Peterhansel considera Sertões “longo e difícil” e planeja retorno em 2013. Spinelli fala em dever cumprido

O Rali dos Sertões de 2012 coroou uma lenda viva do esporte como campeão da 20ª edição da prova. Stéphane Peterhansel conquistou um título que ainda não constava em sua vasta galeria de troféus. Na entrevista coletiva concedida logo após a vitória, o francês falou em desejo de lutar pelo bi no ano que vem

Mito do rali mundial e um dos maiores nomes do esporte em todos os tempos, Stéphane Peterhansel finalmente escreveu seu nome na galeria dos campeões do Rali dos Sertões, que festeja, em 2012, a sua 20ª edição. Ao lado do inseparável navegador Jean-Paul Cottret, o francês, de 47 anos, foi supremo do início ao fim e garantiu a conquista de um rali “difícil e longo”, pretendendo voltar em breve, talvez na próxima temporada, para tentar o bicampeonato.

Peterhansel tem contrato com a equipe alemã X-raid, que lhe entrega o Mini All4 Racing, o mesmo carro que deu a Stéphane e Cottret a vitória no Dakar de 2012, por mais duas temporadas. E foi ao carro, que praticamente não apresentou problemas mecânicos ao longo de quase 5 mil km pelas trilhas de areia, terra, piçarra e cascalho do sertão brasileiro, e ao navegador, que ‘Peter’ creditou boa parte da sua primeira vitória no Rali dos Sertões.

Peterhansel sagrou-se campeão do Rali dos Sertões em 2012 nos carros (Foto: Theo Ribeiro/Fotoarena)

Na entrevista coletiva concedida na última terça-feira (29), logo após receber a medalha como vencedor da prova, em Fortaleza, Peterhansel voltou a agradecer o carinho do povo sertanejo que recebeu a X-raid bem em todas as cidades-base do Rali dos Sertões, destacou a amizade e a competitividade de Guilherme Spinelli e Youssef Haddad e se mostrou feliz por contar com Riamburgo Ximenes e Flávio França como companheiros de equipe.

“Para nós foi um rali muito difícil e muito longo, mas que fez a diferença, com uma variedade enorme de paisagens. Considero a primeira parte da competição como a mais difícil, pois tive de competir com o Spinelli, o que me fez correr alguns riscos que não esperava e me fez acelerar mais”, comentou o piloto mais vencedor da história do rali cross-country, com dez títulos no Dakar, sendo que quatro deles foram nos carros.

Com uma vantagem mais confortável a partir da segunda etapa Maratona, Peterhansel e Cottret puderam administrar melhor a diferença para Spinelli e tiveram condições para vencer de maneira relativamente tranquila o Sertões 2012.

“O rali foi perfeito, pois o carro estava muito bem ajustado e meu navegador foi excelente. Foi um prazer enorme ter participado desta edição do Sertões. A hospitalidade do povo brasileiro também foi algo maravilhoso. Gostaria de poder voltar em 2013”, acrescentou o lendário Peterhansel.

Spinelli gostou da performance de seu Lancer no Rali dos Sertões (Foto: Gustavo Epifanio/Fotoarena)

Spinelli tinha certeza que, desde antes do início da prova, sua missão na tentativa de lutar pelo pentacampeonato, seria duríssima, pois teria pela frente um mito do rali cross-country. Dessa forma, terminando em segundo, só atrás de Spinelli, deixou o carioca da Mitsubishi Brasil satisfeito por ter conquistado boa performance com o Lancer, já visando o Dakar 2013.

“Quando ficamos sabendo que eles viriam, sabíamos que eles seriam os favoritos, o que acontece em qualquer rali que eles participam. Fico muito feliz em ir para um rali sabendo que teríamos grandes disputas. Saímos daqui com a sensação de dever cumprido e que a nossa participação, minha como piloto e a do Youssef como navegador, foi perfeita. O Lancer se mostrou resistente e não apresentou nenhum tipo de problema durante todo o Sertões”, elogiou o carioca, vencedor de duas das dez especiais da 20ª edição da prova.

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