheiro público para o Dakar. Em 2015, a Argentina pagou cerca de US$ 28,5 milhões à ASO, que agora pleiteia receber US$ 6 milhões adicionais do governo local. Algo que Meyer não concorda.

Nos últimos dias, foi divulgado um roteiro não-oficial que inclui, além de Buenos Aires, passagens por Villa Carlos Paz, Termas de Río Hondo, Jujuy, entrada na Bolívia até o Salar de Uyuni, volta à Argentina por Salta — que receberia o dia de descanso do Dakar — seguindo até Belén, La Rioja, San Juan, novamente Villa Carlos Paz e chegada para a cidade de Rosario.

Segundo a ‘Corsa’, tanto o governo argentino quanto a ASO negociam para resolver o impasse a garantir que, de uma forma ou de outra, o Dakar seja realizado em 2016.

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