Retrospectiva 2024: Neuville encerra década de espera e fatura título do WRC

A TEMPORADA 2024 MARCOU O FIM DE UMA LONGA ESPERA NO WRC. Aos 36 anos, Thierry Neuville se livrou do rótulo de ‘quase’, levou a Hyundai ao topo e assegurou o primeiro título em uma carreira de dez anos no Mundial de Rali.

Depois de bater na porta cinco vezes — com os vice-campeonatos de 2013, 2016, 2017, 2018 e 2019 —, Neuville começou a campanha deste ano com o pé direito, com uma vitória no Rali de Monte Carlo. Na sequência da temporada, na Suécia, o resultado não foi tão brilhante: um quarto lugar. Mas, ainda assim, Thierry manteve a liderança do Mundial de Pilotos, agora com só 3 pontos de frente para Elfyn Evans.

Neuville fechou o Rali do Quênia na quinta colocação e voltou ao pódio na Croácia, com um terceiro lugar, resultado que repetiu em Portugal. Na Itália, porém, Thierry se salvou pelos 12 pontos conquistados no Super Sunday, já que escapou da pista na oitava especial.

Na Polônia, o #11 ficou com o quarto posto, mas, na Letônia, foi só oitavo. Ainda assim, a disputa pelo título seguiu viva, com o belga de St. Vith sustentando a ponta da classificação com 8 pontos de margem para Tänak. Neuville voltou mais forte na Finlândia, com um segundo lugar.

A boa fase se seguiu na Grécia, com uma vitória folgada para cima de Dani Sordo. O resultado permitiu a Thierry abrir 34 pontos de vantagem no Mundial de Pilotos. No Chile, o belga ficou à beira do pódio, mas terminou em terceiro na etapa seguinte, na Europa Central.

Neuville viajou ao Japão, última etapa da temporada, com a faca e o queijo na mão, já que tinha 25 pontos de vantagem, com 30 ainda em disputa. O #11 tomou um baita susto no início da etapa, conseguiu apenas o sexto posto, mas um acidente de Tänak no estágio 17 encurtou o caminho de Thierry rumo ao título.

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Ao lado do copiloto Martijn Wydaeghe, Neuville fechou o ano com 242 pontos, 32 a mais que Elfyn Evans, que ainda conseguiu passar Tänak para ser o segundo na classificação. Mesmo sem terem feito a temporada completa, Kalle Rovanperä (4) e Sébastien Ogier (3) ainda saíram como os maiores vencedores de etapa do ano no WRC.

“Para ser sincero, eu me sinto ótimo. Trabalhamos muito tempo para isso”, disse Neuville após a conquista. “Quero agradecer a todos que fizeram parte disso, que lutaram por nós e a toda equipe também” seguiu.

“Chegamos perto muitas vezes. Sempre demos tudo de nós, mas, este ano, fomos recompensados”, completou o piloto, que liderou o campeonato de ponta a ponta.

A conquista de 2024, todavia, não marcou apenas a história de Neuville, mas também da Hyundai, já que foi o primeiro título da marca. Foi, aliás, a primeira vez que um belga levantou a taça do Mundial de Rali.

Mundial de Rali Cross-Country (W2RC)

No universo dos raids, 2024 foi o ano de Nasser Al-Attiyah. Mesmo derrotado por Carlos Sainz no Rali Dakar, a prova mais famosa da modalidade, o catari levou a melhor por 42 pontos de frente para Yazeed Al Rajhi no combinado da lendária prova com Desafio do Deserto de Abu Dhabi, Rali-raid de Portugal, Desafío Ruta 40 e Rali do Marrocos.

O brasileiro Lucas Moraes fechou o ano do W2RC no terceiro posto da classificação, com 85 pontos de atraso para Al-Attiyah.

Mundial de Rali Cross-Country da FIM

No mundo do cross-country em duas rodas, o ano foi de Ross Branch. O piloto de Botsuana, que fechou o Dakar no segundo posto, garantiu o título da temporada com a Hero ao superar Adrian Van Beveren, da Honda, por só 12 pontos. Tosha Schareina fechou o top-3, diante de Ricky Brabec.

Rali dos Sertões

Mais famosa prova off-road do Brasil, o Rali dos Sertões teve vitória de Lucas Moraes na disputa dos carros. Ao lado do navegador Kaique Bentivolgio, o piloto da Toyota Gr Dkr Hilux fechou a disputa à frente de Marcelo Gastaldi/Cadu Sachs e Marcos Moraes e Fabio Pedroso.

Nos UTVs, a vitória foi de Denisio do Nascimento/Gunnar Dums, diante de Zé Hélio/Julio Cesar Zavatti e Bruno Varela/Ari Fiuza.

Entre as motos, o francês Adrian Metge venceu com a Yamaha WR 450F, diante de Mason Klein e Gabriel Soares.

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