Nas ‘alturas’, Meo vence na chegada a La Paz e acirra briga pelo título das motos no Dakar. Benavides vira líder

No sexto e último dia do Rali Dakar antes do descanso em La Paz, a competição das motos ganhou mais um concorrente na briga pelo título. Antoine Meo foi o mais rápido da especial encurtada tanto para motos como para quadriciclos e que teve uma mudança brusca no terreno e também na altitude, chegando a 4.700 m no deslocamento. A liderança novamente mudou de mãos e agora está com o argentino Kevin Benavides, da Honda

Arequipa (PER) – La Paz (BOL)
Trecho cronometrado (motos e quadris): 194 km
Percurso total: 758 km
 
A 40ª edição do Rali Dakar ainda nem chegou à sua metade, mas com apenas seis dias de competição a prova tem favoritos destacados à vitória em pelo menos três das cinco modalidades: Stéphane Peterhansel nos carros; Ignacio Casale nos quadriciclos e Eduard Nikolaev na disputa dos caminhões. Nas motos, porém, o cenário é de total indefinição. Na chegada à Bolívia, o Dakar viu seu quinto vencedor diferente em seis especiais realizadas. Desta vez, coube ao francês Antoine Meo, da KTM, a primazia de triunfar na altitude boliviana em um trecho cronometrado encurtado pela organização, de 313 para 194 km nesta quinta-feira (11). E a prova, na classificação geral, passou a ter um novo líder: o argentino Kevin Benavides, da Honda.
 
Assim, os competidores das motos passaram por um percurso de deslocamento com terreno de até 4.700 m de altitude, andaram às margens do famoso Lago Titicaca e chegaram à capital La Paz para um merecido dia de descanso nesta sexta-feira. Mas não foi uma prova fácil, muito pelo contrário, com boa parte do percurso sendo percorrida com muita chuva. Meo completou a especial em 1h54min10s, apenas 30s mais rápido que Kevin Benavides e Toby Price, que fecharam o top-3.
Antoine Meo foi o grande nome desta quinta-feira na chegada à Bolívia (Foto: Divulgação/KTM)
No começo da especial, o grande nome foi o francês Xavier de Soultrait, companheiro de equipe do então líder, Adrien van Beveren na Yamaha. O gualês do numeral #23 liderou nos dois primeiros waypoints, mas perdeu tempo nos trechos finais da especial, possibilitando a ascensão de três nomes em especial: Toby Price, Antoine Meo, os dois da KTM, e Kevin Benavides. Price deu toda a pinta de que venceria a especial, mas perdeu um pouco de tempo entre o waypoint 8 e o posto de meta da especial.
 
Destaque também para três pilotos em específico, que fizeram uma ótima especial nesta quinta-feira: o argentino Diego Martín Duplessis, que vinha em 25º na classificação geral, mas chegou a andar na especial em terceiro lugar, além do espanhol Daniel Oliveras e do chileno Pablo Quintanilla, que busca a recuperação depois de uma jornada difícil na última quarta-feira. Os competidores fizeram praticamente toda a especial no rol dos cinco primeiros até à meta da etapa em La Paz.
 
Van Beveren, ao contrário, não teve uma especial das mais felizes e perdeu a pouca vantagem que tinha perante seus principais oponentes. O antigo líder do Dakar jamais conseguiu adentrar ao top-10 da especial. Outro que teve uma performance irregular foi Joan Barreda Bort. Vencedor da quinta etapa em Arequipa, o espanhol não conseguiu manter a ascensão na prova e passou a ver seus principais adversários mais distantes.
 
No fim das contas, Diego Duplessis foi a grande surpresa e fechou numa excelente quarta colocação, logo à frente de Daniel Oliveras e Quintanilla. Outra boa surpresa foi a presença do boliviano Daniel Nosiglia, em sétimo, à frente do francês De Soultrait e também de Matthias Walkner. Michael Metgé foi o décimo, enquanto Van Beveren e Barreda terminaram em 14 e 15º na especial, respectivamente..
 

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Com os resultados desta quinta-feira, agora Benavides tem a dianteira com tempo total de 16h33min20s, 1min57s à frente de Van Beveren, uma diferença bastante pequena quando se trata de Rali Dakar. A KTM melhor colocada agora é de Matthias Walkner, 2min50s de desvantagem para o líder. E Xavier de Soultrait e de Joan Barreda, enquanto Toby Price manteve a sexta colocação geral, seguido por Antoine Meo, pouco mais de 10min atrás de Benavides.


Nos quadris, jovem de 22 anos vence etapa. E Casale administra
 
O dono do dia na especial dos quadriciclos rumo à Bolívia foi o jovem argentino Jeremias Gonzales Ferioli. Com apenas 22 anos, o piloto nascido em Córdoba venceu a etapa entre Arequipa e La Paz, desbancando pilotos bem mais experientes e que também tiveram boa performance, como Pablo Copetti, o paraguaio Nelson Sanabria e o líder da competição, Ignacio Casale, grande favorito ao título.
 

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Em franca recuperação, o brasileiro Marcelo Medeiros também foi bem. O maranhense inclusive chegou a aparecer em P1 no primeiro posto de cronometragem da especial, perdeu tempo em relação aos adversários, mas sempre esteve no gruo dos dez primeiros. 

 
A competição dos quadriciclos teve um desfalque no início da etapa: o polonês Rafal Sonik, campeão em 2015 e também vencedor do Rali dos Sertões, sofreu um acidente na última quarta-feira e teve diagnosticada fraturas na tíbia e perônio. O piloto foi valente e terminou a especial em Arequipa, mas não teve condições físicas para prosseguir.
 
Líder da classificação geral, Casale pode até se dar ao luxo de administrar uma boa vantagem. O chileno começou a quinta-feira com 40min de frente para o segundo colocado, o peruano Alexis Hernández. Casale finalizou em quarto na especial, atrás de Gonzalez Feroli, Copetti e Nelson Sanabria e logo à frente do francês Simon Vitse e de Hernández. Medeiros concluiu o dia em nono, enquanto o vencedor da etapa em Arequipa, Nicolas Cavigliasso, foi o 11º.
 
Após seis etapas, Casale continua dominante na prova dos quadris e agora tem 41min30s de frente para Hernández. Copetti aparece em terceiro, enquanto Gonzalez Feroli deu um bom salto na classificação, surgindo em quarto. Medeiros subiu para décimo no geral.
 
Agora os pilotos têm um dia completo de descanso em La Paz antes da retomada da competição no próximo sábado com uma especial das mais duras, de 425 km em meio a um trecho cronometrado de 726 km. Vai ser uma fase nova do Dakar, muito difícil em razão do natural frio e da altitude na Bolívia, mas também prazerosa pela incrível paisagem do Salar de Uyuni, destino da sétima especial do maior rali do mundo.
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