Camilo credita pole a “laboratório” feito em má fase em 2018. E diz que segredo foi negar ida aos boxes

Thiago Camilo chegou a 2018 como o atual vice-campeão da Stock Car. Mas as coisas começaram a dar errado cedo na temporada. A partir daí, a A.Mattheis Ipiranga passou a usar o ano como laboratório para 2019. E o resultado, segundo o piloto, começou a aparecer com a pole neste sábado (6) no Velopark

Thiago Camilo encerrou a má fase de 2018 neste sábado (6), com a pole da abertura da temporada 2019 da Stock Car no Velopark. E não é errado falar em final dos tempos ruins, por eles serem assumidos pelo piloto e colocados como "fase de testes" após um campeonato sem chances de título desde seu início.

Camilo anotou 1min03s099 no Q3 do treino de classificação deste sábado e fez a pole sobre Daniel Serra, Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Marcos Gomes e Gaetano Di Mauro, os outros que foram até a fase final da sessão.  E o segredo, segundo contou ao GRANDE PRÊMIO, foi negar uma ida aos boxes na segunda parte do treino.

"De fato, no Q2, quando teve bandeira vermelha, a pista voltou um pouco mais molhada, e quando voltou (bandeira verde) os tempos estavam 1s,1s e meio mais altos. Ali o tempo não ia baixar. Mas eu vi que a pista estava mais molhada e estava melhorando aos poucos. A equipe me chamou para boxes, mas eu falei 'não, eu não vou, eu vou continuar na pista porque eu vou saber exatamente a condição de pista que eu vou enfrentar no Q3'", contou.

"Porque no Q3 é uma volta só, o piloto não tem tempo de se adaptar a uma frenagem, a um reconhecimento de pista. Você sai do box e abre. Então você pode ver que minha diferença maior foi no setor 1, que é onde o piloto sai dos boxes e não tem acesso, a frenagem do setor 1, na primeira e segunda curva. Ali foi um pouco o diferencial, ter continuado na pista no Q2 e ter uma análise melhor daquela condição", completou Camilo ao GP

Thiago Camilo festeja a conquista da primeira pole do ano na Stock Car (Foto: Duda Bairros)

O bom desempenho tem relação com os testes que a A.Mattheis Ipiranga vem fazendo desde a temporada 2018, quando percebeu cedo que não conseguiria brigar com as rivais mias fortes. Durante a própria temporada, testes foram feitos em termos de chassi e outras mudanças no carro. E a pole no Velopark, segundo o piloto, é resultado disso.

"É difícil avaliar e quantificar exatamente no que a gente melhorou, mas foi um tempo de três, quatro meses em que a equipe parou e conseguiu rever os pontos positivos e negativos", analisou.

"No ano passado, do meio para o final do ano, a gente talvez não estivesse performando, mas a gente estava testando coisas para colher os frutos em 2019. Já que a Stock Car não permite testes, a gente usou muito como laboratório no ano passado."

Thiago Camilo durante o Q3, esperando o tempo dos adversários (Foto: Stock Car)

"Por ter saído da briga do título. Então foi um ano de experiências – mais negativas do que positivas -, mas aqui, devido ao curto tempo que você tem para desenvolver o carro, é importante também saber aquilo que não funciona, para você descartar e não usar mais no carro, trabalhaer só com as positivas. Então acho que isso foi determinante para chegarmos assim em 2019", completou.

E, para domingo, ele não reclamaria de mais chuva em Nova Santa Rita: "A gente fez a pole na chuva, o carro está superior, entao prefiro que a corrida seja na chuva, mas se for no seco estamos preparados", finalizou.

A largada da corrida 500 da história da Stock Car está marcada para 11h (horário de Brasília). O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' a etapa de abertura da temporada 2019 com o repórter Felipe Noronha.

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