Campeão da Stock Car, Gomes encara maratona entre Brasil e Estados Unidos e desbrava novos horizontes na Nascar

Marcos Gomes falou ao GRANDE PRÊMIO sobre o novo desafio na sua vitoriosa carreira. Campeão da Stock Car em 2015, o piloto natural de Ribeirão Preto encara uma maratona de viagens entre Brasil e Estados Unidos entre abril e maio. Tudo pelo objetivo de fincar suas garras na Nascar: começando pela divisão K&N Pro Series East, mas já com o foco em fazer algumas etapas da Truck Series ainda em 2018. E, mais pra frente, Gomes busca a transição para a classe principal

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O grid da Stock Car é recheado de pilotos com vasta experiência em categorias importantes ao redor do mundo. Seja Rubens Barrichello, Ricardo Zonta, Lucas Di Grassi, Nelsinho Piquet e Antonio Pizzonia na F1, Diego Nunes e Sergio Jimenez na antiga GP2, Max Wilson na V8 Supercars e Indy, dentre tantos outros… Marcos Gomes, campeão da principal categoria do automobilismo brasileiro em 2015, também tem uma bagagem bastante importante com participações nas 24 Horas de Daytona. Mas o ribeirão-pretano quer mais. Aos 33 anos, o piloto da Cimed na Stock Car desbrava a América pelo sonho de correr na Nascar. E vai encarar uma maratona nas próximas semanas.

 
Um sonho que começou pra valer no último dia 14 de abril, quando Marquinhos fez sua primeira corrida na divisão K&N Pro Series East da Nascar no desafiador e curtíssimo oval de Bristol, que mais parece um Coliseu pela sua imponência de 160 mil lugares nas arquibancadas. Correndo pela equipe NextGen Motorsports, que também conta com os mexicanos Juan Manuel González e Abraham Calderón, Gomes teve uma estreia positiva em Bristol, terminando em 12º lugar dentre os 29 pilotos que largaram. Para o filho do lendário tetracampeão Paulão Gomes, é só o começo.
 
Depois da etapa do Velopark, Gomes voa novamente para os Estados Unidos para fazer a etapa em Langley, na Virgínia, já neste fim de semana. Em seguida, voa de volta ao Brasil para acelerar na rodada dupla de Londrina da Stock Car. E no fim de semana seguinte, aterrissa nos Estados Unidos para competir em duas corridas no oval de South Boston. E aí, partir rumo a Santa Cruz do Sul, no interior gaúcho, para completar essa intensa maratona de quase dois meses. Contando as etapas de Curitiba da Stock Car e de Bristol, Marquinhos vai disputar nada menos que 12 corridas num espaço de um mês e meio, sem contar todas as horas de voo.
Marcos Gomes fez sua primeira corrida em divisão da Nascar no oval de Bristol (Foto: Divulgação/RF1)
Ao GRANDE PRÊMIO durante o fim de semana da etapa do Velopark da Stock Car, Gomes ressaltou as diferenças de estilo e dinâmica de corrida entre o que está acostumado no Brasil e o que tem como novidade agora no automobilismo norte-americano. Correr em um circuito oval, ainda mais como em Bristol, foi muito diferente do que Marquinhos já havia feito antes na sua carreira.
 
“As curvas são muito rápidas, inclinadas, com cimento e também com produto para aumentar o ‘grip’… Da Stock Car, acabo levando a experiência que tenho de trabalho junto com a equipe, o feeling do carro, se está saindo de frente ou traseira, sobre passar as informações para os engenheiros. As largadas também são bem diferentes, em fila dupla. Então praticamente estou aprendendo tudo do zero lá”, comentou.
 
Gomes sabe que o processo de aprender a categoria leva tempo, mas espera estar adaptado rapidamente e suficiente para ter a chance de conseguir fazer algumas provas da Truck Series, a terceira categoria na ordem de importância da Nascar, atrás da Xfinity Series e da Monster Series, a classe rainha do certame. “Vai ser uma adaptação um pouco mais complicada no começo, mas acredito que a gente está num bom caminho, com as pessoas certas para, quem sabe, fazer algumas corridas de Truck Series nesse ano e tentar uma carreira lá nos próximos anos. Essa é a nossa meta”.
Marcos Gomes é um dos principais pilotos do grid de alto nível da Stock Car (Foto: Duda Bairros/Vicar)
A ideia de Marcos é clara: em médio prazo, chegar à principal divisão da Nascar. Até lá, o piloto prevê um período de transição e de, naturalmente, muitas viagens entre Brasil e Estados Unidos. 
 
“Nesses próximos dois anos, sim. Depois, a meta é dar certo lá e focar nos Estados Unidos e tentar. Quem sabe? A gente sonha em chegar à categoria top. Claro que vou precisar de mais corridas e, quem sabe, mais um ano e meio para estar em uma condição de mais igualdade com o pessoal que anda lá, porque eles fazem muita corrida lá, quase todo fim de semana, às vezes até duas vezes por semana, em oval, e eu com apenas uma corrida, por enquanto”, pontuou.
 
Depois dos testes feitos antes de fazer sua estreia na K&N e a corrida em Bristol, Gomes destacou a receptividade que sentiu nos seus primeiros passos no automobilismo americano.
 
“Fui recebido bem, principalmente pelo pessoal da categoria. Com os pilotos tive pouco contato, apenas com alguns, que minha equipe conhecia. Mas de uma maneira geral fui bem recebido. Eles estão com um programa legal, de trazer pilotos estrangeiros, e a gente vai tentar aproveitar isso para saltar para outras categorias. Vamos ver, ainda está muito no começo, mas quem sabe a gente não consegue fazer algumas corridas na categoria de cima já neste ano”, salientou.
 
As diferenças de dinâmica nas corridas em circuito oval, mesmo trazendo semelhanças entre os inevitáveis toques entre os carros, como acontece também na Stock Car, foi destacada pelo piloto do carro #80 no Brasil e do #55 nos Estados Unidos.
Marcos Gomes entende que a principal experiência na Stock Car a ser aplicada nos EUA é o trabalho em equipe (Foto: Duda Bairros/Vicar)
“É um pouco diferente lá. Você conta muito com a ajuda do spotter. Lá, se o carro bate, não desalinha muito, então os toques são mais frequentes, ainda mais nos ovais. Se bem que aqui na Stock Car também tem bastante toques, então consegui aproveitar um pouco dessa experiência na primeira corrida, conseguir terminar, então foi importante para a gente”, explicou Gomes, feliz com sua primeira corrida num oval.
 

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“Gostei. Foi interessante, muito mais dinâmico. Eles deixam mexer no carro nos pit-stops, em bandeira amarela… Nós temos a nossa cultura, do automobilismo brasileiro, do europeu, e talvez seja mais interessante em muitos aspectos, já que a gente não vira só para um lado, mas a corrida deles, sobretudo para o público, acho que eles ainda estão muito à frente do Brasil, tanto da Stock Car ou até mesmo do automobilismo europeu”, ressaltou.

 
“Fiquei feliz com meu desempenho na corrida. Quem sabe, a gente consegue melhorar mais para a segunda etapa”, finalizou Marcos Gomes, feliz por começar a fazer o sonho americano virar realidade.
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