Com tecnologia usada na F1, Pirelli promete fornecer pneus duráveis para Stock Car a partir de 2013

A Vicar solicitou à fabricante italiana, nova fornecedora de pneus da Stock Car, compostos que possuam uma alta durabilidade sem perder performance

No que for relativo aos pneus, a dinâmica das provas da Stock Car não deve mudar muito em 2013, apesar da troca da fornecedora dos compostos. A Pirelli, anunciada nesta terça-feira (18) como nova parceira da categoria brasileira, não produziu um pneu com alta degradação, como o que existe na F1, apesar de a tecnologia usada ser a mesma. A pedido da promotora da Stock, cada conjunto deverá durar o suficiente para que os 40 minutos de corrida sejam completados sem problemas.

O objetivo da Vicar em ter um pneu durável é manter o número de dois jogos de pneu por fim de semana. “A intenção é que eles sejam pneus que tenham uma durabilidade maior e mantendo sempre a performance”, explicou Maurício Slaviero, diretor-geral da empresa.

Acordo entre Stock Car e Pirelli foi anunciado nesta quinta-feira (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Sendo assim, “é bem pouco provável que existam quaisquer pit-stops para trocas de pneus” em 2013. No regulamento, a troca seguirá como opcional para os times. Slaviero ainda se mostrou satisfeito com os resultados dos dois testes de pista que foram realizados neste segundo semestre, conduzidos pelo piloto Felipe Giaffone nos circuitos de Campo Grande e Tarumã.

Para Paul Hembery, diretor-esportivo da Pirelli, isso mostra que a empresa é capaz de produzir os mais variados tipos de produtos. “Podemos desenhar o que o organizad… não lhe dê ideias! Minha vida já está muito complicada!”, brincou o inglês, arrancando gargalhadas dos jornalistas que estavam na coletiva de apresentação da parceria.

“Sempre dissemos que podemos oferecer um produto que atenda a todas as demandas, não importa qual o campeonato ou o objetivo. Podemos aplicar qualquer coisa que seja solicitada a nós. Se sentíssimos [que pneus com alta degradação] fossem necessários para o campeonato, faríamos”, continuou Hembery, agora em um tom menos brincalhão.

Apesar de a durabilidade ser um tanto diferente, os compostos serão produzidos fazendo uso da mesma tecnologia empregada na F1. “Em termos de produto, estamos usando vários elementos que acredito que melhoramos desde que entramos na F1, particularmente os níveis de controle de qualidade e a consistência”, explicou o chefão da marca italiana.

Outro ponto que também contará com a aplicação do conhecimento adquirido nos últimos três anos na F1 é o gerenciamento do fim de semana. “Isso é fornecer suporte técnico para os times e os organizadores para que eles entendam como usar o produto”, disse. O responsável pela operação da Pirelli na Stock Car será Jonathan Wells, que estava há sete anos envolvido com a F1, primeiro com a Bridgestone e depois com a Pirelli, e vem ao Brasil “em busca de um novo desafio”, afirmou Hembery. Nos últimos dois anos, Wells foi o representante da fornecedora de pneus na McLaren e atuou junto do departamento de pesquisa e desenvolvimento do time de Woking.

A borracha dos compostos será produzida no pólo tecnológico de Settimo Torinese, na Itália. O pneu em si, por sua vez, sairá da fábrica localizada na cidade turca de Izmit, inaugurada em 2007 pela Pirelli – é nessas mesmas instalações que nascem os pneus do Mundial de F1.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.