Ogier bate Rovanperä e puxa 1-2-3-4 da Toyota pelo 2º ano seguido no Rali do Quênia

Sébastien Ogier venceu com diferença de 6s7. Toyota conseguiu, pelo segundo ano seguido, as quatro primeiras posições na prova africana

Sébastien Ogier segurou o ímpeto final de Kalle Rovanperä e conquistou a vitória no Rali do Quênia. Ao final dos estágios deste domingo (25), a diferença entre os dois foi de apenas 6s7 após o francês chegar a ter uma vantagem de mais de 30s. O pódio foi completado por Elfyn Evans, que chegou à frente de Takamoto Katsuta, levando a Toyota aos quatro primeiros lugares na prova pelo segundo ano consecutivo.

O segundo lugar na classificação geral no Quênia e o terceiro lugar no Power Stage permitiram a Rovanperä ampliar sua vantagem no WRC, agora com 37 pontos a mais do que Thierry Neuville. No entanto, com o final da etapa na África Oriental, apenas cinco pontos separam Neuville e Ogier, que é o quinto colocado na tabela.

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O evento começou com a liderança de Ott Tänak, da M-Sport, após a superespecial de quinta-feira. Assim que o rali atingiu o deserto, Ogier assumiu a primeira posição para não sair mais.

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Kalle Rovanperä bem que tentou, mas terminou em segundo (Foto: WRC)

Apesar disso, a vida não foi fácil para o francês, que sempre esteve pressionado por Rovanperä, segundo durante toda a prova. Uma escolha ousada de pneus de Ogier, onde ele levou apenas um sobressalente, enquanto todos os outros carregavam dois, rendeu uma vantagem na sexta-feira e o resto do rali foi sobre mitigar os riscos e proteger a dianteira.

Mas ainda houve tempo para uma surpresa reservada para o octacampeão, já que seu companheiro de equipe foi muito bem no início do domingo, reduzindo pela metade seu déficit, reacendendo a luta pela liderança. Ogier, no entanto, respondeu no estágio seguinte, recuperando o tempo perdido — e 0s5 a mais — para restabelecer o controle, apesar de perder sua porta traseira e ter prejuízos no desempenho de seu motor ao errar uma curva.

O problema estava longe de ser terminal e o octacampeão conseguiu a vitória com a diferença de 6s7 sobre Rovanperä — a margem mais próxima na história do Rali do Quênia — mesmo com mais uma situação desagradável no final da última etapa: o para-brisa de seu Toyota quebrou devido a uma pedra.

“Inacreditável, no Power Stage, uma pedra também bateu no meu para-brisa. Poderia ter sido uma corrida muito mais confortável para nós, nosso ritmo era muito bom, mas tivemos muitos infortúnios. Com isso tudo, estou feliz por conseguir a vitória”, analisou o francês.

Ogier venceu o Rali do Quênia com uma diferença bem apertada (Foto: WRC)

Um pouco mais atrás na classificação final da prova, o terceiro lugar de Evans foi o máximo que ele poderia fazer depois de desacelerar por mais de meio minuto no sábado, quando seu carro ficou sem potência. Ele superou Katsuta por 25s3, deixando o japonês fora do pódio.

Takamoto também teve um final de semana atribulado: acidente no shakedown, encontro com zebras, suspensão quebrada e batida em uma árvore, tudo isso até a sexta-feira. Os problemas levaram Katsuta bem para trás na classificação, mas o piloto de 30 anos conseguiu se recuperar e mesmo com um radiador vazando no final do último estágio, segurou a quarta posição.

Dani Sordo foi o melhor “não-Toyota” classificado, em quinto lugar, com seu Hyundai chegando 5min atrás de Ogier. No entanto, o espanhol foi o único piloto de um i20 N a completar os 355,92 quilômetros. Thierry Neuville, que briga pela liderança do Mundial de Rali, abandonou na sexta-feira devido a uma suspensão dianteira esquerda quebrada. O belga chegou a voltar ao rali e se recuperou para terminar em oitavo e conquistar os cinco pontos de bônus pela conquista do Power Stage.

ATUALIZAÇÃO: Horas depois do término do evento, Thierry Neuville foi desclassificado do Rali do Quênia após os comissários constatarem que o belga usou de meios ilegais para reconhecimento de percurso. O relatório final entregue por um dos funcionários da organização indicou que uma pessoa não autorizada havia sido vista dirigindo em trajetos que seriam utilizados como estágios ao longo do rali.

Evidências apresentadas aos comissários ligavam a pessoa em questão — que foi surpreendida em propriedade privada sem autorização — a Neuville. O piloto foi convocado para dar explicações e admitiu aos representantes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que estava ciente da pessoa e que havia solicitado o apoio da mesma para identificar questões específicas das especiais, como áreas onde rochas haviam se deslocado.

Neuville completou o Rali do Quênia em oitavo. Com a desclassificação, ele agora aparece em quinto na tabela geral, com 93 pontos — 47 atrás do líder, Rovanperä.

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