Joan Barreda chegou à edição 2015 do Rali Dakar com o rótulo de favorito e abriu a competição correspondendo às expectativas. Líder entre as motos na maior parte da disputa, o espanhol viu sua sorte virar no último domingo (11), quando sofreu uma queda na especial entre Iquique e Uyuni.
No forte acidente, a guidão da CRF 450 Rally quebrou e Joan teve de completar os últimos 130 km do trecho cronometrado de 321 km usando apenas a mão direita. Como se isso não fosse o bastante, a sétima etapa do Dakar era uma etapa maratona, o que significa que os pilotos não podem receber o auxílio de seus mecânicos e engenheiros.
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Stop & Go: Jean Azevedo |
Joan Barreda pilotou por 130 km usando apenas uma mão (Foto: Honda)
Sozinho em Uyuni, Barreda contou com o apoio de seus companheiros de equipe para reparar a moto. Piloto do Honda South America Rally Team, Demian Guiral entregou o guidão de sua CRF 450 Rally para o piloto #2. O argentino, então, seguiria no Dakar com o guidão partido de Joan, mas teve um problema com a bateria da moto e precisou se abandonar.
Já com a moto pronta, Barreda largou para os 781 km da especial desta segunda-feira, mas, mais uma vez, viu a sorte sorrir para Marc Coma, seu principal rival na luta pelo título. Antes de fechar a primeira parte do trecho cronometrado de volta à Iquique, o #2 começou a perder mais e mais tempo e completou o trecho com mais de 1h30min de atraso para Stefan Svitko, o líder da especial.
De acordo com a organização do Dakar, Barreda precisou ser rebocado por Jeremías Israel para completar o primeiro trecho da especial. Com o tempo perdido, o piloto da Honda despenca provisoriamente para a 14ª colocação na classificação geral e vê o título da maior competição off-road do planeta escapar por entre seus dedos.
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