“Objetivos muito mais que cumpridos”: Alonso já festeja desempenho no Dakar

Ao lado do navegador Marc Coma, Fernando Alonso alcançou sua melhor performance pessoal em uma etapa do Rali Dakar. Nesta segunda-feira (13), o bicampeão mundial de F1 terminou a etapa em laço em Wadi Al-Dawasir na segunda colocação, 4min04s atrás do francês Matthieu Serradori: “Talvez as pessoas não deem o devido valor, mas são momentos de alegria e emoção”, vibrou o asturiano

A cada especial disputada no Rali Dakar, Fernando Alonso mostra que pegou rapidamente o jeito de pilotar em um ambiente completamente diferente ao qual estava acostumado. O piloto da Toyota Gazoo Racing fechou a oitava etapa da prova, em laço na cidade de Wadi Al-Dawasir, na Arábia Saudita, na segunda colocação, alcançando assim seu melhor resultado pessoal na prova nesta segunda-feira (13). Ao lado do navegador Marc Coma, Alonso terminou a somente 4min04s do vencedor da etapa, o surpreendente francês Mathieu Serradori, que corre com um buggy da SRT ao lado do copiloto Fabian Lurquin. 
 
Em entrevista veiculada pelo site espanhol ‘Soy Motor’ no desfecho da oitava etapa, Alonso comemorou a performance crescente e já se dá por satisfeito por tudo o que alcançou em seu debute no Dakar até agora.
 
“Objetivos muito mais que cumpridos. Acho que já estão superados qualquer um dos objetivos pessoais que havia traçado antes de chegar ao Dakar. Só estive no Rali do Marrocos, mas estava a 15 minutos dos líderes em etapas de 200 km, portanto não sabia como seria o Dakar e [etapas em] 500 km, achei que iria estar meia hora dos ponteiros”, comentou.
Fernando Alonso está feliz da vida com sua performance na estreia no Dakar (Foto: Reprodução/Twitter)
“Estar hoje à frente era algo que não estava nem nos meus objetivos mais otimistas. Depois dos ovais, do endurance e agora do rali, estou muito feliz”, festejou o espanhol.
 
Para se ter ideia do feito obtido por Fernando, o resultado desta especial o colocou à frente de grandes e históricos nomes do Dakar como Orlando Terranova e Giniel de Villiers, terceiro e quarto colocados na especial, respectivamente; Stéphane Peterhansel, o Mr. Dakar, Nani Roma e Nasser Al-Attiyah, todos campeões do maior rali do mundo e que finalizaram em nono, décimo e 11º, respectivamente. Líder da competição, Carlos Sainz e Lucas Cruz fecharam a especial somente em 15º.
 
Com a performance obtida nesta segunda-feira, Alonso e Coma subiram mais um pouco na classificação geral dos carros. A dupla está em 13º lugar, 3h10min51s atrás e Sainz e Cruz. Em teoria, o top-10 se mostra bastante plausível. Uma colocação melhor, contudo, depende de revezes dos rivais. A experiente dupla da Toyota formada por Bernhard Ten Brinke e Tom Colsoul vem em oitavo, mas com 1h07min de atraso para a tripulação líder do Dakar.
 
Para Alonso, mais importante que o resultado geral em si é a forma como conseguiu se desenvolver rapidamente em uma prova tão desafiadora como o Dakar.
 
“Talvez as pessoas não deem o devido valor, mas para a equipe, para Marc e para mim no carro são momentos de alegria e emoção. Sabemos da dificuldade que tem, das dunas que passamos, dos sustos e das alegrias que vemos tendo… Estar entre os melhores é uma alegria enorme e é preciso saber de onde viemos porque, há alguns meses, sequer sabíamos ligar o carro”, disse.
 
“Amanhã vai ser um dia mais difícil ao largar à frente. Vamos tentar enfrentá-lo sem contratempos e talvez fazer um resultado, mas uma colocação atrás amanhã pode ser benéfica para a etapa de quarta-feira, onde há dunas. Se fizermos amanhã décimo ou 12º pode ser uma boa posição para tentar atacar na quarta-feira. Com o que aconteceu hoje, posso seguir tranquilo”, complementou.
 
Restando quatro dias para o desfecho da prova, Alonso revela se sentir cada vez mais adaptado. E, até por isso, quer viver mais dificuldades para poder se provar como piloto de rali.
 
“Já se passaram oito dias de rali e assumimos um ritmo, os procedimentos com o carro, as largadas, os ajustes… Há detalhes que vão ganhando forma e naturalidade, já que você está dentro da prova. Espero que cheguem dias mais difíceis, quanto mais difíceis, melhor, porque quanto mais dificuldade tenha, então talvez poderemos pescar no rio agitado”, filosofou.
 
“Quanto à concentração, os dias são muito longos e o terreno é desconhecido, portanto o nível de atenção é maior e a visibilidade também vai mudando, de acordo com o sol. É isso o que faz esta competição ser tão difícil”, finalizou o bicampeão mundial de F1.

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