Com “corrida perfeita” e queda de pressão, Cacá festeja fim da seca de vitórias no Velopark. E já projeta luta pelo título

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A última vez que Cacá Bueno soltou o grito de campeão da garganta na Stock Car foi em 2012. Desde então, o maior detentor de títulos depois do lendário Ingo Hoffmann viu Ricardo Maurício, Rubens Barrichello, os atuais companheiros de Cimed, Marcos Gomes e Felipe Fraga, e o antigo parceiro de Red Bull, Daniel Serra, chegarem ao Olimpo da categoria. Mas o pentacampeão deixou claro, logo nas primeiras corridas desta nova temporada, que a história tem tudo para ser diferente em 2018.

 

É verdade que a vitória já estava amadurecendo desde a Corrida de Duplas, prova que abriu a temporada 2018 e na qual Cacá fez parceria com Felipe Massa. No molhado, o pentacampeão chegou a andar em segundo, até que uma falha no motor, quando o vice-campeão da F1 em 2008 assumiu o volante do #0, fez um bom resultado cair por terra. Em Curitiba, há duas semanas, Bueno lutou na corrida 2 para desbancar Lucas Di Grassi, mas terminou num bom segundo lugar.

 

Mas desta vez, no Velopark, Cacá Bueno fez valer o talento e a boa performance tanto no seco como no molhado. No caótico treino classificatório no sábado, marcado pela forte chuva, pelas polêmicas e pela interrupção de quase duas horas no Q2, o carioca da Cimed foi o mais rápido nos três segmentos. Pole-position para o pentacampeão, que não largava na frente — na corrida 1, não contando as provas formadas pelo grid invertido — desde Cascavel, em julho de 2016, quando ainda corria pela Red Bull.

Diferente do sábado, fez muito sol e calor no domingo. E mesmo diante de condições tão distintas em relação à classificação, Cacá fez valer a grande performance do carro #0, resistiu aos ataques do experiente e muito rápido Ricardo Zonta nas voltas finais e voltou a comemorar uma vitória. Que não vinha há quase dois anos, na mesma Cascavel onde havia faturado a pole naquele 2016. Cacá venceu não apenas Zonta, mas o forte calor que fez dentro do seu carro, o que levou a uma queda de pressão quando chegou aos boxes para festejar.

 

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“A corrida foi perfeita: começando ontem pela pole e praticamente de ponta a ponta. No carro, não senti nada, mas, na hora em que parei, baixou um pouco a pressão por conta do forte calor dentro do Stock”, lembrou o piloto de 41 anos. 

 

O mais importante, para Cacá, é ter encontrado o rumo certo depois de um 2017 raríssimo sem vitórias na categoria, conseguir se ver competitivo e poder brigar lá na frente e ganhar a corrida principal do fim de semana — e, naturalmente, a que distribui mais pontos. “Fico feliz que voltamos a ser protagonistas: eu era sétimo quando cheguei aqui, terminei a primeira corrida empatado com o líder e saio como vice-líder. É sensacional vencer aqui no Velopark”.

 

“Feliz da vida por termos reencontrado o caminho. O carro é extremamente bom na pista seca, mas ainda não é o melhor. O Zonta vinha rápido. Na chuva, no entanto, é um fenômeno. Vamos melhorando ao longo do ano para buscar este título”, ressalta o pentacampeão, aliviado com o fim do jejum de vitórias. “Estávamos quase dois anos sem vencer na Stock, e hoje o carro estava extremamente bom. Espero fazer um bom ano em 2018 e vou lutar por mais vitórias na sequência da temporada”, finalizou Cacá, que mira a evolução passo a passo para tentar buscar o hexa da Stock Car.