Varela e Gugelmin esperam Dakar “especialmente difícil” na Arábia Saudita

Em busca do bicampeonato do Rali Dakar, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin encaram um desafio diferente na prova, que pela primeira vez vai ser disputada na Arábia Saudita. O terreno não assusta a dupla, que vê o maior rali do mundo como uma grande preparação também para a defesa do título mundial nos UTVs

Pela primeira vez na história, o Rali Dakar vai ser disputado no Oriente Médio. A partir deste domingo (5), a maior e mais importante prova do off-road no mundo vai dar a largada na Arábia Saudita. Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, que conquistaram o título dos UTVs em 2018, vão partir em busca do bicampeonato nos próximos 15 dias e serão, ao lado de Lincoln Berrocal, os únicos representantes do Brasil na competição.
 
Varela e Gugelmin conquistaram, no ano passado, o tricampeonato mundial nos UTVs. A dupla, que compete pela equipe Monster Energy/Can-Am, vai ter como principais adversários Francisco ‘Chaleco’ López, campeão em 2019, Gerrard Farrés Guell e a grande novidade do ano nos UTVs: Cyril Despres, multicampeão do maior rali do mundo nas motos.
 
Varela, dono de larga experiência no universo dos ralis, prevê uma jornada árdua e de duplo valor: além da busca pelo bicampeonato em si, também vai servir como ponto de partida na preparação para a busca do tetracampeonato mundial dos UTVs ao longo da temporada.
Gustavo Gugelmin e Reinaldo Varela vão lutar pelo bi do Dakar na Arábia Saudita (Foto: Divulgação)
"Como desafio individual, o Dakar certamente é um dos pontos altos da temporada. E será especialmente difícil: além do trajeto longo e complicado, teremos lá todos os nossos principais rivais internacionais. Será uma excelente prévia para a Copa do Mundo 2020”, declarou.
 
“Então, é uma corrida que tem importância dupla para a nossa equipe. Uma vitória na Arábia Saudita nos daria não apenas o bicampeonato do Dakar, mas também representaria muito em termos de nível de performance na nossa preparação para a Copa do Mundo, que já começa em fevereiro, no Catar”, ressaltou o piloto.
 
Navegador campeão do Dakar ao lado de Varela, Gugelmin entende que o terreno predominante na Arábia Saudita não chega a ser uma grande preocupação, mas ressaltou os sempre frequentes perigos do deserto.
 
“É um tipo de piso com o qual estamos acostumados. Várias provas do Mundial são realizadas em dunas. Então, estamos em casa. A areia exige uma técnica específica, mas, ao mesmo tempo, é muito traiçoeira. Algumas conformações de dunas te convidam a acelerar mais do que deveria e outras te levam para os ‘funis’, que é o encontro entre duas dunas, formando um piso de angulação perigosa”, considerou.
 
“É muito comum se acidentar ali, até com consequências sérias para o carro e a tripulação. Então, a experiência conta muito neste tipo de prova. E nós temos nos saído bem, como mostra nossa campanha no Mundial”, emendou o catarinense.
 
O Dakar 2020 tem um percurso total de 7.856 km, sendo 5.097 km de especiais, os trechos cronometrados, e 2.759 km de deslocamentos, sendo que 65% deste percurso será em areia. Nada menos que 47 UTVs estão inscritos para a disputa da prova, o que comprova o crescimento da modalidade ao longo dos últimos anos. 

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