Consagração da estratégia: Serra leva tri abusando do regulamento

Daniel Serra garantiu o tri da Stock Car no último domingo (15) - com só uma vitória em 21 corrida disputadas. Parece estranho, mas é a consagração da aposta da categoria, que mudou o regulamento para a temporada recém encerrada

A Stock Car pode ter diversos problemas — e tem mesmo, mas tem tantas outras qualidades —, mas o último domingo (15), com sua decisão, provou um acerto polêmico: o do regulamento para a temporada 2019.

É que Daniel Serra, tricampeão, levou a taça se aproveitando, ou quase "abusando", do que estava escrito na 'lei' oficial da categoria para este ano. A corrida 2 vale quase tanto quanto a principal? Sem problemas: ele foi lá e pontuou de tudo que é jeito. 

Vencer era luxo. E ele provou isso.

Daniel Serra (Foto: Cauê Moalli/Grande Prêmio)

Não que Serra não tivesse capacidade de vencer: ele simplesmente não precisava. Como o regulamento dava aos pilotos quase a mesma pontuação na rodada dupla, mesmo que a corrida 2 tivesse apenas grid invertido no top-10, e não briga pela pole, Serra e a RC Eurofarma fizeram a leitura perfeita: não precisavam triunfar, mas sim estar bem constantemente

Assim, Serra venceu uma corrida em todo o ano: a abertura no Velopark – corrida 500 da categoria em sua história. Mas, mesmo sem vencer daí até o fim, foi o único que fez pódio duplo em mais de uma rodada, e na Corrida do Milhão e na final pode não ter vencido, mas esteve lá nos degraus da festa.

Ou seja: não vencia, mas pontuava. Enquanto seus rivais até venciam, mas tinham dificuldade para pontuar no restante. Tudo o que o regulamento pedia. Implorava.

Daniel Serra (Foto: Cauê Moalli/Grande Prêmio)

A Stock Car criou esse regulamento para que diversos pilotos chegassem à decisão com chance de titulo: conseguiu, foram seis. Também fez para que ninguém levasse por antecipação: feito. E fez para que todas as corridas, duplas ou não, tivessem significado relevante na hora 'H': dito, feito, provado.

Não é o ideal, mas Serra e sua equipe provaram que dá para se pensar e trabalhar dentro dessa situação: se vitórias não são o mais importante, vamos andar sempre no topo, e se a vitória vir, é lucro. O que importa na Stock Car são pontos. Isso, Serra fez. Aos montes. 387. 21 a mais que Thiago Camilo, o vice. Então se tornou indiscutível seu tricampeonato.

Incontestável e merecido. 
 

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