Em 1º ano nos monopostos, Petecof cita grande evolução na F4 e projeta sequência consistente

A transição do kartismo para os monopostos nunca é fácil, e Gianluca Petecof encara essa grande mudança na carreira de peito aberto na temporada 2018. O paulista de 15 anos, membro da Academia Shell Racing e integrante da Academia de Pilotos da Ferrari, disputa simultaneamente os campeonatos da F4 Italiana e Alemã, certames de grids cheios e boas corridas. A expectativa de Petecof é seguir evoluindo para lutar por pódios e vitórias e ser o estreante do ano

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Além do GP da Alemanha de F1, o icônico circuito de Hockenheim também recebe a quarta rodada tripla da temporada 2018 da F4 Alemã neste fim de semana (21 e 22 de junho). Assim como Enzo Fittipaldi, Gianluca Petecof representa a bandeira verde e amarela não apenas na categoria germânica, mas também na F4 Italiana, aliando a disputa dos dois certames ao longo do ano. Para Gianluca, membro da Academia Shell Racing e também integrante da Academia de Pilotos da Ferrari, 2018 vem sendo um ano de muito crescimento e evolução contínua partindo do zero na sua primeira temporada correndo de monopostos depois e anos de sucesso, vitórias e títulos no kartismo brasileiro e internacional. 

 
Os desafios são inúmeros, mas o paulista de 15 anos encara todos eles de peito aberto e com a disposição de lapidar seu talento e crescer a cada corrida pelo sonho de alcançar o grid da F1.
 
Entre abril e junho, num espaço de dois meses, Petecof disputou 21 corridas, sendo 12 pela F4 Alemã e nove correndo pela F4 Italiana. O jovem perdeu a etapa de Monza do certame peninsular por conta de uma lesão nas costas, decorrência de um acidente sofrido nos testes coletivos de Misano.
Gianluca Petecof vai mostrando evolução constante em suas primeiras corridas na F4 (Foto: Prema Powerteam)
Na F4 Alemã, Gianluca já teve a chance de acelerar em Oschersleben, Hockenheim, Lausitzring e Red Bull Ring e teve como melhor posição no grid a terceira colocação na prova 3 da rodada tripla inaugural em Oschersleben. E o sexto lugar, na mesma pista alemã, foi seu melhor resultado em corridas, com uma média de 20 carros no grid. Já na F4 Italiana, que tem um grid que costuma passar dos 30 carros, Petecof teve resultados mais fortes: marcou um pódio em Adria e top-5 também em Paul Ricard e Misano.
 
Na classificação geral da F4 Alemã, Petecof é 13º colocado e soma 22 pontos. Já no campeonato dos estreantes, o brasileiro tem 112 e está em sexto. No campeonato italiano, Gianluca está em oitavo no geral e é o vice-líder entre os rookies, a 15 pontos do tcheco Petr Ptacek.
 
Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Gianluca fez uma análise de como foi a primeira parte da temporada e ressaltou um pouco de tudo, dos pontos positivos às dificuldades naturais de um competidor que faz a sempre difícil transição do kartismo para os monopostos.
 
“Concluímos a primeira parte da temporada da F4. Tivemos uma primeira pausa maior no campeonato, quatro semanas de intervalo entre as etapas de Misano e de Hockenheim. Numa avaliação bem sincera, analisando todos os pontos que a gente passou nessa primeira metade do campeonato, acho que conseguimos, em certos momentos, demonstrar todo nosso potencial, toda nossa velocidade”, explicou o dono do carro #5 da forte equipe italiana Prema Powerteam, cheiada por Angelo Rosin.
Gianluca Petecof vem mostrando evolução a cada corrida na F4 da Itália e Alemanha (Foto: Prema Powerteam)
“Porém, em outras vezes, faltou realmente colocar esse potencial e essa velocidade e transformar tudo isso em pontos. A F4 é um campeonato que, pelo fato de ter muitos pilotos novatos e que estão começando a carreira nos carros, acaba, de vez em quando, tendo algumas corridas bem movimentadas, bastante confusas em certos aspectos. Mas acho que, a cada corrida, viemos demonstrando que estamos nos acostumando com isso”, complementou.
 
Gianluca destacou a performance na rodada tripla antes de ir para a pausa de quatro semanas entre junho e julho, onde teve bom desempenho nas sessões classificatórias e ficou perto de voltar a escalar o pódio.
 
“Na última etapa, em Misano, estivemos sempre andando na frente: fizemos as duas classificações em terceiro e, nas corridas, sempre estivemos brigando ali pelo pódio. Tivemos alguns incidentes, é verdade, mas sempre fui bem rápido, inclusive com volta mais rápida na última corrida. Terminamos bem fortes nesta última corrida da primeira metade do campeonato. Era o mais importante e o que estávamos buscando: ir para essa pausa de uma maneira confiante. E foi o que a gente conseguiu”, pontuou.
Gianluca Petecof volta a correr neste fim de semana em Hockenheim pela F4 Alemã (Foto: Prema Powerteam)
A respeito de a F4 Alemã se mostrar mais difícil, Petecof lembrou as etapas em que teve de lidar com as confusões ali no meio para o fim do pelotão, como em Hockenheim e Lausitzring, onde tentou remar para buscar bons resultados, mas acabou abandonando corridas e deixando de somar pontos preciosos.
 
“Acho que, principalmente em algumas corridas do campeonato alemão, a gente sofreu um pouco mais com incidentes e perdeu muitos pontos. Foram duas ou três etapas seguidas que a gente veio sofrendo com a falta de ritmo em alguns momentos cruciais, como na classificação. E, logicamente, no meio do pelotão é muito mais fácil acontecer esse tipo de problema”, disse o piloto, revelando uma das muitas facetas do processo de aprendizado.
 
No entanto, o brasileiro sabe que o processo de crescimento vem passo a passo, e a tendência é que tudo seja ainda melhor com todo o conhecimento que vem adquirindo tanto com seus companheiros na Prema como também na Academia de Pilotos da Ferrari, em Maranello.
 
“Mas, no geral, acho que a gente conseguiu pegar toda a experiência e obter uma grande evolução neste início da temporada, algo que a gente já buscava e esperava. Sobre os resultados, é uma questão de as coisas se concretizarem. Mas o potencial está lá, a velocidade está lá. Estou muito contente com o trabalho da equipe e me enturmei bem com todo mundo, tanto na Prema como na Academia da Ferrari, com todos os outros pilotos e todo o staff que vem me acompanhando neste ano. Estou com um time muito forte e de muita experiência, com quem estou aprendendo muito”, garantiu o paulista.
 
Petecof também ressalta a grande importância e apoio prestado pela Academia Shell Racing no seu desenvolvimento enquanto piloto. “Conto com todo o apoio da Academia Shell Racing, que está comigo desde 2015 me dando todo o suporte necessário, e nesse ano não tem sido diferente. O Vicente [Sfeir, gerente de Motorsport e Patrocínios da Raízen, empresa responsável pela marcha Shell no Brasil] esteve aqui para acompanhar algumas corridas comigo”.
Petecof parte em busca da luta pelo título de novatos e também mira pódios e vitórias no geral (Foto: Prema Powerteam)
Para a retomada do campeonato, a partir deste semana, Petecof tem como meta buscar o máximo possível de pontos para poder lutar pelo título dos novatos, nos dois campeonatos, além de seguir acumulando experiência para terminar em alta seu primeiro ano nos monopostos.
 
“Agora é colocar tudo no papel e ter uma sequência consistente de corridas nesta segunda metade. Tem algumas pistas onde a gente foi bem rápido na pré-temporada, como Vallelunga e Mugello, pelo campeonato italiano. Algumas pistas ainda não conheço, como Ímola, pelo Italiano, e Nürburgring, que vai ser uma das etapas do campeonato alemão. Estou muito contente pela forma como as coisas estão evoluindo nas últimas corridas e confiante para esta segunda metade do campeonato”, encerrou Petecof, que vai ter a chance de correr, pela primeira vez, diante do público presente para acompanhar também a F1 em Hockenheim no fim de semana.
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