Átila destaca importância do crescimento da AMG para acabar com previsibilidade da Stock Car

Terceiro colocado no campeonato de 2012, Átila Abreu quer encerrar o “ciclo vicioso” das últimas nove temporadas da Stock Car: desde 2004 que apenas times chefiados por Rosinei Campos ou Andreas Mattheis são campeões da categoria

Em 2012, uma terceira força se juntou às duas equipes que dominaram a Stock Car nas últimas nove temporadas para brigar pelo título. Foi a AMG, equipe paulista com sede na cidade de Americana. Seus dois pilotos, Átila Abreu e Nonô Figueiredo chegaram à decisão, a Corrida do Milhão, com chances de título, consolidando a reformulação pela qual o time passou e que, segundo Abreu, essa evolução é importante para a Stock Car.

Desde a temporada de 2004, ano do primeiro título de Giuliano Losacco, apenas as equipes de Andreas Mattheis (Red Bull e WA Mattheis) e Rosinei Campos, o Meinha (RC e RCM), se sagraram campeãs da Stock Car. Mattheis conquistou cinco títulos, sendo três deles na parceria com a Red Bull e com Cacá Bueno. Campos venceu os outros quatro campeonatos, sendo dois com o piloto carioca. Para 2013, Átila espera que sua equipe seja capaz de dar o próximo passo para quebrar essa hegemonia e impedir que uma década de competições tenha tão poucos vencedores.

“A Stock Car está em um ciclo vicioso nos últimos anos”, declarou com exclusividade ao Grande Prêmio. “É bom ter equipes novas surgindo para brigar, porque senão o ano começa com todos sabendo que poucos disputam o título. Eles [Meinha e Mattheis] criaram até um segundo time para concorrer com eles mesmos”, disse. “Quando não é uma é outra que ali está vencendo”.

A AMG terminou o campeonato de equipes na terceira posição em 2012 (Foto: Rodrigo Berton/Agência Warm Up)

“É muito difícil você entrar nestas equipes porque o orçamento ali é muito alto e tem também a questão de que os pilotos e as empresas que estão lá já tem contratos longos. A gente viu que, se você não consegue entrar nelas, a chance é montar uma equipe que possa brigar”, falou o piloto.

Após um ano de novidades, com a chegada do engenheiro Thiago Meneghel para ocupar o lugar de Maurício Matos como chefe de equipe, Átila confia que o amadurecimento do conjunto resultará em uma evolução no ano que vem. “A gente conseguiu montar um time forte e nesse nosso primeiro ano de existência brigamos pelo título. Mostramos que somos competentes, que somos fortes”, afirmou.

A continuidade da dupla de pilotos também deve contribuir. “É fundamental manter a dupla. Nos últimos três anos eu não tive um companheiro fixo, o que prejudicava. Agora nós pudemos trabalhar a longo prazo na evolução do carro. O Meinha e a Red Bull estão com a mesma dupla há quatro, cinco anos, e dá para notar como isso é bom”, avaliou.

No campeonato que chegou ao fim no último domingo (9), Átila venceu apenas uma vez, na etapa de Curitiba, em outubro. Ao todo, somou 175 pontos, 20 a menos que o campeão, Cacá Bueno, da Red Bull. Ricardo Maurício, da RC, terminou com o vice, com 189. Companheiro de Átila, Nonô não completou a Corrida do Milhão e caiu para nono na classificação final com 130 pontos.

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