Petrucci volta ao Rali Dakar em 2025. Mas trocando moto por caminhão

Dois anos após estrear no Rali Dakar com a KTM, Danilo Petrucci está de volta à maior e mais dura prova off-road do planeta. Mas agora como terceiro integrante de um caminhão da Italtrans

Depois de passar duas edições fora, Danilo Petrucci está de volta ao Rali Dakar em 2025. Mas em uma condição diferente. Sai de cena a moto da KTM e entra o caminhão da Italtrans.

Na segunda participação na maior e mais dura prova off-road do planeta, o italiano vai se aliar ao veterano piloto Claudio Bellina e ao navegador Marco Arnoletti no Iveco #608 para tentar fazer mais um pouco de história. Petrucci já é o único piloto a somar vitórias em MotoGP, Mundial de Superbike e Dakar, já que ganhou uma especial na edição de 2022.

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“Há alguns meses, a Prometeon teve a ideia de me colocar em um caminhão como copiloto”, disse Petrucci em entrevista ao site italiano GPOne. “Então estarei a bordo de um Iveco da equipe Italtrans, pilotado por Claudio Bellina, com Marco Arnoletti como navegador”, explicou.

Na função de terceiro integrante da equipe, Petrucci terá uma função de mecânico, de se manter atento ao funcionamento do veículo.

Claudio Bellina e Marco Arnoletti srão os companheiros de Danilo Petrucci no Rli Dakar 2025 (Foto: Italtrans)

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“Será um pouco mecânico: acompanhar os parâmetros do veículo, a pressão dos pneus. É o primeiro que desce quando fica preso ou procura alguém que possa estar com problemas. Além disso, faz muitas outras coisas que eu não sei e que terei de fazer. Isso será bonito”, destacou.

Depois de estrear na competição em duas rodas, Petrucci acredita que a aventura a bordo de um caminhão será muito menos física.

“Será muito menos duro fisicamente, porque não vou pilotar e, mesmo que tenha de me manter muito ativo, você não se arrisca e nem se esforça tanto como em uma moto”, comparou. “Também porque o Dakar termina no dia 17 de janeiro e, dia 18, eu volto para a Itália, pois depois de alguns dias iremos para Jerez para os testes da Superbike, então terei de estar preparado”, seguiu.

A experiência a bordo de um caminhão também vai reservar desafios diferentes, já que vai passar menos frio e também ganhar algumas horas de sono.

“Os caminhões são mais pesados e, por isso, largam por último e têm horários humanos. Inclusive, nos primeiros dias, o problema é que largamos muito tarde e corremos o risco de chegar à noite”, apontou. “Sempre existe o risco de os caminhões ficarem presos nas dunas. Esperamos que não, mas acontece todos os anos na corrida”, acrescentou.

“Sinceramente, nunca tinha pensado que poderia subir em um caminhão e dividir equipe com Claudio Bellina, que fez 17 Dakar, é algo com que posso aprender muito. Além disso, o navegador, Marco Arnoletti, sabe tudo de navegação e me fez uma lista de coisas que preciso levar”, contou.

Por fim, Danilo destacou a experiência de disputar um Dakar e as memórias que carregou da estreia, quando negociou com a KTM a participação.

“É uma experiência muito bonita para todos. São semanas no deserto, onde você se põe a prova cada vez mais, dia após dia. Você tem sempre de enfrentar coisas diferentes, nunca sabe o que vai acontecer e aonde vai chegar. Para mim, foi uma experiência muito forte, provavelmente a mais traumática da minha vida, mas em um bom sentido. Foi realmente uma montanha-russa de emoções”, encerrou.

A largada do Rali Dakar acontece no próximo dia 3, em Bisha, na Arábia Saudita. A prova chega ao fim no dia 17, em Shubaytah.

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