‘Pai’ da Seletiva Petrobras avalia sucesso de 20 anos e ressalta papel social de programa de orientação

Binho Carcasci é o grande idealizador e organizador da Seletiva de Kart Petrobras desde 1999, quando a primeira edição aconteceu - e esse ano completa 20 edições. Com um balanço de que a Seletiva é um sucesso, Carcasci comenta o aumento na idade permitida - agora 20 anos - e a evolução da parte social na relação com os pilotos

Binho Carcasci é o pai da Seletiva de Kart Petrobras. Grande idealizador e organizador do projeto desde 1999, ele trata a competição, que completa 20 edições em 2018, como um rebento. Além do que ele mesmo esperava, Binho avalia as origens da Seletiva e a disputa deste ano.

 
A final da Seletiva acontece nos dias 22 e 23 de outubro no kartódromo da Granja Viana, em Cotia (SP). Estão em disputa para os 12 finalistas um prêmio de R$ 100 mil – R$ 10 mil para o vice-campeão – e a oportunidade de entrar num programa de orientação, que inclui simulador de F1 e teste na F4 Italiana e treino na Stock Light, além de media training, palestra sobre marketing esportivo e avaliações física e psicológica.
 
Todo esse programa de orientação, aliás, é oferecido desde 2014. Segundo Carcasci, foi o que de melhor foi feito para os pilotos nestes 20 anos.
 
"Esta foi a alteração mais importante que fizemos nos últimos anos. Percebemos que, com tantas opções e caminhos que surgiram nos últimos anos para um piloto iniciar uma carreira, deveríamos dar conhecimento, informações e orientação para os garotos e seus pais ou responsáveis", disse. 
 
"Noto que deu certo. Pudemos ver que os pilotos que receberam este novo "prêmio" seguiram passos mais consistentes e, certamente, otimizaram seus gastos e aceleraram o passo rumo ao profissionalismo. O Matheus Leist é um bom exemplo: depois de ser premiado pela Seletiva com um teste na Europa com um carro de F-Renault, pela experiente equipe Koiranen, decidiu ficar por lá, correu de F4 na Inglaterra e hoje já está na Indy", afirmou. 
Binho Carcasci é o promotor da Seletiva de Kart Petrobras (Foto: Reprodução)

Carcasci fez uma avaliação sobre a história das últimas duas décadas e como foi possível fazer o projeto triunfar.

 
"Quando a gente cria um projeto e o coloca em prática, torce e faz de tudo  pra que ele seja duradouro, mas, pra ser sincero, não imaginei que fosse tão longe! Pessoalmente, não conheço nenhum outro evento de kart que tenha tanto tempo com o mesmo patrocinador", afirmou.
 
"Então o mérito é também da Petrobras, de manter um programa de apoio e incentivo ao esporte de base por tanto tempo e que continua dando ótimos resultados. Acredito que a Seletiva vem atingindo seus objetivos, tanto comerciais como   esportivos, e isso se deve ao fato de estarmos, incluindo a Petrobras no processo, sempre atentos ao que acontece no esporte, não só no Brasil. As alterações que temos feito na premiação, particularmente, demonstram isso", seguiu.
 
Uma das mudanças mais importantes desta temporada 2018 está na idade dos participantes. Antes, apenas pilotos entre 15 e 18 anos podiam participar, mas agora a idade vai até 20 anos. Reflexo da mudança do mercado do automobilismo internacional.
 
"Este também é um exemplo do que disse na resposta anterior. Percebemos nos últimos anos que os pilotos jovens brasileiros não têm mais a F1 como único sonho profissional. Na verdade, existe agora um movimento muito grande da busca pelas categorias de turismo por estes garotos, seja por gosto, interesse comercial ou praticidade. Para estas categorias a "exigência" da idade para entrar é muito mais flexível. Assim, pensamos em dar chance a um grupo maior de pilotos ingressarem no automobilismo profissional com a ajuda da Seletiva", avaliou. 
 
Sobre o momento do kartismo nacional, foi só elogios.  
 
"Primeiramente, devemos parabenizar a CBA pela iniciativa de garantir a transmissão pela TV de grande parte das categorias do Brasileiro, ao vivo, em rede nacional. Isso é importantíssimo para o esporte de um modo geral e para o Kartismo, em particular. Nossa parceria com a CBA é antiga e eles entendem que o que a Seletiva proporciona para os pilotos e para a modalidade, em termos de promoção e premiação, é importante, relevante e acrescenta muito ao trabalho feito pela entidade", falou. 
Etapa da Seletiva Petrobras, em Aldeia da Serra (Foto: Nicola Pizarro)

"Sobre o momento do kartismo atual, sem entrar no mérito, o esporte é muito sensível ao que acontece na economia do país, mas mesmo assim tem experimentado bons momentos. O Campeonato Brasileiro de Kart do ano passado bateu recorde de inscritos, o que mostra um momento bom da modalidade", apontou. 

 
Por fim, deu uma dica aos finalistas.
 
"O principal, e nem é uma dica, mas sim  um pedido que faço todos os anos, é que leiam e procurem entender o regulamento antes de disputar a final. O formato de disputa foi elaborado para valorizar o talento, a experiência e o conhecimento técnico, e acabou sendo totalmente diferente do utilizado pelos campeonatos comumente disputados. Se o piloto chega para a final sem saber o que ele tem que fazer na pista naquele momento, quando "acordar" será tarde. Como todas as atividades de pista contam pontos, o piloto tem que estar "voando" desde a primeira entrada", encerrou. 
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