Chefe planeja volta da Squadra G-Force e projeta futuro com “parceria antiga e fiel” com Jimenez

A Squadra G-Force, caçula do grid da Stock Car, ficou ausente desde a Corrida do Milhão por falta de combustível financeiro, diz Guilherme Ferro. O engenheiro tenta viabilizar alternativas para correr ainda neste ano, com chance de alinhar o jovem Enzo Bortoleto, líder da Stock Light

Uma das novidades do grid da Stock Car para a temporada 2018 foi o nascimento da Squadra G-Force. A equipe, que no começo do ano era baseada em Curitiba, emergiu comandada por Guilherme Ferro, engenheiro vencedor e de passagens de destaque como pela equipe C2, e teve Sergio Jimenez como a principal referência na pista, além do jovem Guga Lima. Ao longo da primeira parte do campeonato, o time viveu as naturais dificuldades de quem entra no universo extremamente competitivo da Stock Car, mas também teve bons momentos, sobretudo com Jimenez, nono lugar no grid da corrida 1 no Velopark e oitavo na segunda prova da etapa de Londrina.
 
No intervalo de dois meses e meio na temporada em razão da Copa do Mundo, a caçula da Stock Car mudou sua base para Cotia, na grande São Paulo. Parecia ser o começo de uma nova fase de um time que mostrava crescimento. Mas a saída de um dos investidores estancou o combustível financeiro necessário para a sequência da temporada. Em seguida, Lima anunciou sua saída para a Vogel para ocupar o lugar deixado por Tuka Rocha. Desde então, a partir da Corrida do Milhão, na retomada do campeonato, a Squadra G-Force ficou fora do grid da Stock Car.
 
O GRANDE PRÊMIO conversou com Guilherme Ferro durante a etapa de Campo Grande. O engenheiro falou sobre a relação de amizade, vitórias e desafios ao lado de Jimenez e contou os planos para a Squadra G-Force. Há a possibilidade até de voltar a acelerar nesta temporada de forma esporádica, e aí são boas as chances de Enzo Bortoleto, estreante e líder da Stock Light, poder estrear no grid da principal categoria do Brasil.
Sergio Jimenez é parte do projeto de retorno da Squadra G-Force ao grid da Stock Car (Foto: J. Thadeu/MS2)
“Temos algumas coisas acontecendo, algumas conversas até para fazer alguma prova ainda neste ano, mas não existe nenhuma definição se vamos fazer uma corrida ‘A, B ou C’. Existe, sim, uma chance de fazer uma ou duas provas neste ano, e para o ano que vem estamos procurando um parceiro para começarmos diferente do que começamos neste ano”, contou.
 
Ferro lembrou que, desde o começo, sabia que não tinha todo o orçamento para fazer a temporada de forma completa, mas que foi bom correr, mesmo assim, para mostrar a cara e conseguir resultados para projetar um retorno mais forte no ano que vem.
 
“Em 2018, já começamos sabendo que não tínhamos ‘gasolina para fazer a prova toda’. E mesmo assim a gente foi em frente. Claro, o que aconteceu não foi o ideal, mas também não foi uma surpresa. Ainda assim, acho que foi importante ter feito, a gente apareceu, tivemos algumas provas com algum destaque, até por ser um carro basicamente sem patrocínio nenhum. Foi a aposta: colocar a cara e esperar que algo aconteça a partir daí. E tem acontecido, mas numa velocidade menor do que esperávamos. Mas estamos otimistas, sobretudo para o ano que vem, em conseguir um acordo bacana”, salientou.
 
Uma das alternativas para dar sequência no grid da Stock Car é, justamente, unir forças com a equipe pela qual corre Bortoleto na Stock Light neste ano. “Já estamos instalados em Cotia, baseados juntos com a KTF. Inclusive, uma das chances é firmar uma parceria com a KTF e fazer um projeto Stock Car para o Enzo Bortoleto. É uma possibilidade. Talvez neste ano o próprio Enzo faça uma prova, provavelmente em Goiânia, onde não vai ter a Stock Light. Tudo isso tá no radar e depende não só do dinheiro, mas das circunstâncias do momento”.
Líder da Stock Light, Bortoleto pode correr pela Squadra G-Force já em 2018 (Foto: Duda Bairros/Vicar)
Mas ainda que tenha 2018 no radar, Ferro já traça seus planos para a próxima temporada. Planos dos quais Sergio Jimenez também faz parte. 
 
“A gente está mais focado visando o ano que vem. Se a gente conseguir alguém que banque o carro para que o Jimenez ande neste ano, certamente ele vai andar. O que está próximo de acontecer é pilotos fazerem uma etapa, como o Enzo. Aí sim, no ano que vem, levantar o orçamento para 2019. A gente tem uma parceria antiga e muito fiel. A gente ‘se fodeu’ aqui, mas conseguimos ficar juntos na Porsche, conseguimos ganhar corridas… Então vamos juntos, ou tentar. Numa dessas, de repente ele tem uma proposta para uma equipe X, e aí vou ficar feliz por ele se isso acontecer, já que a gente vive disso”, comentou.
 
“Mas esse é o nosso foco: que a gente consiga estar juntos novamente no ano que vem, nós confiamos muito no trabalho um do outro. As coisas precisam acontecer para que a gente tenha nossa meta alcançada”, concluiu o chefe da Squadra G-Force.
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