Feliz por estar no Sertões, Barrichello diz: “Para que ele me abrace, preciso respeitá-lo”

Rubens Barrichello voou de Córdoba e aterrissou em Brasília ainda na noite do último domingo para entrar na bolha 1 do Sertões horas antes de fazer sua estreia no maior rali das Américas

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Etapa 2: Bolha 1/DF a Bolha 2/GO – 1ª parte etapa Maratona ‘Renê Melo’
2 de novembro, segunda-feira
Deslocamento inicial: 166 km
Trecho cronometrado: 353 km
Deslocamento final: 0 km
Total: 519 km

Exatamente às 10h45 (horário de Brasília), Rubens Barrichello estreou oficialmente no Sertões 2020. O debute do duas vezes vice-campeão mundial de Fórmula 1 e campeão da Stock Car em 2014 veio horas depois de o piloto voar de Córdoba, na Argentina, onde correu a rodada dupla do Super TC2000 no último fim de semana, à capital federal, que abrigou a Bolha 1 do maior rali das Américas. A bordo do buggy de numeral #357 da Giaffone Racing e preparado pela equipe RMattheis, Barrichello retomou a sequência do trio de pilotos, formado também por Felipe Fraga e Rafael Cassol, contando com a navegação do experiente Edu Bampi.

Barrichello já estreia na ‘fogueira’ que é a etapa Maratona. Neste formato de especial, os competidores no rali não podem contar com o auxílio externo das equipes de apoio em caso de manutenção do veículo, tendo de se virar para realizar reparos no caro, caso sejam necessários.

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RUBENS BARRICHELLO; SERTÕES; BRASÍLIA;
Rubens Barrichello chegou na noite do último domingo a Brasília para se preparar para o Sertões (Foto: Eduardo Carvalho/Shez)

Feliz por fazer parte da caravana do Sertões, Barrichello sabe que vai encarar uma jornada difícil. E, por isso, entende que é preciso respeitar o rali como um menino tem de respeitar o mar.

“Gratidão é a palavra certa, porque, um cara na minha idade, que correu na Argentina e conseguiu fazer tudo organizado para chegar hoje, quase 23h, para sentar no carro, ver se o banco está bom, como é que está tudo, para estar às 6h na prova, é por muito amor. Não posso ter pretensão de achar que, porque eu corri de alguma coisa, vou andar bem no Sertões. Para que ele me abrace, eu preciso respeitá-lo”, destacou o piloto de 48 anos.

“Meu pai sempre me falava para entrar no mar com respeito, e esse é o espírito. Fiz um treino, mas não tenho muita noção do que esperar. Essa primeira faze é muito mental. Ele — Edu Bampi — está falando uma referência ‘2’. 2 é difícil? Fácil? O rali é totalmente diferente, você passa por uma curva e vai esquecer dela”, salientou.

Rubens lembrou que o entrosamento com Edu Bampi ao longo dos próximos três dias, antes de entregar o volante do ‘buggão’ para Fraga, que vai completar o rali pela tripulação de convidados, vai ser fundamental.

“O meu navegador vai ter de me conhecer e eu a ele, e isso a gente só vai conseguir durante o caminho. Vou me concentrar para fazer as coisas certinhas e ter uma margem para conhecer cada vez mais e, amanhã, no fim, poder me sentir mais tranquilo. A gente quer adquirir mais experiência para que isso se torne um presente que se transforme cada vez mais no futuro”, disse.

Barrichello parte para seu primeiro Sertões, no fim das contas, com um sorriso no rosto. “Tenho muito prazer de estar aqui, estou bem entusiasmado”, concluiu.

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