Cacá Bueno serviu como bode expiatório na história que terminou com seu afastamento de uma etapa na Stock Car. A crítica via rádio que fez no fim da etapa de Ribeirão Preto, quando chamou os comissários da CBA de "bando de imbecis", culminou em um julgamento no STJD, liminares e sua ausência em Curitiba. Há uma meta muito clara, na visão do piloto: fazer com que os demais abaixem a cabeça e sigam o cabresto.
O caso começa em 5 de abril, quando o líder da prova Cacá não viu a bandeira quadriculada agitada pela fiscal. Com a ajuda de uma colega, o clássico sinal de encerramento da prova foi dado apenas para o terceiro colocado, Júlio Campos. Sem a sinalização, o segundo, Marcos Gomes, seguiu tentando ultrapassar Cacá. O carioca havia sido informado pela equipe que estava na última volta, mas foi surpreendido por não ver o pano preto-e-branco na reta.
Daí veio a fala de Cacá, captada pela transmissão oficial, e os desdobramentos punitivos e intimidatórios.
Neste fim de semana em Goiânia, a etapa da Corrida do Milhão e posterior àquela em que não correu, em Curitiba, Cacá deu uma longa entrevista ao GRANDE PRÊMIO no motorhome da Red Bull. Indignado, frustrado e triste, Bueno afirmou que não vai se calar, mas admitiu que se sente acuado e que os demais pilotos sentiram da mesma forma a mensagem que foi passada pela confederação.
"Eu nunca vou ficar conformado e quieto e vou falar sempre para ter um esporte melhor e mais seguro e quando as coisas vão para um caminho errado. Mas quando você sente que lutar pela melhoria de alguma coisa incomoda, isso te deixa um pouco com medo e teve o reflexo que eles queriam", declarou. "Porque vários pilotos me mandaram mensagem de texto dizendo que achavam um absurdo, mas quando foram entrevistados, tiraram o corpo fora e publicamente se encolheram. Esse era o objetivo deles: 'não critiquem e não falem mal', 'sejam plastificados e engomadinhos'.
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Outro episódio que serviu para Cacá ficar mais decepcionado foi o sumiço de uma matéria publicada no site da Stock Car, segundo o piloto, no dia em que recebeu da CBA a notificação de seu julgamento. A reportagem foi feita com ele e Andréia Lacerda, a voluntária que se confundiu na chegada da corrida de Ribeirão Preto e que gerou o comentário de Bueno.
Ela tinha dado uma entrevista longa para o site da Stock Car, e lá dizia “tudo termina bem”, ela dizendo que chorou pelo que tinha feito, não pelo que eu tinha dito, com a gente abraçado.
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Consultada pelo GRANDE PRÊMIO por meio de sua assessoria, a Stock Car confirma que a matéria foi retirada do ar por solicitação da própria fiscal "porque não queria repercussão do caso".