Chefe lembra como Barrichello garantiu que correria após suspeita de AVC em 2018: “Você está maluco que não vou”

Rubens Barrichello foi ao pódio na primeira prova da Stock Car em 2018: a Corrida de Duplas, ao lado de Filipe Albuquerque. Porém, um mês antes, ele teve uma suspeita de AVC e ficou internado em Orlando. Como foi possível ele disputar aquela etapa? Maurício Ferreira, chefe da Full Time, equipe do piloto, relembra a garantia que recebeu há um ano

No dia 27 de janeiro de 2018, Rubens Barrichello passou por suspeita de AVC em sua casa, em Orlando, nos Estados Unidos. Foi liberado do hospital 10 dias depois e, após mais um mês e três dias, subiu ao pódio da Corrida de Duplas, abertura da Stock Car

Tal situação parecia impossível: nem os médicos que cuidaram do caso, nem especialistas ouvidos pelo GRANDE PRÊMIO, achavam que Barrichello poderia disputar uma corrida em tão pouco tempo. Mas aconteceu.

Um ano depois, o GP falou com Maurício Ferreira, chefe do #111 na Full Time, que relembrou o que ocorreu há pouco mais de um ano.

"Eu tive a oportunidade de ir para os Estados Unidos visitá-lo. A gente tinha muito receio de que ele não conseguisse fazer a primeira corrida, ou enfim, era tudo muito secundário, o lado esportista, o primeiro era a saúde", comentou o dirigente.

Rubens Barrichello (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Em seguida, revelou como foi a 'garantia' que recebeu de Barrichello de que o veria na pista: "Mas no hospital ele me disse ‘você está maluco que eu não vou correr a primeira prova’."

Ele, de fato, correu, e foi segundo ao lado de Filipe Albuquerque. O que explica isso? Para Ferreira, não os médicos, e sim o extra que o atleta possui: "Os médicos falaram para não falar nada para ele, mas que achavam que a primeira ele não correria. E aí ele foi para o teste em Miami, para poder ter a liberação física, e passou acho que na base da superação, determinação e paixão."

Rubens Barrichello (Foto: Duda Bairros/Stock Car)

Barrichello, agora, disputa a sétima temporada seguida pela Full Time, marca maior do que qualquer outra em sua carreira – até do que pela Ferrari, pela qual disputou seis temporadas da F1. E Ferreira brinca para explicar como seu piloto, aos 46 anos, segue na ativa e em alto nível.

"Ele lembra que teve uma chance de renascer. Uma chance de recomeçar. Lembra sim, bastante. Eu volto a dizer: esse cara é único em relação ao automobilismo. É chato até, fala de carro de corrida, carro de corrida, carro de corrida. Mas é isso que traz um diferencial para ele", concluiu.

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