Após acidente em Campo Grande, Stock Light revê procedimentos e veta pit-stop obrigatório nas corridas

Em conjunto, a Vicar, empresa que promove e organiza a categoria, e a CBA, decidiram vetar o pit-stop obrigatório nas corridas por conta do aumento do número de carros do grid e a estrutura reduzida de boxes em alguns autódromos do calendário

O grave acidente que marcou a corrida 2 da etapa de Campo Grande da Stock Light, com três integrantes da equipe Motortech atropelados durante um procedimento de pit-stop, motivou a categoria a rever os procedimentos nos boxes a partir da rodada dupla deste fim de semana no Velo Città, em Mogi Guaçu. Em conjunto, a Vicar, empresa que promove e organiza a categoria, bem como a Stock Car, e a Confederação Brasileira de Automobilismo, decidiram por vetar o pit-stop obrigatório nas corridas por motivo de segurança.
 
O comunicado foi divulgado na última segunda-feira, na abertura da semana da etapa a ser realizada entre sábado e domingo (22 e 23) no circuito localizado no interior de São Paulo. A Vicar compreende que a decisão “se baseou no aumento do grid da categoria e no tamanho do espaço entre cada box nos autódromos brasileiros, para trazer maior segurança para pilotos e membros das equipes”.
 
O grid da Stock Light, categoria de acesso à Stock Car que se renovou nesta temporada após ser chamada de Brasileiro de Turismo desde sua criação, em 2013, é um dos destaques do ano. O número crescente de carros reflete o interesse de jovens talentos e também de muitas equipes pelo certame, com a média sempre acima dos 25 carros.
Acidente em Campo Grande motivou mudança no procedimento de pit-stop na Stock Light (Foto: Reprodução/Sportv)

Rodrigo Mathias, CEO da Stock Car e também responsável pela organização e promoção da Stock Light, ressaltou justamente o tamanho crescente do grid e a falta de estrutura dos boxes de circuitos do calendário como justificativa para vetar o procedimento obrigatório de pit-stops.

 
“Elaboramos o regulamento pensando na preparação para os jovens talentos que desejam ingressar na Stock Car, por isso era um sistema semelhante, com paradas de box. Entretanto, o alto número de carros no grid, com pilotos disputando ponto a ponto pela chance de estar na Stock Car no próximo ano, nos fez repensar o formato, junto do fato de que alguns autódromos não comportam esta quantidade de carros utilizando as baias de pit-stop ao mesmo tempo”, explicou o executivo.
 
“O espaço entre os boxes é reduzido, deixando pouca margem de manobra para os pilotos e aumentando o risco de acidentes. Optamos por neutralizar este fator”, complementou.
 
Um dos principais atrativos da Stock Light para 2018 é a premiação oferecida ao campeão, como incentivo para subir para a Stock Car na temporada seguinte, bem como a ajuda financeira oferecida ao melhor novato para disputar um segundo ano na Stock Car. Os prêmios chegam a cerca de R$ 650 mil.
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