VÍDEO: Brasileiros improvisam volante com chave de fenda no Dakar

Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin enfrentaram um grande revés ainda no primeiro dia de Dakar. Nos primeiros 160 quilômetros de prova, encararam uma quebra no volante e precisaram improvisar uma nova peça com duas chaves de fenda

O Dakar começou difícil para os brasileiros. Neste domingo (5), ainda no primeiro dia do rali mais famoso do mundo, o volante do carro de Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin quebrou, obrigando a dupla a improvisar com o que tinha nas mãos.
 

No quilômetro 166 dos 319 previstos para o dia, os companheiros tiveram de lidar com uma quebra no volante de direção. O sistema é uma forma de adaptação feita pelas equipes nos carros originais, com o objetivo de acoplar os volantes de competição.
 
Precisando se virar da melhor maneira na Arábia Saudita, os representantes tupiniquins invocaram todo o conhecimento à la MacGyver para contornar o revés. Com duas chaves de fenda, montaram um novo sistema de controle para enfrentar o trecho final de dunas.
 
“Talvez uma dupla menos experiente e com menos paixão pelo que fazemos desistisse. Mas nós não pensamos nisso um segundo sequer. Nosso foco desde o início foi consertar o problema e ir até o fim. Nessas situações – e já tivemos várias ao longo da carreira – fico espantado com a agilidade do Gustavo de propor soluções”, disse Varela.
Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin (Foto: DPPI Media)

“A coluna de direção e o painel de instrumentos não são originais de fábrica. Trabalhamos muito bem juntos e trocamos a coluna e volante colocados pela equipe. Fizemos uma improvisação com as ferramentas que tínhamos disponíveis. Da minha parte, foi bastante incômodo pilotar com uma ferramenta improvisada como volante”, seguiu.
 

“Causou muita dor nas mãos por causa da tensão, do esforço para segurar o ‘volante’ e da trepidação. Nas curvas, devo confessar que dava certo medo. Mas a incerteza faz parte dos rallies, é da natureza desse esporte”, completou.
 
Já Gustavo deixou explícita toda a admiração pelo colega. “Eu já respeitava muito o Reinaldo como piloto, mas hoje a minha admiração cresceu muito. Tivemos um dia dos mais difíceis, mas é um dia pra lembrar para o resto da vida. Ele pilotou os 153km finais da especial em alta velocidade usando uma chave de fenda como volante – e isso em pleno Dakar, o mais difícil rali do mundo”, destacou.
 
“E depois ainda dirigiu mais 235km do deslocamento final obrigatório por regulamento, que era para chegarmos ao ponto de largada do dia seguinte, em Al Wajh. Acho que o dia de hoje diz muito sobre ele e a nossa parceria. Estamos tristes pelo que aconteceu, mas ainda assim orgulhosos do que fizemos. Amanhã tem mais”, concluiu.
 
Na segunda-feira, os pilotos vão enfrentar 367km especiais, com um total de 401km com os trechos de deslocamento. 

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